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Mensagens

A mostrar mensagens de 2014

Crise

Nunca me indigno, para além da minha sala de estar, com foras-de-jogo mal anulados ou com faltas à entrada da Área. Mas o que está a acontecer neste momento no futebol Português é o espelho daquilo que somos como pessoas e como País. Quem é beneficiado, com esquemas e casamentos à vista de todos, assobia para o lado borrifando-se para tudo o resto: Se há esquemas ; Se existem manipulações … Parece que pouco importa desde que se ganhe! Somos assim uns tristes/vergonhosos e com pouquíssimo caracter. Emigra-se, parece-me, que não é ao acaso porque esta raça Portuguesa se arrasta para a Politica, para a justiça, para o poder! Somos o que somos e que se assuma que a culpa é nossa. Começa no emprego e acaba em casa. Não mostrem o que querem que pensem que vocês sejam. Sejam a verdade. Pode parecer balelas mas cada vez mais me enoja esta porcaria toda: Enquanto se permitir que pessoas roubem, simulem, manipulem, falcatruem em beneficio próprio em detrimento de outros estaremos sempre em cris

“ Eu digo, porque não ouvi dizer”

Poderia escrever com alegria, com a alegria de uma criança num baloiço qualquer, ou de um pássaro que é solto de uma gaiola de vaidades. Poderia escrever como se fosse tarde para tudo e, mesmo assim, quisesse desalmadamente encontrar. Poderia escrever para que ficasse bem, para que fosse bonito, para te agradar. Poderia mas não o consigo porque me quero afundar. Afundar na tristeza que teimo em disfarçar, afundar na angústia que enxoto sem o conseguir. Tudo em mim é negro e sem energia. Tudo em mim nasce sem alegria. Correria o mundo e mesmo assim não encontraria. Dizem que tudo é entusiasmo, eu cá digo o que bem entender e mesmo assim não o devem crer. Nunca digam que “alguém disse” como se fossem vocês a dizer. Escutem o que vos vai na alma, parem e sintam o que ela vos quer gritar. Não disfarcem, não iludam, não fujam nem queiram conter: Tudo será jorrado com grande estrondo. Tudo parecerá uma dor sem fim. Tudo será tudo quando mudo e em silêncio conseguires ouvir “ Eu digo, porque

Siga a dança!

- Fogo pá, olha eu aqui a mostrar interesse! – E corremos para um lado e depois para o outro. Sem interesse, ou mostra do mesmo, és ultrapassado por outros que mostram e rebolam na lama para ter o foco da atenção. Não te importas, pensas tu e dizes que “o truque é não dependermos das opiniões ou elogios dos outros!” e segues com o nariz empinado mas cometes o erro de olhar de lado a ver se alguém repara! “Porra, mas disseste que o truque é não te preocupares com a validação dos outros! “ Seguimos, mas já não sabemos bem como… o chefe olha, eu olho, tu olhas, todos os colegas olham e ele pergunta “Alguém tem um agrafador que me empreste?” E correm todos, em atropelo, para ver quem chega primeiro! Mas tu não… tu continuas com o que estavas a fazer, tal Rei no seu trono com a mania que és diferente! Segue a dança e começas de novo a não querer entrar nela… mas ela vai-te agarrar mais cedo ou mais tarde! Chama-se sociedade e está envenenada e se não quiseres compra um monte, cultiva uma

Problemas

Problemas do mundo: Taxa de desemprego cai para 13,1%; Cristiano Ronaldo ganha a terceira bota de ouro; Professores de Braga continuam a dar aulas no Algarve; Líder da Coreia do Norte já anda sem bengala; Casa dos segredos continua a ser dos programas mais vistos; Correio da Manhã afirma, e sempre segundo fontes fidedignas, que homem de bigode compra cadáveres para os cremar; Problemas com o mundo: O meu signo insiste em dizer que eu sou espectacular; O meu cão continua a mijar no pé da mesa que fica defronte à porta de entrada; O meu primo insiste em ser meu amigo e eu insisto em não ter amigos; A minha mulher diz, e reparem bem que o diz todos os dias, que eu não arrumo nada! Se não puser o pó nos sapatos ninguém aguenta quando me descalço;

A senhora que corria!

