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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2014

Opinião!

Sardenta era a Senhora que entrou na sala vazia, escura, bafienta e húmida. Fechou a porta, suspirou de alívio, certificou-se que ninguém estava por perto e então disse em voz alta “O problema do mundo, e imaginado que só existe este que vos vou dizer, não é cada um ter a sua opinião, mas … “ Ouviu um barulho e ao fundo chegava Rodrigo, o seu amante mais infiel, com a encomenda que tinha pedido. E então continuou “ … insistirem em dá-la sem medir as consequências!” O Rodrigo que só ouviu metade desta grande efeméride, respondeu “ Por isso é que eu não dou nada a ninguém, por muito dou a minha opinião e daí que sigam o caminho que entenderem!” A Senhora pediu uma cadeira, a corda já estava pendurada à espera de um momento destes e por fim bafejou “ Sem esperanças vos deixo, não sei se irei para melhor, mas pior, com certeza, não vou ficar!”

Urgências quem as não tem?

Normalmente, cada cão tem o seu dono e depois existem os que foram abandonados. Isto para dizer, que é perfeitamente natural eu não criar grandes empatias nos primeiros encontros com as pessoas. Sou assim, uma besta, e parece que com os anos não melhoro muito. Este fim-de-semana lá fui “obrigado” a conhecer um casal e o seu filho Gabriel. O puto, e começo pelas coisas boas, era um espectáculo: Agarrado ao seu Ipad, não chateou a noite inteira. Ficou ali, “teca, teca, teca…” e foi de um sossego, que eu diria, aterrador. Verdade seja dita que o puto ainda tentou uma ou duas vezes falar, mas o Pai rapidamente o pôs no lugar “ Está calado, não vês que eu estou a falar com as pessoas!” Achei extraordinário a boa educação do miúdo que respeitou e passou o resto da noite a fuzilar pessoas enquanto eu admirava, de soslaio, tal feito! O jogo, ao que me parecia, era de Zombies e o Gabriel que tinha uma moto serra na mão, não perdoava a quem lhe passava pelo caminho! Até me admirou o Pai fal

Nós os GORDOS!

No outro dia estava a escrever uma carta fechada para a minha posterioridade. Pus lá o que queria ser. Não na profissão. Mas o que queria ser como pessoa. Todos temos o “chavão” que queremos ser pessoas melhores, mas mal viramos a esquina ignoramos quem precisa de ajuda. Eu sou assim. Faço-o constantemente. Não gosto de me dar ao trabalho de ajudar. Sou um porco chauvinista! A carta tem cerca de 5 páginas, escritas à mão, numa letra que mal se percebe e que por curiosidade é a minha. Já na escola tive graves problemas por causa da caligrafia – é péssima! “Não corrijo o seu teste… não se percebe nada!” Tratavam-me por você para manter a devida distância. Somos assim, ignorantes, a querer manter respeito. Mas enquanto à minha letra, lá nisso, tinham toda a razão. Eu próprio, por vezes, não percebo o que escrevo, o que digo, o que faço…. E por aí a fora! E acredito que o problema seja mesmo esse: querermos perceber tudo! Quando a idade avança acho que as coisas pioram. Porque pensamos