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Calor de Natal

Sempre sonhei em ter uma profissão de sonho sem no entanto sequer imaginar qual poderia ser.
Hoje ainda não sei.

Mas o que me trás aqui hoje, para além desta duvida existencial, é o simples facto de em Angola também existir Natal. É verdade, sei que não estavam à espera, é uma notícia que vos deixa boquiabertos, mas alguém tinha que vos dizer a verdade.



Para além de na altura de Natal ser o pico do verão, onde as temperaturas se equiparam a uma sauna na potência máxima, é também a época de as pessoas correrem aos centros comerciais para fazerem compras. A sorte, ou azar é que só existe um centro comercial, de seu nome “BELAS SHOPPING”.
Podem só ter um centro comercial mas tenho que admitir que, na minha opinião, é 20 vezes superior ao Colombo ou ao Dolce Vita. Pelo simples facto de só ter cinco ou seis lojas. Só vantagens, portanto: Em qualquer meia hora se vasculha o centro de uma ponta à outra.

Agora, perguntam-me vocês como é que é aqui o espírito natalício.
- Como é que é aí o espírito natalício? – perguntam vocês.

É uma coisa do outro mundo.

O que mais gosto é da enorme árvore de Natal à saída da Ilha de Luanda (não comparada, claro, com a árvore de Natal que os Portugueses, todo o santo ano, fazem e que sistematicamente bate o recorde do Guinness). Esta zona, é uma zona balnear, e nada melhor do que sair da praia, com calção, chinelo e com temperaturas upa upa, e deparar com um pinheiro cheio de bolas desordenadamente colocadas, com algodão por todos os lados a simbolizar neve, e com um boneco, que deduzo que seja o Pai Natal por ter barba branca, que mais parece um espantalho numa horta abandonada.

Vocês, curiosos, perguntam-me - Sendo o Natal das crianças, como que a maioria delas vive o Natal em Angola ?

Lá está, como sempre vocês insistem em estragar qualquer espírito de alegria que se possa aqui criar. É por essas e por outras que Portugal está como está. Depois digam que a culpa é do Sócrates.
Assim, vou continuar por aqui, emigrado, por muitos mais anos. Não vale a pena eu me esforçar para depois vir um de vocês e estragar esta porcaria toda.
É que já farta.

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Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

Genialidade.

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