Corria a Senhora, e diga-se, com uma pressa como nunca a vi, quando uma das botas lhe salta. Voltará atrás? Será a pressa tão importante para mesmo assim continuar sem se preocupar com mais nada? … a senhora voltou mesmo atrás! Sentou-se no banco do jardim mais próximo e, com uma calma inesperada, descalça a outra bota e de dentro da mala puxa de um caixa que continha uvas podres! Indignada joga tudo para o lixo e volta a correr desalmadamente … Não viu que atravessara uma estrada muito movimentada. Foi tolhida por um camião! Pobre coitada. Todos lhe juravam um futuro risonho!

Opinião!

Sardenta era a Senhora que entrou na sala vazia, escura, bafienta e húmida. Fechou a porta, suspirou de alívio, certificou-se que ninguém estava por perto e então disse em voz alta “O problema do mundo, e imaginado que só existe este que vos vou dizer, não é cada um ter a sua opinião, mas … “ Ouviu um barulho e ao fundo chegava Rodrigo, o seu amante mais infiel, com a encomenda que tinha pedido. E então continuou “ … insistirem em dá-la sem medir as consequências!” O Rodrigo que só ouviu metade desta grande efeméride, respondeu “ Por isso é que eu não dou nada a ninguém, por muito dou a minha opinião e daí que sigam o caminho que entenderem!” A Senhora pediu uma cadeira, a corda já estava pendurada à espera de um momento destes e por fim bafejou “ Sem esperanças vos deixo, não sei se irei para melhor, mas pior, com certeza, não vou ficar!”

Urgências quem as não tem?

Normalmente, cada cão tem o seu dono e depois existem os que foram abandonados. Isto para dizer, que é perfeitamente natural eu não criar grandes empatias nos primeiros encontros com as pessoas. Sou assim, uma besta, e parece que com os anos não melhoro muito. Este fim-de-semana lá fui “obrigado” a conhecer um casal e o seu filho Gabriel. O puto, e começo pelas coisas boas, era um espectáculo: Agarrado ao seu Ipad, não chateou a noite inteira. Ficou ali, “teca, teca, teca…” e foi de um sossego, que eu diria, aterrador. Verdade seja dita que o puto ainda tentou uma ou duas vezes falar, mas o Pai rapidamente o pôs no lugar “ Está calado, não vês que eu estou a falar com as pessoas!” Achei extraordinário a boa educação do miúdo que respeitou e passou o resto da noite a fuzilar pessoas enquanto eu admirava, de soslaio, tal feito! O jogo, ao que me parecia, era de Zombies e o Gabriel que tinha uma moto serra na mão, não perdoava a quem lhe passava pelo caminho! Até me admirou o Pai fal

Nós os GORDOS!

No outro dia estava a escrever uma carta fechada para a minha posterioridade. Pus lá o que queria ser. Não na profissão. Mas o que queria ser como pessoa. Todos temos o “chavão” que queremos ser pessoas melhores, mas mal viramos a esquina ignoramos quem precisa de ajuda. Eu sou assim. Faço-o constantemente. Não gosto de me dar ao trabalho de ajudar. Sou um porco chauvinista! A carta tem cerca de 5 páginas, escritas à mão, numa letra que mal se percebe e que por curiosidade é a minha. Já na escola tive graves problemas por causa da caligrafia – é péssima! “Não corrijo o seu teste… não se percebe nada!” Tratavam-me por você para manter a devida distância. Somos assim, ignorantes, a querer manter respeito. Mas enquanto à minha letra, lá nisso, tinham toda a razão. Eu próprio, por vezes, não percebo o que escrevo, o que digo, o que faço…. E por aí a fora! E acredito que o problema seja mesmo esse: querermos perceber tudo! Quando a idade avança acho que as coisas pioram. Porque pensamos

