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Mensagens

A mostrar mensagens de 2013

Mensagem de esperança!

Ahhhh haveria tanto para dizer se me deixassem. Mas não o posso fazer porque se não sou obrigado a cortar um braço. Foi a promessa que fiz e não há como não a cumprir. Até porque dois braços dão sempre jeito. Mas vamos ao que nos resta e só espero, como é óbvio, que gastem o menos possível em porcarias nesta época festiva. Basicamente, o que vos quero dizer é que comprem uma prenda para vocês mesmos e as restantes, penso eu, não são assim tão importantes. Para o próximo ano tenham a noção que as coisas, sejam elas quais forem, vão ser duras, pesadas, difíceis e essas tretas todas que o mundo à volta está faminto que aconteça. Só têm que mostrar precisamente o contrário: que estão bem, que têm uma enorme vontade de viver e que até adoptaram um cachorro. A partir daqui o céu é o limite desde que se esqueçam de sonhar e, o principal de tudo, que tenham as espectativas baixas. Voltaremos para o ano para vos animar tanto, ou ainda mais, do que qualquer praça da alegria. Tudo de bom par

CRÓNICAS DE ARGUTOS E ARGUTAS

Para o ano de 2014 teremos um novo espaço neste Blogue. Terá o nome de MANJARES DE ROUPA VELHA e abre a porta a contratações de altíssimo gabarito que irão abrilhantar ainda mais este espaço. Vamos ter de tudo e nada irá escapar à astucia e argucia destes devoradores famintos de coisa alguma. Não posso prometer nada mais do que qualidade acima da média. Seja ela qual for… a média. Preparemo-nos para o melhor porque no pior já ninguém aguenta. Aguardamos o fecho da equipa do MANJARES DE ROUPA VELHA para que a possamos divulgar. Adiantamos que já temos duas contratações fechadas sendo elas uma Professora de Português e um Engenheiro Civil. Foi uma completa coincidência termos perante nós duas pessoas formadas, não sendo, de maneira alguma, um indício de qualidade, mas garanto-vos que a genialidade está toda lá embora os próprios, e até eu, desconfiem da mesma.

MANDELA

O Nelson Mandela morreu e o mais bonito de se ver é o legado que deixou atrás de si. São aos magotes as pessoas que prestam a sua homenagem pela morte de um grande homem. E os grandes homens, os verdadeiros, mostram-se pela bondade e pela dedicação que têm aos outros. Não vi grande afecto, no dia 30 de Abril, pelo Hitler ter morrido há 68 anos. Por isso não há segredos para se ser, não um grande, mas um BOM líder. Não há segredos para uma vida feliz. Não há caminhos secretos para a felicidade. Tudo passa por darmos cada vez mais ao nosso semelhante. Estarmos atentos às suas necessidades e não vontades. Por isso façamos o favor de sermos felizes.

O álcool é estupidez

Doar órgãos é um tema que me interessa. Principalmente quando é um morto a fazê-lo. Eu, se puder doar algum órgão quando morrer, o que mais gostava de doar, é sem dúvida, o Fígado. Sempre tive o fascínio de ajudar bêbados. Descobri ainda novo que esse era o meu caminho, aos 17 anos, a servir bebidas no Bar que o meu irmão tinha com mais dois sócios. O bar tinha o nome de “O Vale” e ter trabalhado 3 anos atrás de um balcão mostra-nos, não só o magnifico mundo do Álcool, como também nos mostra que ali todos se transformam. Não há ninguém que fique igual a si mesmo. Uma besta que se transforma num bebé chorão; uma pessoa tímida que faz discursos em cima de uma cadeira; uma pessoa pacífica que de repente se lembra e é capaz de aviar 5 ou 6 só com uma mão; os camelos que viram ursos; os estúpidos que viram parvos; os parvos que ficam ainda mais parvos e depois temos as pessoas como eu. Que são raras, não vale a pena escamotear, mas que ficam com a capacidade de multiplicar os amigos. Som

Venha a nós!

Numa fotografia com 10 pessoas, avaliamos a sua qualidade dependendo de como ficámos nela. Os outros 9 não são importantes, ou melhor, até são, mas “eu” sou a chave para o sucesso da fotografia. Onde é que eu quero chegar com isto? É que se continuamos a fazer o que sempre fizemos e ainda assim esperamos resultados diferentes, parece-me um pouco insano! Isto de andar por aqui não é bem equiparado à chave do Euro milhões… que pode ser sempre a mesma com a esperança, parva, que um dia se acerte. É um pouco diferente. Tem que se dar um bocadinho aos outros. Não é preciso oferecer desalmadamente, que até nos podia fazer mal, mas convém de tempos a tempos pensarmos nas necessidades de quem está ao nosso lado. Nem é preciso ir muito longe. Reparem, somente, em quem está por perto.

Quem é que não acreditaria nisto?

Sabem do que é que eu tenho saudades? De ir a uma festa e ver as pessoas em fila a fazerem o comboio. Sempre achei tão giro. Falando em meios de transporte, e reparem na subtileza da ligação dos assuntos, parece que a China também vai lançar o seu foguetão para ir à lua. Chama-se Chang e-3 e está previsto pousar suavemente na lua em meados do mês. Não chega para o mundo os EUA e a Rússia já o terem conseguido. Se me pedissem a minha opinião, e imagino que um dia irão pedir, eu diria que é uma parvoíce. Lá não existem restaurantes, a paisagem, ao que parece, é sempre a mesma, e pelo que dizem é preciso ter cuidado com a gravidade. Não percebo a insistência no tema. Se é para provarem que também o conseguem fazer, eu diria que vindo da China, acreditamos em tudo. Imaginem a seguinte notícia “ China comunista apoia crença Tibetana!” Quem é que não acreditaria nisto?

O ÚNICO CARPINTEIRO DA ALDEIA

Num acidente de automóveis: - O Srº é idiota ? – Pergunta o individuo - Quem eu? – Responde o outro - Está a ver aqui mais alguém? – De novo o individuo - Não! – O outro - Então? - Individuo - Então o quê? – Novamente o outro Foi esta a conversa que fez com que João António se tornasse um vigarista. Isto foi há pouco tempo. Nunca ele imaginaria ser um bandido mas a força das circunstâncias exigiam à sua sobrevivência. A trabalhar, definitivamente, ninguém enriquece e nos tempos que correm, arriscaria dizer que quase ninguém sobrevive. Agora com os gatunos a conversa é outra. Falamos dos bons gatunos. E ele apercebeu-se que existe gente idiota no mundo. Coitado, se calhar apercebeu-se tarde, é certo, mas percebeu que poderia, também ele, ganhar dinheiro com isso. O processo foi mais ou menos simples. No fundo é preciso ter a noção que ser “bom coração” não passa de estupidez. Até porque ele era Ateu. E para os Ateus tanto os bons como os maus acabam por morrer, sem que, depo

O MENINO QUE NÃO CHEGOU A SER REI

Vou-vos contar uma história de um menino pequenino. Não é muito longa, não desistam já. Então, o menino pequenino sonhava ser Rei. Rei do Universo. Queria ser justo com todos embora não gostasse de gafanhotos e baratas. Esse passou a ser o seu maior desafio. Como ser justo para quem se tem nojo? Pensou na sua Avó, que era um excelente exemplo de como ultrapassar as nossas maiores barreiras, os nossos maiores medos. A Avó já estava senil e babava-se muito. Cada vez que a visitava ela não o reconhecia mas queria sempre dar-lhe muitos beijinhos. Ao princípio não foi nada fácil para o menino. A Avó encostava a boca à sua bochecha e apertava-o … ele não tinha como se libertar e ficava ali uns 2 ou 3 minutos. Era fastidioso para o pobre coitado. A baba escoria-lhe pelo pescoço e juntamente com este cenário a velhota ainda imitia uns sons esquisitos. Uma espécie de zurro agonizante. Ele imediatamente começava a chorava e a reacção da Avó, normalmente, era de o apertar cada vez mais e zurr

"Deixa-me da mão..."

