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O vosso mês de Agosto

Chegou o mês de Agosto. Chamado o mês dos emigrantes e é bem verdade. Por estas bandas já se sente o vazio do chamado “Pula”. Existem os negros, ou pretos, e os brancos que aqui são chamados de “pulas”, mas ao que parece sem nenhum teor racista. Mas a debandada e a alegria de voltar é bem visível, contam-se os dias, as horas e os minutos quando estamos perto de subir as escadas do avião. Diria que é uma sensação única. Não há nada como voltar à nossa terra, às nossas gentes, aos nossos costumes. A alegria de viajar chega ao ponto de dispararmos chamadas a todos os que cá ficam. E que bem que me sabe receber essas chamadas.  Normalmente vêm carregadas de boas energias, de felicidade pura e despida de qualquer ego. Ser feliz é isto mesmo, aproveitar as brisas de pura alegria que a vida nos dá. Saber que nesse momento somos verdadeiramente felizes. Nos outros momentos resta-nos saber que nada dura para sempre. Hoje foi o Vitinha, há dias foi o Paulinho. A Carmo e a Vera, que são professoras, já partiram há algum tempo deixando cá os maridos, o Pedro e o David que esperam ansiosos a sua vez. O Filipe e o Saturnino ainda não querem falar muito sobre as férias. Ainda falta um mês e muita água vai correr durante esse tempo. O Arsénio vai queimando os últimos cartuchos enquanto pode deixar as peúgas no meio da sala, os pratos por lavar onde calha ou até mesmo uma bela soneca de Domingo. A família vem com ele em Setembro e ainda bem que assim é. Queremos cá toda a gente a que temos direito e não fazemos por menos. Queremos famílias, queremos Portugueses à nossa volta. Há ainda o Ruca, a Mónica, o Nuno e a Carla. São chamados os dinossauros aqui da “banda”. Já cá estão há 12 anos ou mais. Um absurdo de tempo. Diria uma vida. Esses já passam por esta fase com uma perna às costas e já dominam o frio na barriga. Tenho um enorme privilégio de ter cá família, o meu irmão mais novo, a minha cunhada e o meu sobrinhão. Também estão quase a fazer as malas. Um dos meus chefes vai hoje e os outros irão depois. Um até aproveita para casar e fazer a lua-de-mel. É o mês de Agosto, mas não é o meu. O meu é em Setembro. Gosto mais assim.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.