SEM UM OLHO by Eva dos Anões

Um gago sem um olho, será sempre um gado sem um olho! E dizer-lhe “coitadinho não tem um olho” não resolve grande coisa. Primeiro porque ele sabe perfeitamente que não tem um olho, e o “coitadinho” também não faz com que ele veja melhor. A pena alheia, e falo por mim, faz-me urticária e da forte. “Coitadinho o caralho” é sempre o que me apetece dizer. Mas eu não escolhi ao acaso ser um gago que não tem um olho. Vou-vos confessar uma coisa, e fica só entre nós até porque anda por aí muita gente sensível e sempre com o dedo da moral a apontar para tudo o que mexe, mas eu não gosto de gagos. Não vale a pena dizer de outra maneira. Eu sei que eles não têm a culpa de ter nascido assim, mas eu também não a tenho, e por isso não consigo fazer amizade com um gago. É-me difícil manter uma conversa. Eu sei que a todos nós deve ser difícil, mas eu confesso que para mim não dá. Tenho um trauma é verdade. Nunca fui meiga no trato porque tenho uma dificuldade enorme em fingir e desde que uma vez u

Sonhador

Um soberbo amigo que eu tenho, e o mais pessimista deles todos, um dia disse-me:  - Marcio, o melhor da vida é não termos expectativas!  - Mas é sempre bom ter sonhos e criar objectivos. Na vida temos que ter um propósito… - Disse-lhe eu num tom optimista e dando uma perspectiva positiva da vida!  - Está bem, continua assim! O Tony Carreira também era um sonhador e olha o que lhe aconteceu! - O que é que lhe aconteceu?  - Não sabes?!  - Não!  - Então acaba aqui a conversa! Notas finais: Nem sempre, na vida, existe uma conclusão para as coisas!

Pensamento do dia

Então ouvi dizer que anda por aí muita gente que pensa que isto é só brincar e cantar? E o medo? E a angustia? Para não falar das depressões! Pois, temos que lidar com estes meninos todos, não é só curtir! Não passamos a vida toda com o cu virado para a lua! Isso nem os Budas conseguem. Agora sim, vão para casa e pensem nisto que vos digo! Juízo e tristeza que ela é bem precisa!

AQUI!

Gosto de praias desprovidas de gente. Gosto de gente sem ter os pés na areia. Não gosto de velhas e de novos. Não gosto de ti quando me esqueço de mim. Gosto e não gosto com uma facilidade imensa, Tão imensa que chego a chorar por nada. Choro por tudo também, Principalmente quando me lembro da minha mãe. Tão querida, tão meiga, tão… sempre tão! Não gosto de velas apagadas, Não gosto de almas penadas, Gosto do verde, Gosto do Azul, Gosto e não gosto com uma facilidade imensa… Gosto do meu Pai e choro ... Tão fiel ao que sempre foi, Já não o é… embora respire, Vive com medo do mundo, Vive com se já tivesse chegado ao fim… Vive como vivem os novos, Vive como vive toda a gente, A sofrer e ter medo da vida, Sabendo que ela nos castiga, Por cada passo que não damos, Por cada momento em que não arriscamos, Por estarmos sempre longe, Tão longe que nunca estamos aqui!

LÁ VAI A PUTA by Eva dos Anões

Está de volta a Eva e com todo o seu esplendor: Era a Ritinha. Pobre menina sempre afoita para uma brincadeirinha. Num descuidado traje de tecido amarelo lá ia ela de cabelos sebosos ao vento como se o mundo lhe devesse esse ar! “Lá vai a puta!” Diziam os ressabiados com as mulheres gordas e enfadadas em casa. A Ritinha continuava, sempre com as suas brincadeirinhas. Não tinha amigos porque ninguém saberia ou conseguiria sê-lo na verdade: Os homens porque as hormonas lhe tolhiam o cérebro e as mulheres por serem, como sempre, invejosas ao ponto de quererem sempre destruir a beleza alheia que nunca lhes bateu à porta! Ela sabia disso, a Ritinha, a sua consciência sempre foi o seu maior tesouro. Não se importava porque sabia que a todos está destinado o que é seu. Parece vago mas ela sabia o seu caminho. “O meu caminho faço-o caminhando” dizia a menina, com aspecto frágil, mas com uma segurança digna de uma forca impiedosa. Todos viviam, naquela aldeia, como se a vida lhes devesse

