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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2013

Os cegos

Andando pela rua encontrei quem nunca encontro. Acontece-nos todos os dias, temos que andar atentos. Bem, mas as coisas são como são e a cegueira não é só para os cegos. Mas chega de histórias, rodeios e meias palavras. Chegam todos os dias mais emigrantes aqui a Angola, aflitos e a precisar de ajuda. A obrigação de quem está cá há mais tempo não é subir ao pedestral e dizer “eh pá, ainda tens muito que penar” ou “eu tbm tive que me desenrrascar” mas sim, ajudar estas pessoas. O nosso Nacionalismo não pode ser só, quando: Timor se vê à rasca; quando vemos uma reportagem de fome em África ou quando um tsunami se lembra de arrasar um lugar em que nunca estivemos. Também é bonito, mas estes são dos nossos, e nos olhos expressam o sentimento que estão a sofrer por estarem longe, que estão perdidos, que precisam de nós. Era só isto.

Rim

O meu amigo Fozzy foi sujeito a uma intervenção cirúrgica, e não digo que foi operado porque este homem é de grande nível, para lhe retirarem um dos rins. Pois, não convinha que lhe tirassem os dois. Bem, mas meio alarmado, contou-me o que se passava - Um dos rins, pelo que os médicos diziam, não estava a funcionar e pressupunham que nunca tivesse desempenhado as suas funções. De maneira que a melhor coisa a fazer era tirar este calão dalí para fora. Como eu não posso ter tudo (sou hipocondríaco de ultimo grau) tenho um outro amigo, de seu nome Vitor Castro, os amigos chamam-lhe Vitinha, que nasceu sem um rim e só o soube há poucos anos atrás, quando lhe fizeram uma “revisão” geral. Este rapaz de 42 anos, para além de ser um bom amigo, bebe como se o mundo fosse acabar amanhã. E eu percebo-o, porque nunca se sabe! Mas sabemos, que os rins, situam-se atrás do peritoneo… logo aí é preciso ter algum respeito por eles, e depois, agora em linguagem mais brejeira (ao meu nível portanto), e

Na roça

Noticia de ultima hora, e espero que estejam preparados para isto: Está confirmado que todos nós vamos falecer! Uns mais cedo que outros, é certo, mas todos vamos “bater as botas”! O que é que isto me leva a crer? Leva-me a crer, lá está, que se calhar não valerá a pena o ódio, que cresce a cada dia pelo meu vizinho, só porque ele, dia sim, dia não, me acorda às 5 da manhã, porque se lembra de lavar o carro com o seu magnifico cantante perto do limite máximo da surdez. Só espero, e nada mais do que isto, que na mente de quem define que já está na hora de subir aos céus e descer à terra, que este menino seja um dos felizes contemplados por a espera não ser longa. Não é um julgamento, é só uma vontade como tantas outras. Para desanuviar um bocado, posso dizer que fui a São Tomé. Gostei muito. A companhia era quase perfeita, faltando só quem me fazia falta. E são alguns, aqueles que realmente sinto falta. Mas, não vos estou a informar só para me pavonear, mas porque achei engraçado

Um até breve...

Os emigrantes estão de volta, vem tudo cabisbaixo, cor um ar de quem sabe o que lhes espera. Grande parte até fica doente como se corpo rejeitasse mais uma temporada. O tempo corre, sabemos disso, e a prova é que muitos de nós está à tempo de mais fora do seu País. Ninguém o queria, não estamos melhor que ninguém, e jamais ousamos pavonearmo-nos como se o mundo fosse perfeito fora do nosso rectângulo. A mágoa é enorme para aqueles que são responsáveis por isto, não servem, mas servem-se de um País. Para quando, até quando? Ninguém sabe mas todos se importam. "Um até breve" são gritos mudos da nossa esperança!

Lá vai a puta!

Era a Ritinha. Pobre menina sempre afoita para uma brincadeirinha. Num descuidado traje de tecido amarelo lá ia ela de cabelos sebosos ao vento como se o mundo lhe devesse esse ar! “Lá vai a puta!” diziam os ressabiados com as mulheres gordas e enfadadas em casa. A Ritinha continuava, sempre com as suas brincadeirinhas. Não tinha amigos porque ninguém saberia ou conseguiria sê-lo na verdade – Os homens porque as hormonas lhe tolhiam o cérebro e as mulheres por serem, como sempre, invejosas ao ponto de quererem sempre destruir a beleza alheia que nunca lhes bateu à porta! Ela sabia disso, a Ritinha, a sua consciência sempre foi o seu maior tesouro. Não se importava porque sabia que a todos está destinado o que é seu. Parece vago mas ela sabia o seu caminho. “O meu caminho faço-o caminhando” dizia a menina, com aspecto frágil, mas com uma segurança digna de uma forca impiedosa. Todos viviam, naquela aldeia, como se a vida lhes devesse tudo. Não faziam metade do que ela sempre f

Gosto para não em deprimir!

Estou de volta e com a sensação de que se o mundo se virasse ao contrário eu me viraria com ele! Gosto do mundo em si. Gosto do verde do mundo. Gosto ainda mais do azul do mar. Gosto porque gosto para não me deprimir. Bom ano de 2013 para todos nós!