Nunca tinha conhecido uma pessoa que pensasse, constantemente, alto!
Com isto não quero dizer que almeje grandes voos, não é isso. Fala o que pensa. Está constantemente a mandar cá para fora aquilo que lhe vai na mente quando está a trabalhar.
“Ora bem, esta viga tem 30 cm de largura… mas espera, aqui não está isso indicado!”
E assim sucessivamente. Como não trabalho numa rádio ou revista de imprensa, o assunto pode não parecer propriamente interessante (assim como este próprio texto).
Mas é, pode parecer estupido, mas todos os elementos da construção ganham vida com este meu colega - Uma viga que conversa com um pilar. Uma platibanda que discute com um ralo de pavimento por este estar coladinho a ela. O próprio aço A500 que se mete sempre dentro do betão sem que este tenha a hipótese de o contrariar. O que dizer então de lajes em consola, onde o pré-esforço é essencial?
Fez-se magia e poderia a Walt Disney se inspirar nesta magnifica ideia. Já têm carros, aviões, árvores, calhaus que falam e porque não optarem por uma obra inteira a questionar as grandes questões mundiais. Como a morte ou a própria vida. Fica a ideia. Não a registro porque não quero ficar com os louros do meu brilhantismo.
Até a uma próxima que após este texto, imagino que não seja para tão breve.
Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...