Não fosse o medo de vos perder e era homenzinho para dizer aqui umas quantas verdades. Bem, mas espero que tenham gostado do texto das BUFAS. Eu também o li e, visto agora com alguma distância, até não cheirava assim tão mal quanto isso! Já me dizem que está a chegar o Natal, e passados 5 anos ainda me faz alguma espécie que esteja por esta altura cerca de 32º. Nunca fui grande amante do calor, confesso, sempre gostei mais do ameno. Gosto de praia mas sou incapaz de estar estendido ao sol. No máximo aguento 5 minutos até me secar. Depois disso chateio quem estiver mais à mão. Normalmente a minha frase para chatear o próximo começa sempre com “está um calor do caraças, ninguém aguenta…” Se do outro lado não obtiver resposta e imaginam que ao ignorarem-me estão garantidos por mais 5 minutos de descanso, então conhecem-me mal. Sou perito em chatear e se calhar será por isso, analisando bem as coisas, que é raríssimo alguém me convidar para um belo dia de praia. Mas não irei mudar, não con

A BUFA

  Alguém tinha soltado uma bufa, todos sentimos o cheiro e não havia a mínima hipótese de haver duvida. Quem a deu não imaginava que fosse tão potente e certamente se arrependeu mal se apercebeu da amplitude do seu peido. Há que chamar os bois pelos nomes, e todos nós já largamos o nosso pantufas em locais públicos. Não era motivo para crucificar ninguém, mas todos queríamos saber quem era o(a) responsável, até porque estávamos como latas de sardinhas na fila para sermos atendidos no balcão de um banco. Aqui, em Luanda, não convém abandonar o nosso lugar mesmo que seja por breves segundos. Eu até nem ia fazer nada de especial, simplesmente iria perguntar pela milésima vez o motivo de o meu multicaixa (multibanco) não funcionar. A resposta era sempre a mesma, mas mesmo assim, a mesma, não me resolvia o problema. Nem vale a pena aprofundar muito este assunto, até porque aqui as coisas são sempre meio nubladas e todos se obrigam a aceitar o evidente – Não vale a pena, é preciso é muit

Vamos lá CAMBADA... até os comemos!

Joga-se hoje uma cartada definitiva nas nossas vidas. Quase que arriscaria afirmar que este dia é mais importante, até, do que o dia que eu nasci. Bem, se calhar estou a exagerar um pouco, mas é preciso ter em atenção que as esperanças da nossa sobrevivência como pessoas humanas, e pessoas não humanas também, estão todas colocadas no jogo de logo à noite. Não há que disfarçar – Ronaldo tem a missão de fazer-nos felizes. Se ele conseguir é um herói, se não, todos nós já sabemos, é uma besta. E eu acredito que ele sairá como um herói… ou então é mesmo uma grande besta. Do outro lado tentam elevar, a um patamar semelhante, um tipo com a cara achatada dos lados, com rabo-de-cavalo e uma barba mal semeada. Está bem, é verdade, marca pontapés à bicicleta fora de área e parece que está em forma. Mas o que é isso comparado com o nosso ponta de lança Hélder Postiga? Ou até do magnifico e estonteante Hugo Almeida? Se olharmos para o nosso meio-campo com atenção é uma zona de luxo – Moutinho

Fica a dica

A Maya ainda faz astrologia? É que hoje pressinto que os meus corpos celestes estão meio desnorteados e estão a influenciar o meu signo do zodíaco. Fora isso está tudo espectacular. Hoje acordei com aquela sensação boa de quem tem que vir trabalhar. Claro que não estou a ser irónico e levanto sempre os braços para o ar em forma de agradecimento por ter trabalho e poder ao mesmo tempo ter saúde para o efectuar com todo o amor e dedicação. E, meus Senhores, não há nada mais importante que a saúde. Quantas vezes um cocho não desejaria dar uma corrida numa bela manhã de primavera. Ou um gago que vê uma bela moça sozinha numa esplanada, e desejaria com todas as suas forças recitar um belo poema de amor. Um desdentado, já imaginaram o que sofrem estes meninos nos tempos modernos? Se quiserem ter Facebook, em 99% das fotografias, aparecem a sorrir de boca fechada e a foto de perfil, normalmente, é um animal fofinho ou então uma fotografia ao longe com os braços abertos! Olhem, os manetas po

Há parte

Nada como agradecer aos que merecem. E por isso, Obrigado. Agora o caminho é diferente, mais lunático ou lucido. Ainda não sei dizer. Parece tudo muito vago, mas as histórias eu não as gosto de contar muitas vezes, principalmente a quem ouve a olhar para o lado. Que a saibam por terceiros que assim sempre acrescentam um conto e tudo se pode tornar mais interessante. Há que levantar a cabeça, como a qualquer jogador de futebol, e ter a noção que tudo, ou quase tudo, foi feito para te baralhar a vida.

Respirar

O meu cão ontem lembrou-se de esfarrapar o sofá quase todo. Vá lá, teve a decência de deixar as costas de um lugar na sua integra. Quando cheguei ao pé dele mete o rabo entre as pernas e olha-me com aquela cara de quem já está arrependido. Eu, nem ai nem ui. Como se não fosse nada comigo sentei-me no meio dos farrapos, pego no computador e faço uma varredela pelos temas corriqueiros que normalmente me adormecem e acalmam o cérebro. O futebol pois claro. Vejo que o Benfica perdeu. Olhei para o cão, ele para mim, e rimo-nos juntos como bons e velhos amigos!

Entre linhas ...

No outro dia, com os cotovelos em cima da mesa e as mãos nas bochechas, pensava que um dia ainda poderia vir a ser um homem influente na nossa, ou mesmo na vossa, sociedade. Acordei fui directo ao frigorífico e comi um iogurte de coco que são dos meus preferidos. Tomei um banho com água morna, cortei as unhas com a minha velha tesoura e voltei-me a deitar. Continuei a conduzir e segui o caminho que me parecia ser o correcto. A estrada tinha alguns buracos o que não permitiu ao Manuel Cruz manter o tom do costume, aumentei o volume fazendo-lhe a vontade, e nessa distracção, aparentemente inofensiva a curva acabou por ser o fim de um inicio que tinha tudo para ser verdadeiro. Acordei e voltei a ir trabalhar.

Tem dificuldades?

Este espaço tem uma vertente humana muito grande. Sempre fui dado a dar de mim o máximo ao meu semelhante. E por isso, para os que são novos por aqui (sejam muito bem-vindos), damos a oportunidade de vos dar a conhecer o nosso consultório. Tratamos essencialmente de dificuldades. Sejam elas de qualquer espécie. Qualquer tipo de problemas que tenham, não se acanhem, e estejam à vontade para desabafar. O efeito se não for imediato, posso afirmar, que anda muito perto disso. Fui abençoado pelo Criador e este é um dos meus inúmeros dons. Os outros, os dons, ao longo do tempo vão-se apercebendo deles. Ontem tive o privilégio de ajudar uma paciente que necessitava de auto-estima, motivação e de encontrar o seu EU interior. Hoje, essa paciente que não tinha nada, passou a ter tudo. Graças a uma terapia única e inovadora. O segredo é simples – Estive recolhido durante 8 meses e 4 dias nas profundezas de uma terra Oriental a absorver todos os ensinamentos de uma tribo hindu. Passado esse tempo

Para boi dormir!

Se fosse possível queria abrir, aqui, uma questão para debate. No fundo, e para ser sincero, a minha esperança é que com as vossas opiniões se atropelem uns aos outros. Quero que se exaltem como nunca o fizeram. Que mostrem ao mundo do que são feitos. Que rasguem camisolas, se empoleirem em cima das mesas, que gritem até ficarem roucos … mas eu quero que vos oiçam pela primeira vez na vida. Quero que os vossos filhos tenham orgulho nos seus progenitores. A questão é controversa e certamente irá gerar múltiplas opiniões. Qual de vocês é que se acha melhor que o outro?

