Avançar para o conteúdo principal

Sic Mulher

Como sou um verdadeiro macho vejo com frequência a Sic mulher.
É assim, os verdadeiros podem revelar as suas mariquices. Não têm problemas em gostar do rosa ou usar cores berrantes. Podem inclusive beijar um amigo, dar abracinhos, usar palavrinhas, dizer coisinhas, usar diminutivos como se não houvesse amanhã. Ou seja pode-se ser um verdadeiro maricas mesmo que corra o risco de ser confundido com uma bicha. Mas o que os outros pensam já Deus Pai nos avisava da pouca relevância que isso tem.
Bem, mas vejo vários pogramas neste canal: Desde a Ellen até ao encantador de cães acho que para entretenimento é dos canais que o consegue fazer sem nos correr o cérebro. Embora nem tudo seja perfeito, temos por exemplo um dos meus programas favoritos, o “Master chefe Austrália” que de uma maneira soberba mostra como pode haver competição sem se recorrer ao chavascal ou ao enxovalhamento. Em contrapartida o Master chefe dos Estados Unidos é de vómitos. Não sei se já viram aquelas bestas dos júris a avaliar os pratos que os concorrentes fazem. Se não viram, imaginem um Bimbo a educar um filho:

- Meu monte de merda, já te disse para saíres daí se não ainda levas uma galheta no focinho meu filho da puta!

É mais ou menos assim.

Nós, os Portugueses, também não podemos falar muito, porque para além de dois terços da população, supostamente, ser do Benfica, o programa mais visto é o Big Brother. Logo aí é melhor piarmos fininho. Claro que também damos uma excelente contribuição para o canal Sic mulher com o belíssimo e inovador programa “Querido mudei a casa”. Nada melhor do que aparecer um génio e com um golpe de mestre remodelar uma sala com mobílias novas e uma pintura com uma tinta aveludada. A surpresa para quem antes tinha uma sala com o bicho da madeira em cada canto, é arrebatadora. E para nós que conseguimos assistir é ainda mais avassalador.

Comentários

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Mulheres

Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

A senhora que corria!

Corria a Senhora, e diga-se, com uma pressa como nunca a vi, quando uma das botas lhe salta. Voltará atrás? Será a pressa tão importante para mesmo assim continuar sem se preocupar com mais nada? … a senhora voltou mesmo atrás! Sentou-se no banco do jardim mais próximo e, com uma calma inesperada, descalça a outra bota e de dentro da mala puxa de um caixa que continha uvas podres! Indignada joga tudo para o lixo e volta a correr desalmadamente … Não viu que atravessara uma estrada muito movimentada. Foi tolhida por um camião! Pobre coitada. Todos lhe juravam um futuro risonho!