Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2012

O Lord dos filmes

Existem pessoas que nunca viram o senhor dos anéis. É verdade, eu sei que elas andam por aí como se nada tivesse acontecido. Mas o mais impressionante ainda, é que há pessoas que viram e não gostaram. O Castelo Branco já me tinha alertado, várias vezes, para o facto de existirem pessoas capazes de tudo, mas mesmo assim é-me difícil de acreditar. Como é possível ver uma verdadeira obra-prima e não se gostar dela? Hoje tropecei noutra opinião destas – De quem viu e não achou nada de especial! Não o escondem, dão a sua opinião, deliberadamente, como se a nível cinematográfico, para esta trilogia, houvesse liberdade de expressão! Nestas alturas não há debate possível. Nem sequer quero ouvir qualquer argumento. Como se me quisessem explicar que o mundo foi feito ao acaso. Mas temos que seguir caminho e resistir à tentação de fazer rolar cabeças. A noite antes da estreia, do primeiro filme, marcou-me como o primeiro beijo não o conseguiu fazer. Mal consegui dormir, a cama p

Em jeito de Caderneta de Cromos

Quando era criança, havia o jogo dos canudos. Um pouco em jeito de “Caderneta de Cromos”, para a geração dos anos 70 e 80 certamente se lembram de uns tubos de electricidade, de plástico, que serviam para nos entretermos com verdadeiras guerras campais. O brinquedo era simples, enrolavam-se umas tiras de papel, eu preferia o papel das revistas, em forma de cone, onde o inseríamos no dito tubo e depois era só assoprar. Aquele pequeno engenho, parecendo que não, atingia distâncias grandes e com uma precisão de um verdadeiro sniper. Havia quem pusesse alfinetes na ponta, uma verdadeira delícia. Claro que o gosto e o entusiasmo por este brinquedo, fazia com que fossemos aperfeiçoando as nossas “armas” . Existiam verdadeiras obras-primas – Com 2 e 3 tubos, dando a hipótese de termos 3 munições prontas a saírem quase de rajada. Tudo parecia ser lindo até ao dia da tragédia. Passei um mês e meio sem poder por comida sólida à boca. Não falem em passar fome, eu sei o que é isso! Até aos dias de

Barriga vazia

É verdade, hoje o meu irmão mais novo faz anos. Sim, porque o mais velho, como toda a gente sabe, já se lançou este ano. Para mim é sempre um motivo de alegria presenciar estes dias. É sinónimo de comida e bebida à borla. Tudo bem, podem dizer “então e o dinheiro que gastas na prenda?” Não sou parvo o suficiente para me lançar ao lobos e arriscar uma prenda caríssima e o menino mostrar uma expressão, ou dizer mesmo, de que “podia ser melhor!” Com esta desculpa e seguindo a dica de um bom Português, lanço sempre o isco de que comprei um “miminho”. E um “miminho” não é mais do que uma “lembrança”. Quem é que não gosta de receber uma prenda e de ouvir por parte de quem oferece a bela frase “não é nada de mais, é só um miminho”. Apetece, mesmo antes de desembrulhar, de largar aos pulos e aos pinotes de tanta felicidade que temos dentro de nós. Antevendo que dentro daquele pequeno pacotinho, sim porque os “miminhos” nunca são grandes, deverá estar uma magnífica maravilha. Mano, é

Red Bull - Cliff Diving

Hoje é daqueles dias em que a rã quer ser sapo; o burro quer ser cavalo; a mosca quer ser abelha; o gafanhoto cigarra e nós… o que nós queremos ser? Sim, porque precisamos ser… qualquer coisa! Cada dia teremos que ter a missão de sermos melhores do que fomos até então. É crucial, para que estas bestas que saltam de 37 metros com piruetas, mortais e afins vejam que não andamos aqui ao acaso!

Finalmente, valeu a pena!

Sim Senhor, correu bem ontem a greve geral. Alerto para o magnifico trabalho do jornalista da RTP, que por culpa própria não me lembro o nome, mas que respondia assim à seguinte pergunta da redacção : - Como é que foi trabalhar nessas condições de tumulto? - Olha, não foi fácil, porque às tantas não sabíamos onde nos devíamos posicionar. Atrás da Policia de choque era perigoso, porque os manifestantes estava a arremessar pedras, e posso dizer que uma delas caiu mesmo ao nosso lado, tinha cerca de 10 cm de diâmetro e passámos por momentos de verdadeira aflição e agonia. Perante isto, tentámos estar mais perto dos manifestantes e colocámo-nos por trás destes, mas as investidas da Policia eram repentinas, o que nos dificultou, de sobremaneira, a nossa tarefa. Tendo, inclusive, numa das vezes, eu que puxar o nosso operador de câmara pelos colarinhos porque já estava caído e a levar bastonadas da Policia, que não teve a decência de distinguir quem estava ali a cumprir a sua função. Que

Sumo estragado

Os cidadãos Europeus marcam hoje um dia de luta histórica. Lutamos todos pelos abusos que nós próprios fizemos, mas principalmente pela máquina económica que exige sempre dinheiro mesmo que ele não provenha do rendimento normal. A malta leva porrada, sabe porque leva porrada, é roubada de todas as maneiras possíveis , mas as Democracias em que vivemos, em estilo de Ditadura, não permitem que façamos grandes revoluções e nós lá vamos pela via do protesto, e nada melhor do que as Greves Gerais. As greves funcionam na perspectiva de aglomeração de indignados, e bem, porque há muita gente que não aguenta, ou pensa que não aguenta mais, mas tem a feroz consequência, grave, de que o Estado terá que recuperar nos contribuintes o dinheiro perdido nestes dias. Qual a solução para esta crise? Nascem de todos os sítios, de todos os buracos, de todas as grutas, especialistas e mais especialistas que com pós-graduações, mestrados e muita estupidez vão lançando, em debates televisivos, uma espé