Separação!

Não sei se me podem ajudar, se calhar vai ser difícil, mas mesmo assim tenho de vos pedir ajuda. É o seguinte, eu estou farto de procurar e não consigo encontrar, em lado nenhum, alguém que tenha feito a cobertura da separação da Bárbara Guimarães com o Manuel Maria Carilho. Não sei se me podem indicar uma revista ou assim…? É que eu tenho de saber o que é que se passou. Nem é tanto o gostar de saber. É mais a sensação de ter que chafurdar mesmo a fundo. Não faço a mínima ideia de quando é que eles se casaram, nem se eram felizes ou se tinham qualquer tipo de amor um pelo outro. Não é que eu goste da desgraça e muito menos desejo o mal ou a morte a alguém, mas se der para ter conhecimento… sempre gostei de estar informado!  Bem, de qualquer das maneiras não é grave, porque, entretanto, vou-me entretendo com a separação de dois amigos meus. É verdade a Carolina e o Jacinto vão-se separar. Coitados, eles que pareciam que tinham nascido um para o outro. Isto por causa de dinheiro… vejam

Diria que :

INTENÇÕES - AÇÕES = NADA " A estrada para o Inferno é pavimentada de boas intenções!"

O Monge e a Lesma

As empresas dos tempos modernos, de um modo pouco subtil, fazem-nos acreditar que a experiência e as oportunidades são factores cada vez mais importantes, e determinantes, no crescimento do ser humano. De um modo, quase espiritual, evocam valores morais como base da integridade daquela instituição. Como se o dinheiro fosse um veneno que é preciso não alimentar. São generosos ao ponto de oferecerem, aos desesperados, uma ocupação diária. Como se nos tivessem a ajudar com a árdua tarefa que temos pela frente de gastar os 1440 minutos diários. A remuneração mesmo que seja ridícula, ou melhor, não compensadora pelo desempenho realizado, acaba por ser o factor menos importante. Eles estão ali para nos ajudar. São os nossos guias, os nossos mestres, os nossos monges. Como se de um mosteiro se tratasse. Ao que parece, ainda temos que agradecer por isso. Para que se perceba melhor, facemos o seguinte exercício em conjunto: Peguemos numa lesma e coloquemos-lhe, mesmo à sua frente, a planta de

Hitler dos tempos modernos!

Acredito que posso afirmar que este ano de 2013 me tem abespinhado as estruturas. Não sou supersticioso, mas quando vejo um escadote nunca passo por baixo dele, só se tiver mesmo que ser. Mas custa-me crescer. Para mim estaria eternamente de beicinho e a fazer birra por não ter o que eu quero. Atenção, com isto não quero dizer que não seja já um homem feito. Até porque não sou na verdade, mas poderia bem sê-lo se o quisesse. O problema seria vosso. Se eu fosse homem vocês não estariam com a vida tão facilitada. Apontaria todos os vossos podres, na vossa presença, para terem vergonha na cara. Não deixaria de gritar ao mundo todos os males e pecados que, permanentemente, insistem em fazer. Não deixaria nada incólume. Tudo seria remexido, por dentro. Rasgaria a vossa alma putrefacta ao meio. Não dormiriam com medo que os pesadelos vos invadissem. Seria um inferno até que pureza dos vossos actos fosse legítima da vossa existência. A seguir a isto tudo não haveria uma segunda oportunidade.

Liderança

Liderança: É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente, visando atingir, os objectivos identificados, como sendo para o bem comum. Será esta a melhor definição de liderança?

Mudar a água ao bacalhau!

Hoje vou almoçar sozinho porque o meu colega não pode. Como eu detesto almoçar sozinho, fui parvo o suficiente para lhe perguntar o motivo de ele hoje não poder ir almoçar comigo. Dispara dizendo que “vou ter que ir mudar a água ao bacalhau!” Soltei uma espécie de riso, como quem pensa que está a ser alvo de uma galhofa da boa. Mas não… parece que o bacalhau precisa mesmo de ser mudado. Há segundas-feiras que deviam estar quietinhas em vez de virem chatear-nos a vida!

Caralho e Foda-se

Certamente já discutimos e falamos aqui de quase tudo. Menos de coisas inteligentes e com importância, mas também não é para isso que alguém pisa estes terrenos. Mas não falámos do Rui e o Zeca. Ora, o Rui é um encarregado de construção civil típico – De camisa aberta até ao umbigo, com um fio de ouro com um crucifixo a baloiçar, que puxa a gosma com algum brilhantismo, de voz colocada, sempre com uns decibéis acima do que é normal, e com as duas palavras fundamentais para por qualquer obra a andar: Caralho e Foda-se. Sem elas, dificilmente, nesta categoria, alguém tem sucesso. Parece que toda a equipa não se mexe se não ouvir um “ Foda-se eu já te disse…” ou um “Cum caralho, é mais para a esquerda” Então, o poder das duas juntas, atrevo-me a dizer, que não se encontra em nenhum tipo de discurso de motivação. Se procurarem, vêem que não há nada que se equipare a um “Foda-se, cum caralho vamos a andar com isto!” Se for um homem do Norte, então, só não temos a perfeição por causa de d

Choro compulsivo

Lembro-me a primeira vez que entrei num cemitério. O meu melhor amigo de infância tinha morrido. Sei que na altura já não eramos, aqueles, os grandes amigos. Eramos outros, ou melhor, eu era outro e ele tinha acabado de ser o que quer que seja. Noutra vida, acredito que, um dia, passe aqui por perto. Lembro-me da mãe dele agoniada, com soluços estridentes e ensurdecedores. O pai não transmitia emoções e mantinha a cara fechada que sempre teve. O irmão acabava de perder mais de metade do seu coração. Nunca vi ninguém defender alguém como ele defendia o Migo. Eu não sabia o que havia de sentir. Claro que estava triste, mas não senti grandes emoções. Talvez abafado por todo o terror que me rodeava. Fiquei impávido e sereno, temendo os meus próprios sentimentos. Olhava em redor e uma roda enorme de gente assistia ao funeral. Até havia gente a rir e a contar histórias. Por impulso, pensei que aquelas bestas é que mereciam estar a ser enterradas, mas vivas. Depressa me passou quando, envergo

5 anos a bater por letra

Foi este fim-de-semana que se completaram 5 anos a bater por letra, e diga-se, com todas as letras, sou EMIGRANTE! Poderia estar orgulhoso disso? Podia, sim senhor! E estou? Com certeza que sim. Os meus Pais têm orgulho em mim? Isso já é outra história. Dizer que eles têm orgulho de uma pessoa que conhecem de ginjeira, seria o mesmo que dizer que eles não conhecem os meus “podres”. Não seria fácil, portanto, apagar da memória, dando como um pequeno exemplo, o dia em que peguei fogo à casa que estiveram uma vida inteira para a ter. Tudo por causa de uma gamba. Preferia não aprofundar muito este assunto, até porque a minha pena domiciliária foi penosa. Por isso, acho estranho o orgulho que, nos dias de hoje, paira no ar. A maioria dos Pais tem orgulho nos seus filhos. Nem que tenham meia dúzia de meses. Os pirralhos ainda não provaram nada, penso eu com os meus botões. Mas sentem orgulho ora porque ele já se senta, ou porque já sorri, ou ainda porque larga umas bufas muito bonitas. Eu c

Sou efectivamente acima da média

Imagino que alguém ao ler o texto anterior, chegou ao fim e pensou “ este magano não se lembrou de mim?! Eu que lhe ensinei tudo o que sabe hoje!” É bem possível que tenha acontecido. Desde que o acabei de escrever até agora, já me lembrei de mais uma dúzia de pessoas... e de algumas até gosto mais delas do que mim próprio. Mas não era minha intenção esquecer-me de alguém. Mas sim dar uma lambidela de carinho por gente que gosto muito. Sempre fui abixanado, confesso. Na rua chamavam-me o piúgos de amor… para verem como sempre fui um coração mole. Preguiçoso é verdade, mas um coração mole. Também se tivesse mais vontade era capaz de dar este mundo e o outro. Não faria por menos, mas depois vocês iam viver para onde? Mas a vontade e o crer fazem os verdadeiros homens e o descanso e a paz é daqueles que já o são! Outro bonito pensamento, deveria registá-lo. Começo a ficar impressionado comigo próprio. Quando era pequeno ninguém acreditava em mim, mas começo a reparar que estavam enganado

De quem eu gosto, até às paredes confesso!

