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Mensagens

A mostrar mensagens de maio, 2013

Dor reflexo

Vocês conhecem a dor reflexo? Não? Eu conheci a semana passada. Nunca tinha ouvido falar, mas parece que é um fenómeno comum nos especialistas de clinica dentária. Estava, ou melhor, estou à rasca de um dente vai para duas semanas e tive que arriscar um dentista por estas bandas. Calhou-me uma Brasileira, e sou sincero, o sotaque desta gente já me irrita. Não sei se foi de ter levado com as novelas aos magotes quando era um jovem com acne na cara, ou se é por outro motivo qualquer. Mas quando oiço um Brasileiro a dizer que “tou falando verdade” começo logo a desconfiar. Bem, mas eu sento-me na cadeira mais temida do mundo e digo que me dói um dos dentes de baixo. Não tinha a certeza qual dos dois me doía, mas era um deles. Ela começa a investigar, batendo num, batendo no outro sempre com a ajuda do espelho e passa para os dentes de cima. Pensei que queria analisar a minha qualidade dentária e assim arranjar mais um ou dois que lhe dessem mais uns dólares. Achei normal, afinal t

Um apontador é um Poeta

Já vos disse que passa de quatro anos e meio que vivo em África? Sim! Pois, imagino que já bati nesta tecla umas quantas vezes. Não que eu queira um prémio por isso, mas acredito que vou precisar que me dêem a mão para atravessar a estrada, quando voltar a conhecer uma passadeira. Isto tudo a propósito de que andei a gozar com um amigo que não tinha as teclas da frente do piano e quando se ria para as fotos, não mostrava mais do que uma nesga das teclas que não tinha. Agora, e porque acredito que tudo tem uma consequência, anda-me a doer o dente do siso. Filho da mãe que é a aparição daquilo que não devo fazer! Sorte a tua que não tenho um dentista à mão, ou melhor, aqueles que tenho não são de se ter à mão. Confuso eu sei, mas por estas bandas um apontador é um poeta; um estudante é professor; um professor é um mestre e um dentista sabe Deus o que é! Mas continua-me a doer a porra do dente. Enquanto mais penso nele, mais ele me dói. Seria fácil dizer para não pensar nisso. Se eu n

É uma canseira

No outro dia perguntaram-me se eu era feliz. Uma pergunta interessante de se responder e que o meu lado negro se preparava para avançar. Que nem um leão, retive o gajo e respondi que sim, que sou feliz. E sou-o na verdade. Sou-o porque tenho consciência que faço o máximo para não me chatear com a vida e faço ainda mais por não dar importância ao que na verdade não é importante. Que ideologia tão gira de vida. Sinto-me, depois do que acabei de escrever, como um gatinho no colo da sua dona a fazer “ron ron”. Claro que não sou feliz sua besta. Não sou porque não é suposto ninguém o ser. Estamos cá para levar porrada e mais porrada, e quando pensamos que tudo acalmou, lá vem mais uma avalanche de porrada. É uma canseira. Uma maçada, ler os que os outros escrevem. Aquilo que dizem ou pensam, não nos move as entranhas. Nunca moverá. Aliás, nada o fará. Estamos presos. Lemos. Nunca relemos… e esquecemos. Lemos… Agora já relemos mesmo sem sabermos… Começamos a reler, r

Há dias que só passam uma vez na vida!

- Não te percebo, lê mais devagar! “…Ela abriu a porta devagarinho. Não queria que ninguém soubesse que estava ali para roubar. Nada poderia falhar, estava em jogo uma vida inteira de segredos…” Segundo este Blogue apurou, e quando este Blogue apura é para apurar de facto, junto a fontes próximas, melhor, muito próximas, das pessoas que por vezes se cruzam com quem realmente decide, poderemos afirmar que, provavelmente, estamos prestes a uma explosão de novos valores morais e sociais. Tempos de mudança se avizinham meus amigos. Quem não estiver preparado ficará, para sempre, para trás numa corrida que será única! Queres ser tu a ficar para trás? Se não, nós podemos-te ajudar! Como? É simples. Para isso, basta que nos envies, para o NIB que disponibilizaremos em breve, a quantia de 250 euros mais portes de envio. No prazo máximo de 7 dias uteis, receberão em vossas casas indicações, únicas, e especificas do que deverão fazer. É uma sorte conhecerem este espaço. Nada é ao acaso. Ma

Aqui não se brinca !

