Avançar para o conteúdo principal

Bora jogar à Sirumba ?

E se eu vos dissesse que daqui a um mês e nove dias já estamos no Natal. Parece mentira mas é verdade. O tempo passa a correr. Parece que ainda ontem jogava : ao pião, ao guelas, ao espeta ou ao mundo, ao garrafão, à sirumba, às entradas, à lata, ao pau, ao quarto escuro, ao bate pé … ai o bate pé, quem não se deliciava com este jogo.
E hoje sou uma espécie de profissional, com aquela coisa da “responsabilidade” e de ter que entregar o trabalho a tempo e horas. Alguns até dizem que já estou mais do que na idade de ser Pai.
Deveria ser bonito. A educação que eu iria dar aos meus filhos só poderia ser numa de amigo, do tipo: - Olha lá, parece que por o dedo no nariz é feio, vamos antes estudar um bocadinho que dizem que é buéda cool.

Mudando de assunto e voltando ao mesmo, congratulo-me e agradeço, mais uma vez, por se terem dado ao trabalho de votarem no inquérito que aqui foi posto com o intuito de saber quais os temas que mais gostariam de ver aqui expostos.
Com toda a certeza que os dois assuntos mais votados vão ser sujeitos a um estudo profundo e posteriormente submetidos à vossa análise e apreciação. Afinal este espaço também se pode honrar por ser regido por um homem que muito aprecia e defende a democracia e pelo que dizem a sua palavra vale ouro, sem “i”.

Comentários

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

OLÉ