Já vos falei de quem gosto? Gosto dos meus Pais, muito. Da minha Avó que morro de saudades dela. Da minha Tia Rosinha que penso muito nela. Da minha prima Filipa, do meu primo Chapas, da minha prima Carla, do Pai deles o Alberto. Da minha Tia Lucília. Do meu Tio Farias. Da minha falecida Tia Zéia. Da Natalie que será sempre a minha luz, o meu guia. Amo o meu irmão Filipe que sempre esteve lá. Gosto do meu irmão Carlos como se o meu coração batesse fora de mim. Também gosto das minhas cunhadas. Todas elas, e é difícil gostar de tanta mulher. Adoro os meus sobrinhos. Gosto dos meus Sogros... parece impossivel, mas gosto. Gosto dos meus amigos: Do Fozzy que é um coração enorme e está sempre disponível; do Gonçalo que só tem dois defeitos – é Policia e ainda por cima do Benfica; do Peter que será sempre uma pessoa que todos querem estar. O Chiquita pela disponibilidade. O Salmão um grande amigo de infância, o Nelson que é um sindicalista de primeira. O Tejo que morava no mesmo prédio. O

Acordem!

Lançam-se umas larachas e o povo vai atrás indignado. Mudam-se os poleiros entre dois partidos e a malta continua na mesma, não se percebendo bem quem manda nisto tudo. As coisas não são feitas ao acaso. E os “Seguros” e os “Passos” deste País são uns fantoches que dançam ao sabor da música que lhes tocam. Nunca passará disso. Vem o FMI e a população faz manifestações. Os verdadeiros manipuladores continuam a assistir na poltrona mexendo os seus peões. A marcha vem para a rua com cartazes e com as calças na mão clamando a mudança, mas sem saberem que mudança será necessária. O dinheiro emprestado continua a se multiplicar. Continua a não haver “acasos” aqui. Os telejornais, que são produtos viciados e criados para entreter, vão criando uma névoa e um nevoeiro de suspeitas. O enredo é tal que ninguém terá forças ou a lucidez para dar o início à mudança. Não querem a nossa independência e por isso passámos a ser um País de serviços. A produção parou e culpamos o fantoche do Cavaco. Lá di

A Porca

Andava a porca atrás do porco. Parece uma premissa cheia de jarvadice, mas na verdade são dois bons amigos. São é porcos! E que mal tem ser-se porco hoje em dia? Do mal o menos, diria eu. Com tanta porcaria que anda por aí, ser-se porco até nos traz vantagens. Bem, mas a porca da Carla andava, já há uns tempos, atrás do porco do Rui. O porco, o Rui, nunca ligou muito à porca da Carla. Coitada. Mas o amor é tramado, faz-nos fazer coisas impensáveis. O amor move montanhas, e é bem verdade. Quem nunca fez uma javardice por amor? Bem, mas a Carla não desistia. Lutou até ao limite das suas forças para ter o Porco. Lutou, lutou, lutou e lutou. Não importa se teve o Rui ou não… essa não é conclusão que eu vos quero levar. Depois, em privado até vos posso dizer se o conseguiu. Mas ela lutou. Lutou. E este ano de 2013 não está a ser nada fácil, só com muita luta…e já agora união!

Amigos, os verdadeiros!

Atenção aos amigos falsos ou aos falsos amigos. Desculpem-me a expressão mas toda a merda vem cá de dentro. Assim como não existe um teimoso sozinho, também não existe falsidade sem ser alimentada. Quem não tem verdadeiros amigos, como eu, é porque, na verdade, não é um verdadeiro amigo para ninguém. Sempre será assim, temos de dar, dar muito e cada vez mais. O receber logo se vê porque não podemos estar com as duas mãos estendidas. Se uma dá a outra fica no bolso. Dizemos muitas vezes que demos. Demasiadas vezes, aliás. Eu continuo a dar pouco. Passo os dias sentado e todos me dizem que ninguém lhes dá nada. Espero que não estejam a contar que eu lhes dê alguma coisa. Chego à conclusão que não quero ter verdadeiros amigos. Dão muito trabalho, dão muitas preocupações. Exigem muito de mim e eu não gosto disso. Há uns que contam pelos dedos de uma mão, os amigos que têm, e ainda assim lhes sobram dedos. Eu não conto sequer. Sei que não os tenho porque eles também não me têm a mim. Só as

Oremos irmãos!

Salvar gatinhos e cãezinhos está na moda e sensibiliza milhares nas redes sociais. Há partilhas de todos os tipos e para todos os gostos - O Marley precisa de um dono. O Pantufa procura uma casa. O Zeca tem o coração aberto a um novo amor. Eu próprio choro e demoro dias a recuperar quando vejo um bombeiro a salvar um gato com uma botija de oxigénio. Fico tão sensibilizado que sou capaz de, nesse instante, sair à rua e apanhar todos os animais que veja na rua abandonados. Não faço por menos, mas eu sou um coração mole. Facilmente me comovo e dou a alma ao criador. Canis inteiros são divulgados e partilhados para que todos juntos possamos dar o nosso contributo. Que bonito. Deus está lá em cima atento a tudo isto. Ele só nos pode compensar com tamanha bondade. Olhamos para cima (céu), à espera que nos estejam a ver, mesmo que seja num pequeno gesto como uma partilha no Facebook. Sentimo-nos aconchegados por praticar o bem. E que bem, convém sublinhar. Certamente, já não vamos ser conde

Eu de vocês já espero tudo!

Ontem perguntaram-me qual era o caminho que eu queria seguir para a minha vida. Eu respondi que era este mesmo que eu estava a percorrer. Sem a certeza de nada e com algumas, poucas, verdades absolutas. Uma das verdades absolutas, que me seguirá para a vida, é que eu gosto mais de umas pessoas que outras. Parece impossível mas é verdade. E se, por vezes, tenho pouca paciência para pessoas que gosto, imaginem para as que não gosto. Digo isto porque à primeira vista parece-me que não é tão simples assim para toda a gente. Dá-me a sensação que todos se adoram uns aos outros. Até porque fazem questão de mostrar um ar interessado ao assunto mais absurdo e ridículo que o nosso semelhante possa estar a dizer. Dou-vos um exemplo, não gosto de criar falsos paradigmas. No outro dia uma besta conseguiu estar mais de uma hora a debitar conhecimento sobre a criação de robalos e douradas em cativeiro. Acredito que possa ser um tema interessante durante 5 ou 10 minutos. Ao ponto de percebermos, de u

Inovar

Nunca tinha conhecido uma pessoa que pensasse, constantemente, alto! Com isto não quero dizer que almeje grandes voos, não é isso. Fala o que pensa. Está constantemente a mandar cá para fora aquilo que lhe vai na mente quando está a trabalhar. “Ora bem, esta viga tem 30 cm de largura… mas espera, aqui não está isso indicado!” E assim sucessivamente. Como não trabalho numa rádio ou revista de imprensa, o assunto pode não parecer propriamente interessante (assim como este próprio texto). Mas é, pode parecer estupido, mas todos os elementos da construção ganham vida com este meu colega - Uma viga que conversa com um pilar. Uma platibanda que discute com um ralo de pavimento por este estar coladinho a ela. O próprio aço A500 que se mete sempre dentro do betão sem que este tenha a hipótese de o contrariar. O que dizer então de lajes em consola, onde o pré-esforço é essencial? Fez-se magia e poderia a Walt Disney se inspirar nesta magnifica ideia. Já têm carros, aviões, árvores, calhaus que

