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Só, se não puder.

Só se não puder.
Humm, o que vos parece?
A mim parece-me bem, e tenho que minar as minhas páginas sociais com estes mandamentos. Não vá um dia um futuro patrão investigar a minha pessoa e vê que de mim terá tudo.
Só se não puder!

Bem, mas venho, hoje, falar-vos da coxa. Andava à coxa a difamar a filha porque ela não queria trabalhar. Imagine-se uma coxa… se tem personalidade jurídica para difamar alguém! Acho que a miúda não era muita dada ao trabalho. No fundo como todos vocês. Nada de novo, portanto. Mas ela assumia isso. Não tinha nascido para trabalhar. A miúda era perfeita – belas coxas, inteligente, cabelos aos caracóis e uma personalidade forte… só que não mexia uma palha. A vida corria-lhe de feição não fosse a coxa, sua mãe. Todos os dias acordava mais cedo do que queria, com a coxa aos berros - Vai à procura de trabalho sua galdéria, não é na cama que o vais encontrar. Normalmente era, esta, a frase favorita. A miúda nem ai nem ui. Deixava a cama num salto e enfiava-se na casa de banho e trancava a porta. Lavava tudo. Não lhe escapava um banho todos os dias. Despertava antes de dirigir qualquer palavra à coxa – Que tenha um bom dia de trabalho. Era a sua resposta favorita. Quando a mãe voltava, perdão, a coxa, já ela tinha feito de tudo um pouco. Desde ler, a pintar os seus belos quadros, tudo estava incluído nos seus magníficos dias. Era feliz o raio da miúda. E que prazer isso me dava, agora visto ao longe. A coxa continuava a berraria até se cansar e adormecer. Nunca lhes faltou dinheiro. É importante que se diga. Tanto a uma como a outra.
Ela só não estava só... se não pudesse! (brilhante ligação)  

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

Sexta-feira 13

É engraçado constatar que a maioria das pessoas não é supersticiosa: “Eu não acredito nada nessas coisas” Hoje é sexta-feira 13 e foram poucas as pessoas, emigradas em Angola, que arriscaram marcar a viagem para ir de férias neste dia. Por curiosidade, ontem fiz Check in de um colega corajoso que ia viajar precisamente hoje. Todas as filas já estavam praticamente ocupadas, menos a fila 13 ! Realmente era demasiado macabro ir numa sexta-feira 13 e ainda por cima ter a coragem de marcar a viagem na fila 13. Nem uma unica pessoa tinha marcado lugar nesta fila. Como se desse azar. Tem toda a lógica. Todas as outras filas vão viajar tranquilamente, mas a 13 não vai ter descanso. Eu sinceramente também não acredito nessas coisas. Ser ou não ser sexta-feira 13 é-me completamente indiferente. Dá-me é azar, mas de resto…

OLÉ