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Calor de Natal

Sempre sonhei em ter uma profissão de sonho sem no entanto sequer imaginar qual poderia ser.
Hoje ainda não sei.

Mas o que me trás aqui hoje, para além desta duvida existencial, é o simples facto de em Angola também existir Natal. É verdade, sei que não estavam à espera, é uma notícia que vos deixa boquiabertos, mas alguém tinha que vos dizer a verdade.



Para além de na altura de Natal ser o pico do verão, onde as temperaturas se equiparam a uma sauna na potência máxima, é também a época de as pessoas correrem aos centros comerciais para fazerem compras. A sorte, ou azar é que só existe um centro comercial, de seu nome “BELAS SHOPPING”.
Podem só ter um centro comercial mas tenho que admitir que, na minha opinião, é 20 vezes superior ao Colombo ou ao Dolce Vita. Pelo simples facto de só ter cinco ou seis lojas. Só vantagens, portanto: Em qualquer meia hora se vasculha o centro de uma ponta à outra.

Agora, perguntam-me vocês como é que é aqui o espírito natalício.
- Como é que é aí o espírito natalício? – perguntam vocês.

É uma coisa do outro mundo.

O que mais gosto é da enorme árvore de Natal à saída da Ilha de Luanda (não comparada, claro, com a árvore de Natal que os Portugueses, todo o santo ano, fazem e que sistematicamente bate o recorde do Guinness). Esta zona, é uma zona balnear, e nada melhor do que sair da praia, com calção, chinelo e com temperaturas upa upa, e deparar com um pinheiro cheio de bolas desordenadamente colocadas, com algodão por todos os lados a simbolizar neve, e com um boneco, que deduzo que seja o Pai Natal por ter barba branca, que mais parece um espantalho numa horta abandonada.

Vocês, curiosos, perguntam-me - Sendo o Natal das crianças, como que a maioria delas vive o Natal em Angola ?

Lá está, como sempre vocês insistem em estragar qualquer espírito de alegria que se possa aqui criar. É por essas e por outras que Portugal está como está. Depois digam que a culpa é do Sócrates.
Assim, vou continuar por aqui, emigrado, por muitos mais anos. Não vale a pena eu me esforçar para depois vir um de vocês e estragar esta porcaria toda.
É que já farta.

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Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.