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Taça da vida

Começou a primavera em Portugal.
Os primeiros raios de sol começam a aparecer.
Ontem fui para a praia. Aqui em Angola só existem duas estações: Verão e Cacimbo.
Nem tudo é mau neste País e temos que fazer jus às coisas boas.
O clima é maravilhoso, sempre calor, mesmo no Cacimbo.
Pode-se fazer praia todo o ano.
As praias não são como na Republica Dominicana, México, ou mesmo o Brasil.
Mas não andam muito longe.
A água é quente e areia só não é mais branca porque o “homem” assim o entende.
Para além da confusão e desorganização total da cidade de Luanda, Angola mostra-nos que tem uma costa subaproveitada e à espera que lhe dêem o valor que merece.


Sem duvida alguma, que o turismo podia transbordar neste País.
Espero que os Portugueses não se metam com ideias e que venham para este País, pura e simplesmente, para ganhar dinheiro. O País não é nosso. Nunca o deveria ter sido. Se é que algum dia, o foi verdadeiramente!
Na verdade , soberba era a cidade na altura colonial. É como da noite para o dia.
Saber que ia ser emigrante aos 29 anos, foi como um murro no estômago.
O meu irmão do meio, já cá está há 3 anos.
Eu, por estranho que pareça, já faço ano e meio. Ainda me lembro como se fosse hoje, quando vou a uma mera entrevista de emprego e saio de lá com a certeza que se quisesse ia para Luanda “ Então e quando é que pode viajar? Venha comigo aos recursos humanos para tratarmos da papelada!”
Até abanei. Uma coisa é a vontade de mudar de vida, outra completamente diferente é MUDAR.
Telefonei para umas 10 pessoas, com a voz trémula e a contar a novidade. Todos me disseram “ Nem penses duas vezes, DIZ QUE SIM”
Na verdade tudo mudou na minha vida. Só conhecia o meu irmão em Luanda. Nem sabia se ia ficar longe ao perto dele. Na empresa, para onde vim trabalhar, não conhecia uma única pessoa. Tudo seria novidade. Tudo estava para descobrir. Vim sem amigos ou familiares. Estava por minha conta, e assim me tenho mantido.
Hoje, olho para trás, para tentar descobrir o que encontrar quando olhar para a frente.
Espero no meu espírito um reforço de peso. Preciso dele. Faz-me falta.
Se ele não vier a montanha ganha pernas.

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Mulheres

Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

Genialidade.

Pela primeira vez vou publicar anedotas. Três que acabei de ouvir e não podia deixar passar tão grande e requintado humor. 1ª : Estavam dois camiões em cima de uma árvore e diz um para o outro : - Foste ao Cabeleireiro ? O outro responde: - Não, pintei as unhas. 2ª : Dois crocodilos iam a voar. Um deles era verde e o outro também ia para África. 3ª e a melhor delas todas: O miúdo diz à mãe: - Ó mãe, dá-me um jogo para o computador... - Para quê? Tu já tens uma gabardine! E a partir daí, o miúdo nunca mais comeu laranjas. Bom fim de semana.