Só se não puder.
Humm, o que vos parece?
A mim parece-me bem, e tenho que minar as minhas páginas sociais com estes mandamentos. Não vá um dia um futuro patrão investigar a minha pessoa e vê que de mim terá tudo.
Só se não puder!
Bem, mas venho, hoje, falar-vos da coxa. Andava à coxa a difamar a filha porque ela não queria trabalhar. Imagine-se uma coxa… se tem personalidade jurídica para difamar alguém! Acho que a miúda não era muita dada ao trabalho. No fundo como todos vocês. Nada de novo, portanto. Mas ela assumia isso. Não tinha nascido para trabalhar. A miúda era perfeita – belas coxas, inteligente, cabelos aos caracóis e uma personalidade forte… só que não mexia uma palha. A vida corria-lhe de feição não fosse a coxa, sua mãe. Todos os dias acordava mais cedo do que queria, com a coxa aos berros - Vai à procura de trabalho sua galdéria, não é na cama que o vais encontrar. Normalmente era, esta, a frase favorita. A miúda nem ai nem ui. Deixava a cama num salto e enfiava-se na casa de banho e trancava a porta. Lavava tudo. Não lhe escapava um banho todos os dias. Despertava antes de dirigir qualquer palavra à coxa – Que tenha um bom dia de trabalho. Era a sua resposta favorita. Quando a mãe voltava, perdão, a coxa, já ela tinha feito de tudo um pouco. Desde ler, a pintar os seus belos quadros, tudo estava incluído nos seus magníficos dias. Era feliz o raio da miúda. E que prazer isso me dava, agora visto ao longe. A coxa continuava a berraria até se cansar e adormecer. Nunca lhes faltou dinheiro. É importante que se diga. Tanto a uma como a outra.
Ela só não estava só... se não pudesse! (brilhante ligação)
Humm, o que vos parece?
A mim parece-me bem, e tenho que minar as minhas páginas sociais com estes mandamentos. Não vá um dia um futuro patrão investigar a minha pessoa e vê que de mim terá tudo.
Só se não puder!
Bem, mas venho, hoje, falar-vos da coxa. Andava à coxa a difamar a filha porque ela não queria trabalhar. Imagine-se uma coxa… se tem personalidade jurídica para difamar alguém! Acho que a miúda não era muita dada ao trabalho. No fundo como todos vocês. Nada de novo, portanto. Mas ela assumia isso. Não tinha nascido para trabalhar. A miúda era perfeita – belas coxas, inteligente, cabelos aos caracóis e uma personalidade forte… só que não mexia uma palha. A vida corria-lhe de feição não fosse a coxa, sua mãe. Todos os dias acordava mais cedo do que queria, com a coxa aos berros - Vai à procura de trabalho sua galdéria, não é na cama que o vais encontrar. Normalmente era, esta, a frase favorita. A miúda nem ai nem ui. Deixava a cama num salto e enfiava-se na casa de banho e trancava a porta. Lavava tudo. Não lhe escapava um banho todos os dias. Despertava antes de dirigir qualquer palavra à coxa – Que tenha um bom dia de trabalho. Era a sua resposta favorita. Quando a mãe voltava, perdão, a coxa, já ela tinha feito de tudo um pouco. Desde ler, a pintar os seus belos quadros, tudo estava incluído nos seus magníficos dias. Era feliz o raio da miúda. E que prazer isso me dava, agora visto ao longe. A coxa continuava a berraria até se cansar e adormecer. Nunca lhes faltou dinheiro. É importante que se diga. Tanto a uma como a outra.
Ela só não estava só... se não pudesse! (brilhante ligação)