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5 anos a bater por letra

Foi este fim-de-semana que se completaram 5 anos a bater por letra, e diga-se, com todas as letras, sou EMIGRANTE! Poderia estar orgulhoso disso? Podia, sim senhor! E estou? Com certeza que sim. Os meus Pais têm orgulho em mim? Isso já é outra história. Dizer que eles têm orgulho de uma pessoa que conhecem de ginjeira, seria o mesmo que dizer que eles não conhecem os meus “podres”. Não seria fácil, portanto, apagar da memória, dando como um pequeno exemplo, o dia em que peguei fogo à casa que estiveram uma vida inteira para a ter. Tudo por causa de uma gamba. Preferia não aprofundar muito este assunto, até porque a minha pena domiciliária foi penosa. Por isso, acho estranho o orgulho que, nos dias de hoje, paira no ar. A maioria dos Pais tem orgulho nos seus filhos. Nem que tenham meia dúzia de meses. Os pirralhos ainda não provaram nada, penso eu com os meus botões. Mas sentem orgulho ora porque ele já se senta, ou porque já sorri, ou ainda porque larga umas bufas muito bonitas. Eu confesso que estou rodeado de amigos que começam a ter as suas crias. Não tenho é paciência para ouvir o orgulho deles que sistematicamente evolui a cada dia. No outro dia até me ligaram “Nem vais acreditar o que a Beta já faz… imagina que já diz AUA” E eu respondo “ A sério? E o que é que isso quer dizer?” a indignação por eu ser uma besta não se fez demorar “Já pede água! Não está esperta a tua afilhada?!” Eu não lhe quis estragar o momento, mas imagino que a miúda, se não vier a ser muda, vai dizer muito mais coisas. Até vai chegar ao ponto de construir frases. Mas essa merda toda a gente faz. O meu cão com dois meses já corria e pedia para ir à rua. Se a miúda fizesse o pino, a espargata ou resolvesse alguma equação matemática, aí, sim senhor, o orgulho podia ser exacerbado como quando eu grito um golo do Montero. Se calhar estou a exagerar porque ainda não sou Pai! É possível, que quando nascer o primeiro dentinho ao meu filho, eu irei para a rua a correr todo nu e a gritar “ sou o homem mais orgulhoso do mundo!” Mas até lá resta-me viver com os vossos orgulhos e rezando para que eles, os vossos filhos, não acabem como eu, a trabalhar em África e nas obras. É verdade que África tem um cheiro característico e que nos hipnotiza. Não seria justo dizer o contrário, principalmente quem tem lixeiras à porta. Mas nada como conhecer o azedo para depois dar valor ao doce. Sempre será assim, cada um tem o que merece.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.