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Chapéus de palha


No outro dia falavam-me de Nobreza Humana!
O que é isso ? Alguém tem ideia?
Às vezes parece que as pessoas param no tempo…começam a falar sem sentido, parece que não conhecem a internet e a visita recente da Nasa a Marte.
As coisas evoluem e temos que deixar de fazer referência a mitos e lendas: A sardinha que era a dividir por 7 irmãos; O amor incondicional; O ombro amigo.

Mesmo no outro dia estávamos na praia e utilizámos, como sempre, uma mesa em madeira e um chapéu de palha para resguardar as nossas coisas. Tudo normal até chegarem dois “manos”:
- Peço desculpa, mas têm que tirar daí as vossas coisas porque estão aí a chegar os donos desta praia!

Como sempre e já deveríamos imaginar isto, existe sempre um dono. Alguém que realmente tem e o ter conta muito. Não é só dizer …é possuir realmente. Ser nosso.
Como pessoas respeitáveis que somos, até porque sou da Brandoa e até havia um colega da Damaia, fizemos de boa vontade a nossa mudança para outro espaço semelhante que existia a menos de 100 metros. É verdade que aquele chapéu de palha não tinha tão bom aspecto como o outro, até porque existiam ali alguns pedaços de erva seca misturada e olhando com mais atenção se perceberia que a sombra que aquele chapéu, humildemente nos dava, não era de todo comparável com a sombra de um verdadeiro capim forte e robusto.
Os donos, passadas 2 horas, chegaram e com um aspecto estampado de quem realmente é dono: Charuto na boca, chapéu de palha na cabeça a condizer com o chapéu de praia que era deles e camisa com palmeiras desenhadas e toda colorida.
Antes que pudéssemos ficar sem sobra eu saquei logo do tabaco mais caro que tinha, o mítico Marlboro, pedi emprestado ao vizinho do lado um chapéu da Nike e deixei, como é o meu mau hábito, de olhar para o chão e olhei em frente com toda a certeza e convicção de que realmente era o dono daquele “spot”.
E nesse momento senti que poderia ser o que quisesse da vida. Deixar de vez de ser uma esfregona da sociedade.

E isto é uma lição meus amigos, que querem cada vez mais nos impingir: Não é importante ser, basta PARECER.
Exemplo disso e também da estupidez humana, que começo a acreditar que não tem limites, é o excelente sentido de oportunidade da Moção de Censura por parte do Bloco de Esquerda.

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