À Pedrada

Os putos brincavam à pedrada, foi mesmo à bocado que isso aconteceu nos arredores de Luanda. Hoje em dia, em Portugal, já não se joga, ou brinca, a um desporto tão lúdico como este – fugir de calhaus. Eram três crianças de um lado e uma mais pequena do outro. Assim pode parecer injusto ou até dar pena, mas a mais pequena de todas era a mais afoita. Com a parte de baixo da camisola, dobrada para cima a fazer de saco, era um ver se te avias enquanto as outras fugiam a seis pés. Nunca percebi essa dos “sete pés”… estaria algum perneta pelo meio? Enfim, por zarolhice ou pressa da minha parte acabei por não ver nenhuma a levar com um calhau na cabeça, que no fundo, e para mim, é o mais interessante e bonito desta brincadeira. Hoje em dia a miudagem brinca a outras coisas, e acho bem, não quero estar agora aqui a dizer que “no meu tempo é que era”. Até porque lembro-me bem que eu não tinha paciência nenhuma para as histórias que os meus Pais me contavam sobre o tempo deles – brincavam com la

Histórias

Cá estamos nós de volta e acredito que estaremos todos contentes por isso. O que vos tenho para contar é uma história giríssima que estava guardada para eu a ouvir e espero que, para alguns de vocês, faça o mesmo sentido que me fez a mim. Numa terra distante o Mestre estava a pesca com o seu neto quando um estranho se aproxima e pergunta: - Boa tarde, diga-me uma coisa, eu venho de muito longe e gostaria de vir para estes lados morar, como é que é isto por aqui? O Mestre antes de responder, pergunta - Como é que era o sítio de onde tu vens? - Meu Senhor, lá era do piorio, era só gente mentirosa, cobardes… andavam todos a falar mal uns dos outros, todos a roubarem-se uns aos outros! Eu não aguentei mais e tive que me vir embora e procuro um sítio calmo, com boa gente … O Mestre interrompe-o e diz – Meu amigo, aqui é exactamente igual, todos se andam a enganar, roubar e a criticar uns aos outros… tenho a sensação que não será aqui que quererás viver… Nesse mesmo dia o mestre é conf

É já hoje!

É verdade o que se diz por aí. Vou já hoje à noite de viagem para a nossa terra. Escusado será de dizer que bem mereço e já estava mais do que na hora de elas chegarem. Mais uma vez confirmo que é um privilégio ter-vos desse lado, embora silenciosos e com uma mente trocista eu gosto muito de vocês. Como sou uma pessoa persistente, vou voltar a escrever parvoíces e voltarei em meados de Setembro. Uma grande beijoca para todos sem excepção, não queremos cá maricas, e que não procurem que o mundo vos sorria… sorriam vocês para ele!

O caminho é a ignorância!

Na Síria milhares de crianças agonizam após armas químicas. No Brasil, empurram-se mais de 40 mil pessoas para fora de onde vivem, tudo em prol da industrialização. Em Portugal os grandes dramas passam pelas traições e vinganças no belo mundo dos Famosos e em Angola, cá ando eu com os meus problemas gravíssimos, como por exemplo se tenho bilhete ou não para ir de férias. Tudo depende da perspectiva, é verdade, há quem fique especado a olhar para uma árvore, outros há, que preferem ver toda a extensão da floresta. Eu sou dos obcecados pela árvore, ainda não subo ao cume do monte para apreciar a floresta, porque dá muito mais trabalho e uma enorme chatice. O exemplo mais flagrante, e concreto, é enxurrada de União Europeia e da dita crise. Se fosse há uns anos atrás, em que só existia a RTP e os telefones eram fixos, no topo das preocupações estaria se os nossos Pais já nos tinham, ou não, chamado para ir para casa. Mas o desenvolvimento tem destas coisas. Também, é verdade, não me ap

É a dança do Empregado!

Ando cansado desta dança entre subordinados e chefias. É uma dança desgastante e que por mais que o tempo passe, parece que nunca lhe ganho o jeito. Gingo sempre para o lado errado, enquando vejo os outros em sincronias perfeitas num ritmo meio latino e desconcertante. Para a dança é preciso ter jeito, mas, como para tudo, é preciso muito trabalho. Não é fácil que a dança deslize como se fosse casual, natural e sem quebras. Existe muito jogo de cintura, muitos sorrisos abertos e muita sabujice pelo meio. É verdade que é uma dança condescendente - entram coxos, marrecos, fanhosos, espertos, burros – todos são poucos para alimentar a sua chama. Eu porém estou lá no meio, como todos vocês, a dançar, a bailar, a girar, e ainda por cima com um sorriso nos lábios. Qualquer dança exige isso, uma satisfação levada a extremos. “Gira cabrão, gira e sorri porque estás empregado!” oiço alguém a dizer-me… alguém que teima em chagar-me a cabeça. O tal alguém que se diz gente. E na verdade, é

Coxos, Galdérias e Gagos

O gajo já andava a coxear há uns dias. Não liguei, podia-se ter aleijado em qualquer sítio. Podia estar a precisar que reparassem nele, ou então outra coisa qualquer que não tive tempo nem paciência para ponderar. Mas ele continuou, a coxear. Confesso que Já começava a achar estranho, mas entre o bom-dia e a boa-tarde a minha curiosidade não era suficiente para perder uns minutos na berma da estrada a ouvir a sua história. Fui deixando passar. Assim como deixo tanta coisa que não é problema meu. Fui deixando que acabei por deixar tempo de mais. Já nem me lembrava dele de outra maneira. Que importância teria para mim saber da história, ou que importância tinha para ele que eu a soubesse? Falo-vos do coxo como poderia falar de uma galdéria qualquer. Desta vez calhou a ele, amanhã se calhar sou eu que começo a gaguejar.

Boca fechada

O segredo será sempre de quem o conseguir guardar. Os meios de comunicação são muitos e variados e arrombam qualquer cofre que guarde alguma coisa, ao ponto de que só as verdades não chegam para os alimentar. É preciso inventar, é preciso destruir a vida de alguém. Sejam amigos ou conhecidos, nada é tido em conta. Para sabermos como se escapa uma informação, nada melhor do que contar diferentes mentiras a diferentes pessoas. A que te vier aos ouvidos terá a sua fonte identificada. E isto é importante. É importante chegarmos depois ao pé dessa pessoa e espetar-lhe o dedo no peito. É importante ele saber que não pode contar o que lhe foi pedido para guardar. Quando andávamos nas cavernas, a grunhir e com paus na mão, podíamos comer com os pés ou até mesmo fazer filhos com a nossa irmã … mas convém começarmos a assumir responsabilidades. Não matamos nem crucificamos quem teve a culpa, mas tem que haver responsáveis. Era só isto…

Trambiquices!

É fim do mês e está mais que na hora de receber os ordenados. Por aqui, na cidade mais cara do mundo, a maioria recebe muito pouco. Enquanto os ditos que ditam, as regras, passeiam com tantos milhões que até transbordam dos bolsos. O dinheiro, para a maioria, é distribuído na confusão de um turbilhão de mãos estendidas, ansiosas, para receber o dinheiro. Já antigamente me diziam que “na confusão aproveita sempre o esperto ou o ladrão” e na verdade, no fim das contas, falta um ordenado. O esquema e o proveito de um, ou a trambiquice, como aqui se diz, é o desespero do outro. Quem do pouco tem que alimentar uma ninhada de 7 ou 8 filhos, e mais aqueles que gostam de estar com o cu sentado, torna-se agoniante ao ponto de se fazer ouvir um choro estridente. O esperto sai contente e o burro a chorar. Entre os espertos e os burros sempre acreditei que a tartaruga é quem se escapa. Passa de fininho. Mas espero sempre que o esperto se queime.