Ser bom profissional é:

Hoje em dia ser bom profissional é : Chegar cedo e sair tarde (mesmo que metade do tempo o passemos na internet) Não faltar a um Sábado e se quisermos ser excepcionais, os feriados passam a ser uma oportunidade para organizar a bandalheira que deixamos durante a semana. Não esquecer, é muito importante, de apontar o dedo a qualquer colega que se atreva a ficar em casa num destes dias. Quando nos apercebemos da presença de um superior, borrifamos a testa, espalhamos a papelada e rapidamente abrimos a janela de trabalho perdida no maralhal de entretenimento que é o nosso dia-a-dia. Andar na maioria das vezes mal disposto, a boa disposição poderá dar a entender que não levamos as coisas a sério, e de vez em quando berrar ao telefone, mesmo que do outro lado não esteja ninguém, para deixarmos bem vincado que não toleramos qualquer tipo de incompetência. Ter sempre um agrafador ou um furador por perto e de 15 em 15 minutos, pomos estes meninos a trabalhar. Uma impressora a cuspir

Meio do dia

Há 220 anos que existe este sino. Sempre tocou e toca na mesma altura. Quando bate o meio do dia ouve-se 4 vezes um “TONG”. Não toca mais nem menos do que isso. Mesmo assim há quem reclame com ele “porcaria deste sino!”. Chegam a afirmar que passaram a noite em claro por causa do sino. Mentira, ele só toca quando o sol lhe der a ordem e precisamente a meio do dia. Hoje, passavam 7 minutos da uma da tarde quando ele anunciou o grito do sol. Era meio do dia. Ele continua, sempre foi assim. Não pertence a nenhuma igreja, a nenhuma instituição. Diria que não pertence a ninguém e a toda a gente ao mesmo tempo. Ninguém se regula por ele mas ele regula tudo. Ninguém se apercebe mas ele continua a marcar o meio do dia.

Somos ENORMES... se nos deixarem!

Obama pela sua simpatia ganhou. Já sabemos que nos Estados Unidos é tudo em grande, mas é de impressionar ver que no discurso do Presidente reeleito estão milhares e milhares de pessoas em delírio. Não quero como é óbvio fazer qualquer tipo de comparação, mas, mesmo estando a América com a maior taxa de desemprego de sempre, e com índicies preocupantes de despesa pública, este homem garante a toda uma Nação a sua lealdade, honestidade e carácter. Nisto, somos muito pequenos. Não no sentido da dimensão do País, ou na nossa história, mas principalmente num povo que se vê governado por fantoches de dentes brancos e garras afiadas que se esquecem, ou não se lembram, que somos, somente, um País com mais de 800 anos de história e consequentemente o mais antigo Estado-nação da Europa. Os exemplos têm que partir de cima. Sempre. Se querem sacrifícios que sejam os primeiros a se porem de joelhos, a esvaziarem os bolsos e depois, por respeito, todos nós com orgulho daremos o que podemos e

American people

Hoje é dia de eleições nos Estados Unidos. Espero que continue o Obama principalmente por tudo aquilo que ele não fez – Não entrou em guerra com nenhum País e isso, para mim, é o mais importante. Confesso, que ousei em ouvir parte de um debate entre os candidatos, enquanto fazia o jantar. Poderia ter uma opinião sobre os argumentos de cada um, mas como o meu Inglês está ao nível da minha arte com uma Arpa, fiquei praticamente na mesma e o meu voto seria, se fosse Americano, por simpatia. E simpatizo muito mais com o Obama do que como Romney e normalmente não me engano. Mas vamos a exemplos concretos que eu não gosto de deixar nada no ar - No outro dia, uma velha pediu-me uma esmola argumentando que era para uma sopa. Não dei. Olharam-me de lado e eu fiz questão de vigiar a magana. Não foi tarde nem cedo, quando um senhor com fato polido, gravata afiada e sapatos pincelados, esgravata os bolsos e saca de um euro para dar à pobre criatura. Num pulo, nas costas do engravatado, sal

Amor

Antes de mais espero que a minha amiga Nádia vos tenha ajudado na vossa procura incessante do sentido da vida. A maioria de nós, infelizmente, não pode partir para uma aventura parecida, mas fica o registro de quem o fez e partilhou uma descoberta que parece tão simples - O Amor. Para mim, que sou macho, é-me mais ou menos difícil dizer esta palavra, correndo o risco, porventura, de ser catalogado como abixanado. As gajas, neste sentido, tem mais facilidade em dizer que amam, na sua plenitude, 300 mil amigas. Mas deixemo-nos de veneno, que este texto é virado para o Amor (que bonito!). Os tempos que correm mostram-me que é isso que eu quero. Amar-me a mim, amar a minha vida e depois todo o restante amor virá por acréscimo. Parece um bocado virado para o egocentrismo, mas acredito que nenhum amor parte de uma pessoa com pouca auto-estima. Em jeito de missa diria eu que “amar o próximo só depende do amor que tiveres por ti” E é nisso que eu acredito, pelo menos enquanto escrevo est