Lançam-se umas larachas e o povo vai atrás indignado. Mudam-se os poleiros entre dois partidos e a malta continua na mesma, não se percebendo bem quem manda nisto tudo. As coisas não são feitas ao acaso. E os “Seguros” e os “Passos” deste País são uns fantoches que dançam ao sabor da música que lhes tocam. Nunca passará disso. Vem o FMI e a população faz manifestações. Os verdadeiros manipuladores continuam a assistir na poltrona mexendo os seus peões. A marcha vem para a rua com cartazes e com as calças na mão clamando a mudança, mas sem saberem que mudança será necessária. O dinheiro emprestado continua a se multiplicar. Continua a não haver “acasos” aqui. Os telejornais, que são produtos viciados e criados para entreter, vão criando uma névoa e um nevoeiro de suspeitas. O enredo é tal que ninguém terá forças ou a lucidez para dar o início à mudança. Não querem a nossa independência e por isso passámos a ser um País de serviços. A produção parou e culpamos o fantoche do Cavaco. Lá distante, e tão perto do que nos acontece, vão caindo Torres Gémeas orquestradas, imaginem bem, por um gajo de barbas que vive no meio das montanhas, e assim ganham a força de um povo que quer vingança. A vingança rende milhões e continuamos todos indignados. As poltronas continuam a adormecer-nos e vão-nos dando mais uns joguetes. E nós jogamos e ainda financiamos, com poucas hipóteses do contrário, continuando a comprar nas multinacionais, a pagar balúrdios para o sector da energia que nos têm na mão como se não fosse nada com eles, e suplicamos emprego nas grandes fábricas que andam como nómadas à procura da miséria para uma mão-de-obra barata. Continuamos no corrupio, com as mãos e os pés atados, a arrastar-nos para conseguir uma vida digna. Continuamos a gritar com as forças que nos restam que “é uma vergonha”. É vergonhoso realmente, mas precisamos de acordar. Não sei se resultará ou não, mas somos obrigados a ACORDAR!
Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...