Até já

Tudo passa. Tudo muda. Basta que para isso tenhamos paciência e aproveitemos o que nos é dado. São teorias que eu cada vez mais me tento agarrar, não vá bater com a cabeça com tanta espera. Mas este texto é dedicado à minha amiga Carminho que acabou de fechar o seu ciclo por estas bandas e posso confirmar que muita falta me vai fazer. Por vários motivos, mas o principal é porque gosto muito dela. Gosto mesmo. É professora de Português, mãe de uma filha linda, mulher de um rapaz que por acaso é meu colega e é de uma terra, a Madeira, que agora me deixa entre a espada e a parede – Terei que ir lá. Desejo o melhor para todos vocês e claro que vou sentir saudades. Muitas. Mas essas serão, certamente, um dia compensadas com a minha visita por essa maravilhosa ilha. Um beijo enorme e até já.

Santa Luzia que o gato já mia.

No outro dia alguém me perguntava alguma coisa, ao qual eu respondia coisa nenhuma, quando o meu sobrinho ao olhar para a televisão me dizia “ que mamas tão grandes, parecem umas montanhas… devem ter muito leite” Ora bem, este rapazola tem 5 anos e gosta de mandar pedras aos amigos. Não é propriamente alguém com qualquer tipo de necessidade… como lhe chamarei, fisiológica! Achei estranho a apreciação, que a mim, fazia todo o sentido, mas na dúvida perguntei-lhe: - Ó rapaz, tu ainda andas de bicicleta com as rodinhas atrás, não andas? Ao qual ele de peito feito me disse – Já tirei as rodas duas vezes Tio, já consigo andar sem elas! Isto levou-me a acreditar, mais uma vez, nos meus Pais quando insistiam em dizer-me que o tempo passa rápido. E passa. O magano assopra pelo meio dos dedos que nem damos conta dele. Este pirralho, o meu sobrinho, há poucos dias mamava literalmente nas mamas da mãe. Sem nenhum desrespeito, atenção. E agora encara-me de igual para igual, sem medos… Por

O vosso mês de Agosto

Chegou o mês de Agosto. Chamado o mês dos emigrantes e é bem verdade. Por estas bandas já se sente o vazio do chamado “Pula”. Existem os negros, ou pretos, e os brancos que aqui são chamados de “pulas”, mas ao que parece sem nenhum teor racista. Mas a debandada e a alegria de voltar é bem visível, contam-se os dias, as horas e os minutos quando estamos perto de subir as escadas do avião. Diria que é uma sensação única. Não há nada como voltar à nossa terra, às nossas gentes, aos nossos costumes. A alegria de viajar chega ao ponto de dispararmos chamadas a todos os que cá ficam. E que bem que me sabe receber essas chamadas.   Normalmente vêm carregadas de boas energias, de felicidade pura e despida de qualquer ego. Ser feliz é isto mesmo, aproveitar as brisas de pura alegria que a vida nos dá. Saber que nesse momento somos verdadeiramente felizes. Nos outros momentos resta-nos saber que nada dura para sempre. Hoje foi o Vitinha, há dias foi o Paulinho. A Carmo e a Vera, que são professo

Só, se não puder.

Só se não puder. Humm, o que vos parece? A mim parece-me bem, e tenho que minar as minhas páginas sociais com estes mandamentos. Não vá um dia um futuro patrão investigar a minha pessoa e vê que de mim terá tudo. Só se não puder! Bem, mas venho, hoje, falar-vos da coxa. Andava à coxa a difamar a filha porque ela não queria trabalhar. Imagine-se uma coxa… se tem personalidade jurídica para difamar alguém! Acho que a miúda não era muita dada ao trabalho. No fundo como todos vocês. Nada de novo, portanto. Mas ela assumia isso. Não tinha nascido para trabalhar. A miúda era perfeita – belas coxas, inteligente, cabelos aos caracóis e uma personalidade forte… só que não mexia uma palha. A vida corria-lhe de feição não fosse a coxa, sua mãe. Todos os dias acordava mais cedo do que queria, com a coxa aos berros - Vai à procura de trabalho sua galdéria, não é na cama que o vais encontrar. Normalmente era, esta, a frase favorita. A miúda nem ai nem ui. Deixava a cama num salto e enfiava-se

FMI

Era de noite e o Zé da Pipas caminhava na bruma que ele próprio tinha semeado. A turva era constante. Com o medo abafado pelos litros de tinto que bebia, caminhava de peito feito pelas ruas com o dinheiro no bolso de mais um dia na Adega. Alimentava alcoólicos diariamente. Era um traficante à antiga. Só vendia vinho. Nem um petisco, para acamar o estômago, ele tinha. Assumia que não queria ter mais que fazer do que encher copos 3. O primeiro a ser servido era, sempre, o António das Rolas. Pelo ar de impaciência, do António, o Zé sabia se na noite anterior tinha bebido mais do que a conta. Não precisava de relógio para saber que nesse dia fatídico, para os dois, tinha chegado mais tarde do que nunca. O António já espumava pela boca e tremia que nem varas verdes. A discussão foi acesa. Acordaram, naquele pátio, todos os habitantes da aldeia. Temia-se o pior sem terem a noção que tragédia se avizinhava. A velhota Júlia, da padaria, que pela idade mais parecia uma múmia, com a bengala ao

Perfume

Ainda sinto o cheiro da sua pele. Um cheiro inesquecível que se entranha, que nos enlouquece. Pingava suor do sovaco e era um cheiro a vinagre que não se podia. Ninguém lhe dizia nada porque parecia mal. Aguentávamos o cheiro que nem uns heróis. Agoniados, mas mantínhamo-nos firmes. Tudo tem um limite e a cada dia parece que vinha pior. Mais refinado, mais requintado. Alguém tinha que falar com a Antónia. Como abordar um assunto tão delicado. “Antónia cheiras mal e assim ninguém aguenta” esta seria premissa. Todos já estavam de acordo – Temos que falar com a Antónia! O João não poderia ser o eleito porque é um homem do norte. São como os malucos e dizem tudo o que pensam. Não filtram e a Antónia não merecia isso. As palavras têm muita força e por magia tínhamos o nosso colega Bruno que embora não fosse poeta era uma pessoa extremamente sensível. Era surdo/mudo. Com gestos explicou o que todos queríamos dizer. Abanou a mão, freneticamente, em frente ao nariz uma dúzia de vezes. A

Foi Deus ?

Cada vez mais aprecia a escrita rectilínea, sem muitas curvas sem muitas vírgulas. O que é para se dizer, deve ser dito rapidamente, sem apetrechos com poucos adjectivos. Curto e grosso. Não tem paciência para o acessório, emana objectividade. Não quer saber da roupa à janela, ou se a casa era amarela. Se está um dia radioso ou se a chuva molha parvos. Respeita o silêncio e conhece-o cada vez melhor. Nem tudo precisa de ser descrito, nem tudo tem que ser dito. Os dias são dele, não precisava de se justificar ou agradar a alguém. Possuía todas as horas do dia com a mágoa de quem conhece o mundo. Em tempos, muitos lhe pediram ajuda, concelhos, esmolas. Agora o seu telefone, só serve como despertador e para ver as horas. Está velho e sem estar doente apodrece num hospital. A Dona Teresa e a menina Inês lá vão passando anunciando o “Bom dia”. A enfermeira e a auxiliar todos os dias lhe dão uma festa na cara enrugada e esse, é o momento mais triste do dia. Sabe que não terá forças para sair

Para quem tem pouco tempo

Adoro arroz de cabidela. Dos meus pratos favoritos. Não gosto de pessoas muito penteadas, normalmente são as mais perigosas. Era só isto. Obrigado e bom dia.

