Avançar para o conteúdo principal

Death can dance


As más notícias correm rápido quando as boas deviam chegar em primeiro.
Porque será que as pessoas têm o prazer de contar as más notícias?
- Sabes quem é que morreu?
Nota-se a emoção na voz quando nos noticiam em primeira mão a morte de alguém conhecido.
É a pura das realidades, as pessoas transformam-se em mensageiros do Diabo.
Que fenómeno triste será este?

- Sabes quem é que acabou a licenciatura com distinção? – Pergunta um jovem recém-licenciado.
Na mesa do café duas das 9 pessoas olham com relativo interesse. A morte de alguém seria alvo de toda a atenção, já uma vitória pessoal, nem por isso.

Que interesse tem para as pessoas as incessantes e repetitivas imagens do 11 de Fevereiro se não contemplar e voltar a contemplar a desgraça?
Que interesse profundo poderá ter um acidente em plena auto-estrada onde dezenas e centenas de carros criam uma fila enorme só pela curiosidade de verem ao pormenor todos os detalhes de um acidente trágico de uma menina com os seus 12 ou 13 anos, com o cabelo comprido e a cara cheia de sangue, assim como o seu pai que faleceu automaticamente esmagado pela carroçaria.

Que noticia de um telejornal será mais importante do que a morte ao a catástrofe de um povo?
Isto é preocupante. Acredito que os pequenos rectângulos nos andam a hipnotizar a vida. Vivemos o que eles entendem ser a nossa realidade.
Reivindicamos informação de qualidade quando os nossos nobres ideais são os primeiros a falecer.
A morte será o fim?
Que descanses em paz.

Comentários

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.