ESTOU A ADORAR

Sobre estas lindíssimas pessoas que aqui abrem o seu coração e querem fazer a diferença com letras, palavras, frases e textos, só tenho que agradecer. Não pela quantidade de pessoas que lê ou não os vossos textos, porque isso para mim pouco importa, mas pelo privilégio de conhecer-vos em primeira mão. Finalmente sei quem são e acreditem que, algumas delas, já as conheço há algum tempo. Quando me perguntaram sobre o que escrever, fez-me lembrar quando eu andava na escola e o professor de Português pedia todas as semanas uma composição. Chegava cada semana e o professor anunciava o assunto:  - A composição desta semana vai ser sobre a energia que o sol nos transmite! E quase todos reclamavam: - Oh Stor sobre o Sol? Não Stor, sobre o Sol não!! Na semana seguinte a mesma história. - A composição desta semana é sobre a amizade! - Amizade Stor?! Amizade não! Chegou finalmente a semana que o Professor diz: - Hoje é TEMA LIVRE! A sala soltou um estridente “Yeeeaaaaaahhhhhh!” Não

O Senhor, também aborrece!

Hoje em dia é uma correria desenfreada de informação que eu posso garantir aqui, sem nenhuma espécie de dúvidas, que somos todos ignorantes. Ou burros, se preferirem. E o que dizer das alforrecas translucidas? Acharam a pergunta absurda? Querem uma mais simples? O que é o ADN? Ninguém me sabe explicar? Vejo ali um dedo no ar! Esperem aí… sim, sim minha menina!  - O senhor está-me a aborrecer!

Um burro que lê

Chegou-nos a esta equipa uma grande contratação: Um poeta. Promete vasculhar a alma dos mais descrentes e isto, meus amigos, é arte. Convosco Lourenço Martins Um poeta que escreve; Um burro que lê, Lindas prosas se desenham, Na alcachofa do vestido, O burro sussurra, O Poeta bebe, E as almas descansam; LM

Sonhador!

Então não é que se experimentarmos 1000 vezes a mesma coisa parece que o resultado é sempre o mesmo! Isto há coisas que não lembram ao diabo. Anda um homem na luta pela vida e ninguém o ajuda… E depois ainda me dizem “o que eu quero é ser feliz!” Porra, mas isso é uma consequência da vida que levamos. Não é uma opção. É que por vezes parece-me que dá para escolher, como se escolhe a comida no restaurante: Ora bem, deixa cá ver… ser triste ou feliz? Vou escolher ser feliz para ver se é porreiro! Isto não é assim… não cai do céu! É preciso olhar para os lados, perceber que não estamos sozinhos! Ir à luta, mexer cá dentro! “ou então gostava de salvar o mundo!” Esta é outra. Salvar o mundo? Ele não precisa de ser salvo, já varreu milhões de cima dele e uns, bem maiores que nós! “Ando triste, gostava de mudar de vida!” Xiça, então muda! E não precisas de mudar de País ou Cidade. É que a malta quer logo que lhe caiam calhaus de três metros no outro lado da balança! Muda hábitos, mu

Olha, apagou-se!

Hoje escreve-nos o Rodrigo Ferreira que é um apaixonado pela vida e diz ele que da morte também. São escolhas. Desculpem não ter feito a mesma introdução à Eva que escreveu, há uns tempos, um texto magnífico. Por ordens da própria ela auto-intitulasse de “EVA dos anões”. Agora, fiquem com o belíssimo texto do Rodrigo: “Cada vez que ando meio perdido na vida ou em qualquer decisão gosto de pegar numa balança. Não que eu queira pesar alguma coisa. Mas metaforicamente gosto de sentir o peso de um lado e depois do outro. É uma forma simples e eficaz de ver o que fazer. Existem mensagens positivas por todo o lado. Existem conselhos para deixarmos de ser pessimistas. Tudo lindíssimo. Falamos do Vasco da Gama e do orgulho em sermos Portugueses. Tudo espectacular. Mas no outro lado da balança estou eu. Bem sei que o peso não é assim tão grande comparado com o resto, mas normalmente é o meu “eu” que me doi. Não sei se me estou a fazer entender. Ou seja continuo a pagar impostos à maluca mas c

