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A mostrar mensagens de janeiro, 2015

“Mãe é o teu filho! Mãe!”

Passavam poucos minutos das cinco da manhã quando acordo com um tilintar que vinha da cozinha. Sou mãe solteira e moro num sítio seguríssimo. Mas, mesmo assim, nunca acredito na cabeça dos outros e levanto-me sobressaltada e com passos ligeiros vou ver o que se passa. Pego num pau que tenho encostado junto à cabeceira que serve somente para não deixar a porta do roupeiro se abrir a meio da noite. A mola está partida há anos. E neste caso, o pau, serviria para eu me sentir mais segura, somente isso. Abro a porta do meu quarto devagarinho e constato que está realmente alguém na cozinha. O meu filho disse que iria passar um fim-de-semana com a namorada e essa constatação fez com que o meu coração disparasse a mil. Toda eu tremia! Sem que eu pudesse controlar paralisei, sem conseguir dar mais nenhum passo, quando o tilintar que me tinha acordado passou a um chavascal de panelas, pratos, talheres e gavetas a fecharem-se com um estrondo tremendo. Quem ali estava não tinha medo de fazer baru

SIM à vida!

Para primeira história de 2015 achei por bem escolher uma situação lindíssima e fantástica que me aconteceu à dias. Provando que quando menos esperamos aparece-nos à frente grandes oportunidades e situações magnificas. Era de madrugada e senti algo de estranho no meu peito. Uma espécie de comichão e ao mesmo tempo parece que sentia algo a se mexer. Tinha sido acordado por uma barata. Foi tão querido. Ela estava pousada no meu peito com aquelas patinhas fofas, e a casquinha crocante toda esmaltada e umas asas lindíssimas. Como quem diz: “Olha eu aqui a precisar de miminhos” Assustei-me com a situação, simplesmente por não estar à espera, e num safanão joguei-a pelo ar e num instinto maligno peguei num chinelo e esmigalhei-a contra o chão. Foram momentos dolorosos os que se seguiram. A Natalie nem queria acreditar no que eu tinha acabado de fazer. A morte por vezes está tão perto que nunca nos apercebemos do valor que a vida tem.