Ontem perguntaram-me qual era o caminho que eu queria seguir para a minha vida. Eu respondi que era este mesmo que eu estava a percorrer. Sem a certeza de nada e com algumas, poucas, verdades absolutas.
Uma das verdades absolutas, que me seguirá para a vida, é que eu gosto mais de umas pessoas que outras. Parece impossível mas é verdade. E se, por vezes, tenho pouca paciência para pessoas que gosto, imaginem para as que não gosto. Digo isto porque à primeira vista parece-me que não é tão simples assim para toda a gente. Dá-me a sensação que todos se adoram uns aos outros. Até porque fazem questão de mostrar um ar interessado ao assunto mais absurdo e ridículo que o nosso semelhante possa estar a dizer. Dou-vos um exemplo, não gosto de criar falsos paradigmas. No outro dia uma besta conseguiu estar mais de uma hora a debitar conhecimento sobre a criação de robalos e douradas em cativeiro. Acredito que possa ser um tema interessante durante 5 ou 10 minutos. Ao ponto de percebermos, de um modo geral, como tudo funciona. Não queremos, como é óbvio, saber que o Opérculo tem uma mancha escura e dois espinhos, ou que a espécie robalo-flecha é a maior da família com 1,2 m de comprimento total, e 25 quilos. Quando entramos no absurdo do detalhe da informação creio que maça quem está do outro lado. E eu era um dos que estava do outro lado. Claro que nem por sonhos aguentei metade da história. Eu sei que se deve ouvir as pessoas. Ainda para mais nos dias de hoje, em que tudo não passa de uma centrifugadora que leva tudo à sua volta. O bom e o mau. Eu sei disso e eu gosto de ouvir o meu semelhante. Mas não sobre robalos e douradas… e muitos outros temas, confesso. Mas não precisamos de gostar todos da mesma coisa. Eu por exemplo conseguia estar aqui, a falar sobre filtros de água, durante umas cinco horas. Estão interessados? Se calhar até estão, mas eu de vocês já espero tudo!
Mais uma curta metragem que tem tudo para não ser vista. http://seguesoma.blogspot.com/