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O Monge e a Lesma

As empresas dos tempos modernos, de um modo pouco subtil, fazem-nos acreditar que a experiência e as oportunidades são factores cada vez mais importantes, e determinantes, no crescimento do ser humano. De um modo, quase espiritual, evocam valores morais como base da integridade daquela instituição. Como se o dinheiro fosse um veneno que é preciso não alimentar. São generosos ao ponto de oferecerem, aos desesperados, uma ocupação diária. Como se nos tivessem a ajudar com a árdua tarefa que temos pela frente de gastar os 1440 minutos diários. A remuneração mesmo que seja ridícula, ou melhor, não compensadora pelo desempenho realizado, acaba por ser o factor menos importante. Eles estão ali para nos ajudar. São os nossos guias, os nossos mestres, os nossos monges. Como se de um mosteiro se tratasse. Ao que parece, ainda temos que agradecer por isso. Para que se perceba melhor, facemos o seguinte exercício em conjunto:
Peguemos numa lesma e coloquemos-lhe, mesmo à sua frente, a planta de que ela mais gosta. Se não encontrarem uma lesma poderão escolher qualquer outro ser hermafrodita. Não precisamos de ser rigorosos ao ponto de ter que ser uma lesma. Bem, mas atenção, não ponham a plantinha a mais de um palmo de distância para o processo não ser muito moroso. De seguida, e com calma, observem a lesma a encaminhar-se para o seu alimento favorito. Desfrutem desse lindo e maravilhoso momento antes de darem um excelente contributo ao desenvolvimento desta espécie. Quando a lesma estiver a menos de 4 ou 5 segundo de atingir o seu objectivo, façam o seguinte - Preguem-lhe uma mijadela em cima. Não precisa de ser muito demorada, não a queremos afogar ou fazer-lhe mal. Só a queremos instruir para a essência da vida, que no fundo é, estarmos vivos!

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!

Dedicado...

As amizades conquistam-se. Não se fazem ao sprint nem com esforços desmedidos. E eu tenho algumas amizades para conquistar. Daquelas boas… que enchem a alma, que cobrem os nossos medos como um escudo. Que não se desfazem com uma zanga, que não desaparecem por vergonha de o tempo passar. As amizades perduram, não se perdem com o tempo. As amizades não são uma absorção desmedida, uma perseguição diária, uma intensidade absurda. Amizade é poder dizer um “não” com convicção, um sim por tolice, um talvez se me apetecer. Amizade é fazer mais do que eu faço, e menos quando tiver que ser. Amizade não é o indicador apontado... ou deixar o outro amuado. Amizade não é alegria constante. Não é puro divertimento e euforia. Amizade não é uma festa, não é um encanto. Amizade é uma necessidade… é uma solidão que se apaga. Amizade é conhecimento. Amizade é uma tristeza partilhada, uma lágrima que se abafa … um sorriso nas brumas, um sopro teu! Para ti Tiago Jorge dos Santos Roseiro uma grande e eterna ...