Acredito que posso afirmar que este ano de 2013 me tem abespinhado as estruturas. Não sou supersticioso, mas quando vejo um escadote nunca passo por baixo dele, só se tiver mesmo que ser. Mas custa-me crescer. Para mim estaria eternamente de beicinho e a fazer birra por não ter o que eu quero. Atenção, com isto não quero dizer que não seja já um homem feito. Até porque não sou na verdade, mas poderia bem sê-lo se o quisesse. O problema seria vosso. Se eu fosse homem vocês não estariam com a vida tão facilitada. Apontaria todos os vossos podres, na vossa presença, para terem vergonha na cara. Não deixaria de gritar ao mundo todos os males e pecados que, permanentemente, insistem em fazer. Não deixaria nada incólume. Tudo seria remexido, por dentro. Rasgaria a vossa alma putrefacta ao meio. Não dormiriam com medo que os pesadelos vos invadissem. Seria um inferno até que pureza dos vossos actos fosse legítima da vossa existência. A seguir a isto tudo não haveria uma segunda oportunidade. A humanidade seria reduzida a um terço. Para rezarem. Rezarem muito. Eu estaria ao vosso lado, não de mão dada porque seria um homem. Mas estaria ao vosso lado.
Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...