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"diz-se..."

Bom dia,
Peço desculpa pela ausência, mas é por um bom motivo.
O trabalho tem abundado, o que sinceramente, me tem ajudado, um bocadinho diria, a passar o tempo e a vencer, lá está, desta vez só um pouco, o tédio.
Acordo todos os dias às 5:00 da manhã, não é que me faça alguma comichão ou que o diga só para verem como sou um gajo rijo, é só pelo simples motivo de evitar o caos do trânsito da cidade de Luanda.
Assim demoro 15 minutos a chegar ao trabalho, o que poderiam ser horas.
Garantidamente.
Aos Sábados, vingo-me, com mais uma hora de sono.
Acordo só às 6:00 da manhã.
O valor que me pagam, tem que ser de alguma maneira justificado.
Já que não é pela qualidade do meu trabalho, ao menos que me façam acordar bem cedinho.
Todos os dias chego a casa por volta das 20:00 horas, após uma hora e meia de trânsito.
A correr bem, ainda sou rapazinho para ir fazer o jantar.
Quando a semana se encaminha para o fim, já sinto aquele cansaço, que nos aconchega a alma com o dever cumprido e a felicidade de a semana ter passado depressa. Não que eu queira ficar velho o mais rápido possível, mas desde que conheci o trabalho, sou ser humano, para ter uma simpatia especial, vai-se lá saber porquê, pelas sextas feiras!
Luanda tem andado calma, e sem motivos para grandes histórias.
A única que merece algumas linhas é o habitual tempo de antena, na Rádio Cazenga, dedicado única e exclusivamente à meteorologia.
Quando a previsão chega à cidade de Luanda, conseguem-me sempre surpreender:
“Na cidade de Luanda, na parte da manhã, temos Sol, com vento fraco e a temperatura a rondar os 32º. Já na parte da tarde, vamos ter a ocorrência, lá está, de Sol. Vamos ter..." por incrivel que pareça, digo eu! " ...vento fraco e a temperatura aqui a modificar um pouco, rondando os 31º. Já para amanhã, prevê-se um dia bom, com muito sol e com uma temperatura de 30º.”
Ontem, enquanto ouvia com muita atenção a previsão meteorológica, não fosse preciso um casaquinho de malha e um chapéu-de-chuva, o meu colega olhava incrédulo para um acidente no outro lado da estrada.
Coitado, chegou à pouco tempo e ainda se espanta com pouca coisa. Está bem que foi um choque frontal, numa faixa de rodagem, onde era suposto, andarem num só sentido. Mas também tem que perceber, que ir dar a volta, demorava um bocadinho de tempo, até porque ficava a uns longínquos 200 metros.
Era muito mas fácil fazer este percurso em sentido contrário.
Teve foi azar, coitado.
Nunca pensou, que poderiam vir tantos carros no sentido oposto, que só por coincidência era o sentido correcto.
Poderia não ser.
Algures na selva, onde os galhos das árvores são de todos, imagino que não haja estas burocracias.
Bem, e assim me despeço com a alegria de o Word ter correcção ortográfica. O que evita que eu escreva de uma forma “selvática” e vocês interpretem de uma forma coordenada.
Adeus e até um dia.
Desculpem.
Mas antes de ir, lembrei-me que se calhar seria bom, vocês reflectirem sobre esta excelente frase. Talvez se tornem melhores pessoas e pensem um pouquinho mais nos outros.






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