Gosto de pessoas que segredam. Gosto, faz-me sentir como um javali no meio de leoas. Fica tão bonito falar baixinho para que ninguém oiça o que estamos a dizer. Principalmente quando se levantam para ir contar o dito segredo e começam “Tu sabias, que o …” e perdemos o rasto num cochicho cada vez mais baixinho. Mas o que eu queria mesmo, e já me estava a deixar levar pela ira que tenho pelas pessoas em geral, era dar uma palavra de incentivo às crianças do quarto ano que hoje tem prova nacional. Acho, para além de uma belíssima ideia, uma estupenda forma de fomentar responsabilidades em tenra idade. Eu ainda iria mais longe e deixo aqui a ideia: Assim que entrassem para a primária e aprendessem a ler, era espetar-lhes o Memorial do Convento e não saiam dali sem fazerem um resumo detalhado da obra. Se é para exigir, que o façamos a sério. Paulada no lombo, como recurso, também nunca fez mal a ninguém. A competição desde muito pequenos  é importantíssima para qualquer selva. Só os mais

Round

Era uma miúda ainda nova. Pelo corpo não lhe daria mais que trinta e tal anos! Era boa, de corpo, já que a personalidade pouco importava para o efeito. Qual efeito? Qualquer um, hoje em dia tudo são efeitos! Mas era a miúda que passeava, de tanga, com um cartaz, com o numero dois escarrapachado, a informar o segundo round numa modesta luta de Boxe. Plim Plim. Começa o segundo round e um dos lutadores já não se aguenta nas pernas. Por acaso é preto. Já agora eu sou branco. O outro lutador também era preto. Eram dois pretos a lutar por um cinto de campeão de bairro. Que significado isso teria para eles? Nunca irei perceber, mas quando se fala, nos dias de hoje, em orgulho… nada mais há a acrescentar. Mas a luta continuava. Uma esquerda, outra direita e a resposta era fraca por parte do preto. O primeiro de que vos falei - Não sei o nome dele, sou sincero. Normalmente não fixo nomes. Mais um soco, outro e ainda outro e consegue acabar o segundo round sem um KO técnico. Entra a

Não borres as botas !

A velha nunca me largou. Parecia que o seu mundo girava nos meus erros. Com a almofada debaixo dos cotovelos, punha-se à janela a observar tudo o que eu fazia. Os meus deslizes alimentavam-lhe a alma. Mas não é só a velha: Apercebam-se de quando eu falar convosco do que me dizem. Não me queiram mostrar a dificuldade das coisas. Não me mostrem o lado impossível que há nelas. Mais um desabafo.

Estatuto

Só se andarem cegas. Só mesmo assim é que não se apercebem da genialidade que há em mim. Feito o desabafo, vamos ao tema de hoje. Hoje falaremos de poesia. Sei que pode parecer maçador, à primeira vista, mas vão ver que não. Se, ainda assim o acharem, ao segundo parágrafo peçam-me que pare. E eu paro. Quem poderá escrever poesia? Será que qualquer um tem a liberdade de o fazer? Arrisco agora e à pressa uns versos: Nuvem carregada de simbolismo, Que com gotas me conta o declínio, De uma humanidade que urina em poças… Será isto poesia? Quem poderá avaliar se este verso é de facto bom? E se eu agora disser que isto é a parte de um poema de um dos melhores poetas de sempre! Aceitarão o mesmo de maneira diferente e com outros olhos, só porque foi escrito por alguém conceituado? Chegamos a um ponto que me interessa. O estatuto. Não estaremos constantemente a julgar o valor das coisas, não pelo que elas valem, mas por tudo o que … “PÁRA” E eu paro…

Brinca, brincando...

Do Amor ao ódio é um passo, e escarrapacham tanto isso para o mundo. Para não falar das redes sociais. Então aí, é uma sujeira! Mas hoje é a minha vez. Venho aqui, a este espaço, borrar o meu ódio em diversas direcções. Permitam-me enumera-las, não por ordem de prioridade, mas porque me vieram primeiro à cabeça. 1) Começo pelo apetite falso das pessoas. Sou contra. Para mim um prato quando não está bom, não está bom. Não há que incentivar os nossos Amigos, Conhecidos, Sogros, Estucadores a que continuem pelo caminho errado. Como seres crescidos que somos deveríamos, no mínimo, dizer “ É pá …isto está uma grande merda”. Se calhar abusei, diríamos isto aos nossos amigos. Aos Sogros, por exemplo, diríamos “parece que falta aqui qualquer coisa, mas está bom!” não fossemos acender o rastilho a Pais que perderam os seus filhos para pessoas duvidosas. E digo isto no bom sentido. Duvidar é bom! 2) Receber alguém em casa, inesperadamente, e convidá-lo, por cortesia, para que se junte à m

Os sonhos devem ser destruídos !

Já sei nadar há alguns anos mas mesmo assim continuo a nadar mal. Isto para dizer que uma pessoa que trabalha numa profissão há muitos anos, não faz dele um expert naquilo que faz. Ou seja, dizerem-me “já ando nisto há 30 anos” é o mesmo que o meu cão ladrar 30 vezes porque quer a mesma coisa que pediu à primeira vez que ladrou. Ladrou muitas vezes sim senhor, mas não foi com a delicadeza desejada. Não é o melhor exemplo, mas ando com um trauma com o meu cão! Não é que eu tenha alguma coisa contra as pessoas que trabalham há muitos anos. Atenção não é isso. Também não é inveja, porque se eu pudesse trabalhar meia dúzia de dias e depois pôr-me ao fresco… diria que era sem pestanejar. Mas tudo o que é demais enjoa, e a evolução perfeita passa por não mecanizarmos as nossas vidas. Segundo os estudos que existem, e existem sempre estudos para tudo, o hábito e comodismo são defeitos que crescem acompanhados com o tempo. Imaginem que, por milagre de Deus, as vossas férias na Polinésia Fra