O Rafael não resistiu

A Joana entrou na loja para comprar mais um par de sapatos. O namorado, ficou à porta o que indica um mau presságio - Já não tem paciência e só namoram há um par de meses. A Joana, como todas as mulheres, gosta de companhia, gosta da opinião do namorado. Parece tão simples e inocente que acabamos sempre como os maus da fita. Mas nada que a demova do seu objectivo. Ela anda à procura de algo diferente. Precisa, como de o pão para a boca, de uns sapatos pretos mas abertos à frente em forma de meio circulo. Até pode ter laço, mas não pode ser muito evidente. O salto tem que acompanhar a evidência do laço. Não muito altos. Ainda não foi nesta loja. Sai zangada em duplicado, por não ter a companhia do namorado e por não ter encontrado os sapatos na sétima loja que entrou. Mundo injusto. O namorado, o Rafael, vai a caminho para a oitava loja e tenta por paninhos quentes. Já assume uma culpa que nunca nos fugirá. Respira fundo e concentrasse na árdua tarefa de ter um ar interessado e não ca

Estão abertas as candidaturas.

Definitivamente gosto da diferença. Gosto quando alguém tem a ousadia de se portar mal, mas no bom sentido. Imaginemos num restaurante, um sujeito se levanta da cadeira e grita a plenos pulmões “ Eu hoje estou feliz, caralho” Bom, se calhar poderíamos tirar a asneira. Não precisamos ajavardar um momento bonito. Mas gosto disso. Gosto da imprevisibilidade mas com valores. Detesto barracadas, embora seja considerado imprevisível. Normalmente, também não gosto de hierarquias. Digamos que tenho dificuldade intelectual em aceitar qualquer tipo de orientação. Tenho a tendência de avaliar a equipa em conjunto e normalmente não chego a bons resultados. A avaliação técnica nunca me interessa muito, interessa-me mais a felicidade, a motivação e a resposta, como equipa, a problemas comuns. Penso e rebusco soluções para as minhas apatias. Quero ser chefe de mim próprio, e cada passo está mais perto do sucesso. Diria que não sei quando, não sei como, mas vou lá chegar. Aproveito, desde já, pa

Uma história inspiradora

Isto é uma história inspiradora, cheia de despertares luminosos para os vossos corações. Desde logo a personagem principal é um coelho branco, o que por si só demonstra alguma pureza e depois teremos um burro chamado Zé, que no fundo é o vilão desta história. A história começa de trás para a frente porque não a saberia contar de outra maneira. Portanto, e para que não haja a incerteza se esta história acaba bem ou não, posso-vos dizer que o coelho morre atropelado pelo burro Zé que vinha a puxar uma carroça carregada de feno. O coelho não tinha as patas da frente, não pensem que era alguma espécie de piada. Sempre se arrastou desde que nasceu. Nasceu assim, portanto. Antes de ser atropelado pelo burro Zé, o coelho tinha inúmeras actividades sociais. Desde ajudar ovelhas vitimas da ganância humana, chegando até, e só com as patas de trás, a ajudar tartarugas velhas a atravessar o riacho. Era um coelho inspirador por assim dizer. Todos o admiravam pela sua compaixão e força de viver.

Ainda não dou nada

Há dias aconteceu-me uma coisa inédita. Para além de o meu cão, outro ser vivo demonstrou que tinha saudades minhas. Ainda por cima um ser humano. Disse-me assim, sem mais nem menos, que tinha saudades de rir com o abdómen! Fiquei contente de ser considerado um palhaço na vida dele. Era isso que eu era porque agora já não posso. Estou longe há tanto tempo que nem me lembro de quem eu era. Não sou o mesmo seguramente. Diriam os mais chegados que estou mais parvo, eu diria que não. Diria que ainda consigo ser mais. Mas, é bom sentirmos que fazemos falta a alguém. Nem que seja a um cão, e aliás foi por isso que adotei um. Não pela companhia, não por capricho, mas essencialmente por ter, diariamente, alguém que sente a minha falta. Também faço pouco por isso, confesso. Faço pouco para que sintam a minha falta. Porque para isso é preciso dar, e dar é sempre de borla. O que é chato. Nunca fui muito amigo de dar de mim. Você gostam de dar? Se gostam, tem que dar todos os dias, e cada vez mais

Homens ou Ratos ?

Houve uma senhora, na minha infância, de seu nome Tia Emília que dizia a seguinte frase cada vez que a bola ia para o seu quintal “ que eu seja puta como as galinhas, se da próxima vez que a bola vier aqui parar eu não a desfaça em pedaços!” E assim ameaçou dezenas de vezes, até que houve uma delas que acabou, mesmo, por rasgar a bola. As galinhas puderam, finalmente, ficar descansadas e nós, pequenos e ingénuos rapazes, que só queríamos dar uns chutes na bola, aprendemos pela primeira vez que, para além de as galinhas serem dos animais mais dados à galhofa, não se deve insistir muito numa brincadeira. Podia terminar aqui este brilhante raciocínio, mas quando se fala da Tia Emília é obrigatório falar do seu marido, o Tio Manél. Este senhor era mais ponderado, diria que era o ponto de equilíbrio deste carismático casal, também tinhas as suas ideologias e normalmente só partilhava com o comum mortal quando o bafo a vinho assim o exigia, e dizia sempre o mesmo “ O Tio Manél da barra

O fim desta história somos nós que escolhemos!

Esta é uma história de encantar: Era uma vez um menino muito estupido que tinha nascido num berço de ouro. Os Pais, também eles estúpidos, habituaram a criança a ter tudo o que queria. - Buáááá, quero um carro telecomandado – Berrava a criança. - Toma meu querido – Diziam os Pais. Assim era a vida desta pequena besta, que à mínima birra tinha o mundo nas palmas das suas mãos. Mas o pior é que este menino tinha muitos irmãos. Tantos que eu nem os consigo contar. E todos eles queriam coisas. A família era muito conceituada e poderosa, mas a tantos pedidos era difícil satisfazer. A teia começou a ser gigantesca e muitas foram as vitimas desta ganância cega. Esta família tinha uma rivalidade com uma outra família, também ela muito antiga, de sobrenome PS. A rivalidade no fundo não era mais do que a guarda, ao que parece legítima, de um tesouro. Um tesouro com mais de 800 anos de história, mas que ia ficando cada vez mais frágil, cada vez mais fraco e até cansado, se assim se pode

Coito

Havia uma besta, de seu nome João Paulo, que nunca fez por ninguém aquilo que vocês já fizeram. Desde a preocupação à motivação ao próximo esta besta era incapaz de pensar em outra coisa se não o coito. Tudo girava à volta do coito. Coito para aqui, coito para ali. Tudo era coito e sempre será coito. Até que um dia morreu e não deixou sequer um filho. Que merda de coito diria eu!

Liderança

Gosto de líderes que falam e que dizem o que pensam. Gosto de líderes que fazem. Por isso é que eu nunca serei líder. Mas sei avaliá-los como ninguém - Diria que, se o Público abrisse uma coluna semanal, eu seria um crítico à altura. Digo se prestam ou se não passam de abutres. Digo o que deveriam fazer e conto aos colegas quando fazem merda. Gosto dos filhos deles como nunca gostarei dos outros filhos. Sorriu sempre para um líder. Obedeço mesmo quando não me pedem nada. Gosto de líderes justos e que promovem com mérito. Também gosto dos outros. Gosto de líderes fracos, gosto de líderes fortes. Daqueles que já não o são, diria que são umas bestas. Nunca sinto saudades de nenhum mas muitos sentem a minha falta… principalmente quando precisam de um café!   

Está morta há anos

Está morta há anos. Nem me lembro de a ver viva, sempre foi assim. Encolhe os ombros como quem diz “cá se vai andando”. Mas nem chega a dizer, prefere o silêncio a ter que explicar o que quer que seja. Não se importa com nada e o nada não se importa com ela. É uma sombra que só abre a boca quando se assusta ou se aleija. Não pede nada e nunca precisa de ajuda. Os olhos não mostram qualquer vestígio de alegria, é assim desde que deixou o filho partir. Foi ela que o deixou porque ainda não o largou.