O SENHOR DAS MOSCAS

Olá malta! Como é que está esse fígado? Imagino que meio dormente visto que são 6 milhões a festejar um título nacional de futebol. Deve ter sido de arromba: Adoro ver gente de vermelho aos pulos a gritar “campeões, campeões” Melhor que isso só medronho numa noite quente em África ou então uma cerveja gelada no polo norte a contemplar pinguins! Gosto tanto de vocês meus lampiões queridos que era capaz de me ter juntado à festa e ter celebrado o trigésimo terceiro título. Mas não pude. Infelizmente a caridade não me permite mais do que estas parcas linhas. Bem, mas o que me traz aqui hoje é um pedido formal de desculpas. Queria pedir desculpa por não ter o boletim de vacinas em dia. É verdade. Deixei passar a vacina do tétano e só Deus sabe como consegui aguentar até hoje. Eu bem via os pregos ferrugentos a salivarem para mim sem que eu percebesse o porquê. Mas felizmente para todos já estou a salvo. Obrigado pelas mensagens de apoio durante esta travessia… é bom saber que tenho ami

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As ratazanas têm mais importância quando estamos em baixo. Com a nossa falta de confiança elas são terríveis e muito temíveis. Acontece isto com algumas pessoas também. É verdade e eu assumo aqui, sem problema algum, que existem pessoas que não são de fiar: São uma espécie de bicho peludo, rabo esguio e comprido que estão sempre prontas para afiar o dente. E a elas meus amigos, a elas eu digo “Hakuna Matata”

ROUPA VELHA DE UMA GAJA

Já levei muita porrada. Não daquela que aleija, mas sim da outra. A que nos mordisca a alma. Isto para dizer que nunca fui muito directa na minha vida. Embora seja “gaja” nunca gostei da frontalidade. Dizer tudo o que se pensa para mim não é nobre mas sim estupidez. As crianças, os malucos, e algumas pessoas do norte é que não têm “papas na língua”. Eu tenho quando, e principalmente, se trata da vida dos outros. A minha está tão mal resolvida que seria incapaz de dizer com certezas absolutas o rumo a seguir pelo desgraçado que não sabe por onde ir. É preciso ter cuidado no que se diz. Por isso sou a favor de que todos se devem exprimir. Só assim se sabe onde estão os idiotas. Eu por exemplo se não falasse, até pareceria uma gaja sensual e tornar-me-ia no objecto que todos os homens cavernosos tanto gostam – burrice mas com uma pacote avantajado. Eu diria que este País estaria bem era com uma Bernardina em cada esquina e um Ronaldo em cada talho. No fundo, um muro entre o chefe e o ope

VIVA O PAÍS DO CHAVASCO!

Antes de mais espero que todos, menos o meu cão, tenham um 2014 exemplar. E não é necessário mais do que isto. Agora, queria-vos dizer que estou farto de estar de luto. Não pelo Eusébio que me merece todo o respeito e consideração e acho que todas a homenagens são poucas para enaltecer a sua grandiosidade. Mas naquela altura, embora não fosse vivo, tinha uma verdadeira admiração de ver um Moçambicano a ser Rei da selecção Portuguesa. Moçambique era colónia de Portugal e isso fazia toda a diferença. E por isso mesmo sinto-me de luto pelas selecções. Todas elas. Confesso que me faz impressão, e um pouco de nojo até, de ver um Turco a jogar pela França; um Romeno a beijar a bandeira do Reino Unido ou ainda de ouvir um Brasileiro dizer que ama Espanha por tudo o que esta lhe deu. É confuso e leva-me a crer, também, que é estupidez. Nunca vi, por exemplo, um gajo que tenha emigrado para a Eslovénia, para trabalhar numa fábrica a depenar perus, que passado meia dúzia de anos se lembre de s