Vamos dar cabo desses cabrões!

Desafio. Estejam atentos à quantidade de pensamentos negativos que vos assola por dia. Experimentem permanecer em constante alerta e percebam a forma como eles nascem. Percebam-nos e evitem-nos. É magnifico perceber os medos que nos rodeiam e posteriormente percebermos que nada, mas absolutamente nada, é ao acaso! Vamos em frente e vamos dar cabo desses cabrões! "ó querido, mas a minha casa ontem sofreu um incêndio e ardeu por completo!" Bom, sendo assim vou ler o Correio da Manhã para acalmar um bocadinho!

Só a rir se leva a vida

Estou rodeado de pessoas especiais, aliás estamos todos, e por isso mesmo custa-me, por vezes, percebê-las. Mas quando paro e analiso as belas histórias das suas vidas percebo que eles, quase todos, são grandes. Mudanças constantes, decisões difíceis mas com a coragem de serem tomadas. Muitas vezes são arrogantes, chatos, teimosos, mas as suas vidas são pautadas pela boa disposição. São assim as pessoas especiais que por muito que a vida lhes tenha posto à prova, percebem e sabem que só a rir se leva a vida.

O segredo

Os malucos que vivem dentro de mim. Esses coveiros da desgraça. Eles segredam e eu já não os consigo ouvir. Eu não sei por onde ando no meio deles. Aliás eu não sei quem sou - Se sou um deles, se sou dois ou mais, se sou todos eles ou não sou nenhum. Eles fazem-me cometer os mesmos erros de sempre. Fazem o que querem sem que, por vezes, eu os consiga controlar. Eu sei que sou o dono, mas nunca sei que dono ser. Será vício ou estupidez? Será a fraqueza de não assumir o comando, a responsabilidade? Porque a partir desse momento a culpa passa a ser minha. Ahhh culpa maldita que andas sempre sem dono. Sempre julguei que fosse melhor assim, mas chegou a hora. Chegou o momento de eu ser o Comandante da minha vida. Não preciso de nenhuma busca incessante. Só preciso de ter a consciência que a partir de hoje tudo mudará!

Tira-se o hífen

O meu amigo Paulo Romano está de volta a Angola. Deixou esta terra para ir para Portugal, com a perspectiva que as coisas se endireitassem e agora viu-se obrigado a voltar. Encontrou quase tudo na mesma. Por incrível que pareça também nos outros sítios as coisas pouco mudam, não é só onde nós estamos. É verdade que a ilha de Luanda está com uma cara nova, também é verdade que uma das vias de acesso à capital, o Rocha Pinto, está praticamente acabada e assim se reduz o tempo para metade do que era habitual. E o Habitual poderiam ser 3 ou 4 horas. Mas, enquanto ao resto, encontrou as mesmas coisas e praticamente as mesmas pessoas. Seria importante, pelo menos para mim, que ele notasse alguma evolução na minha pessoa mas a sua primeira frase deitou tudo por água abaixo “estás na mesma pá, embora mais magro!” Menos mal… ao menos estou mais magro. As notícias do nosso Portugal não nos surpreenderam, por cá seguimos ao pormenor o que se passa e para isso basta ver o telejornal uma vez

Deixa-me sorrir !

Hoje ergueria montanhas se tivesse alguma ao pé de mim! Como não tenho, mantenho-me no sofá a vasculhar os vossos podres no Facebook. Parece-me que há ali uma rapariga que andou comigo na preparatória que não gosta de pessoas falsas. Sempre se comprova que há gostos para tudo. Outro rapaz que é meu amigo pelo simples facto de se ter cruzado duas ou três vezes comigo na rua, sou um purista, que diz “a felicidade está sempre dentro de nós”. Uma outra, e gira diga-se de passagem, manda uma autêntica revolução para o seu mural. Um casal partilha a felicidade do seu primeiro filho. Têm 45 gostos na foto que puseram. Eu basicamente escrevo merda e ponho fotos onde estou a sorrir.

Sic Mulher

Como sou um verdadeiro macho vejo com frequência a Sic mulher. É assim, os verdadeiros podem revelar as suas mariquices. Não têm problemas em gostar do rosa ou usar cores berrantes. Podem inclusive beijar um amigo, dar abracinhos, usar palavrinhas, dizer coisinhas, usar diminutivos como se não houvesse amanhã. Ou seja pode-se ser um verdadeiro maricas mesmo que corra o risco de ser confundido com uma bicha. Mas o que os outros pensam já Deus Pai nos avisava da pouca relevância que isso tem. Bem, mas vejo vários pogramas neste canal: Desde a Ellen até ao encantador de cães acho que para entretenimento é dos canais que o consegue fazer sem nos correr o cérebro. Embora nem tudo seja perfeito, temos por exemplo um dos meus programas favoritos, o “Master chefe Austrália” que de uma maneira soberba mostra como pode haver competição sem se recorrer ao chavascal ou ao enxovalhamento. Em contrapartida o Master chefe dos Estados Unidos é de vómitos. Não sei se já viram aquelas bestas dos júris

Afinal não era...

Afinal não era dor reflexo. Era mesmo o dente depois, ou antes, do sizo que era o causador de toda a dor. Em baixo, convém reforçar. Nunca pari e penso que nunca irei parir, mas se a dor que senti quando a dentista me espeta a anestesia dente abaixo não é mais forte do que as contrações de uma mulher quando está a parir, solicito desde já que se deixe de ter filhos. Ninguém merece tal dor. Que se arranje uma outra forma de gerar vida humana. Já que inventam tudo, também podem inventar uma máquina que abra as pernas e bota cá para fora a luz dos nossos olhos. Era só isto.

Dor reflexo

Vocês conhecem a dor reflexo? Não? Eu conheci a semana passada. Nunca tinha ouvido falar, mas parece que é um fenómeno comum nos especialistas de clinica dentária. Estava, ou melhor, estou à rasca de um dente vai para duas semanas e tive que arriscar um dentista por estas bandas. Calhou-me uma Brasileira, e sou sincero, o sotaque desta gente já me irrita. Não sei se foi de ter levado com as novelas aos magotes quando era um jovem com acne na cara, ou se é por outro motivo qualquer. Mas quando oiço um Brasileiro a dizer que “tou falando verdade” começo logo a desconfiar. Bem, mas eu sento-me na cadeira mais temida do mundo e digo que me dói um dos dentes de baixo. Não tinha a certeza qual dos dois me doía, mas era um deles. Ela começa a investigar, batendo num, batendo no outro sempre com a ajuda do espelho e passa para os dentes de cima. Pensei que queria analisar a minha qualidade dentária e assim arranjar mais um ou dois que lhe dessem mais uns dólares. Achei normal, afinal t

Um apontador é um Poeta

Já vos disse que passa de quatro anos e meio que vivo em África? Sim! Pois, imagino que já bati nesta tecla umas quantas vezes. Não que eu queira um prémio por isso, mas acredito que vou precisar que me dêem a mão para atravessar a estrada, quando voltar a conhecer uma passadeira. Isto tudo a propósito de que andei a gozar com um amigo que não tinha as teclas da frente do piano e quando se ria para as fotos, não mostrava mais do que uma nesga das teclas que não tinha. Agora, e porque acredito que tudo tem uma consequência, anda-me a doer o dente do siso. Filho da mãe que é a aparição daquilo que não devo fazer! Sorte a tua que não tenho um dentista à mão, ou melhor, aqueles que tenho não são de se ter à mão. Confuso eu sei, mas por estas bandas um apontador é um poeta; um estudante é professor; um professor é um mestre e um dentista sabe Deus o que é! Mas continua-me a doer a porra do dente. Enquanto mais penso nele, mais ele me dói. Seria fácil dizer para não pensar nisso. Se eu n