Um dia destes, não muito longínquo, fui conhecer um novo local de trabalho.
No meu caso, que não tive capacidade para estudar mais, uma nova obra!
Como é que se deve receber uma pessoa nova no trabalho ?
- é pá eu hoje não vou almoçar aqui, vê lá aí onde é que podes almoçar !
Ora muito bem, “vejo aí” onde posso almoçar !
Parece simples, sem grandes complicações !
Qual é o problema ?
Estou em Angola, não tenho carro e não convém propriamente andar nas ruas à procura de sítio para comer. Não convém porque eu sou um gajo nervoso, e a população inteira de Angola está sujeita a levar uma carga de porrada, caso eu me passe dos carretes… só por isso, é em defesa desta gente o motivo da minha preocupação!
Pensei em comer com o dito “pessoal” das obras!
Fui ter com eles e tive a sorte de naquele dia ser Self Service.
Parece mentira o que vou dizer, mas acreditem que não é!
Havia duas opções, que até podiam ser válidas as duas… que sorte!
A primeira:
Arroz servido num balde, literalmente, com uma caneca dentro para as pessoas se poderem servir!
A segunda:
Feijão servido num balde, aqui já não é tão literalmente como aconteceu na primeira opção. Não era bem um balde, parecia mais um alguidar. Tinha um formato meio estranho. As pessoas para se servirem tinham que utilizar a caneca do arroz, o que criou ali algum embaraço para quem só queria arroz. Percebe-se perfeitamente, porque depois a caneca ficava com o molho do feijão e para quem não gosta é chato!
Talheres também não existiam. Ao que parece, os talheres criavam confusão. Já os tinham roubado “N” vezes e então optaram pela magnifica ideia de os retirarem de “cena”.
Opção, quanto a mim, fantástica!
Aliás, se a comida também fosse motivo de chatices, era retirá-la também!
Como é que se educa um Cavalo Selvagem ?
Com porrada, como é lógico! Se ele não faz o que lhe dizem, tem mais é que comê-las!
Bom, acabei por não almoçar. Na realidade, também não tinha muita fome, porque tomei o pequeno-almoço às 5:30 da manhã e a malta almoça um bocado cedo de mais, por volta da 13:30. Fazendo as contas, só estava há 8 horas sem comer.
Eu nessas coisas não facilito. Aguento bem uns 7 ou 8 diazinhos sem pôr nada no bucho.
O meu recorde é de 9 dias e 3 horas. É verdade. Uma vez fiz greve de fome em frente à Junta de Freguesia da Brandoa, porque achava que as drogas deviam ser legalizadas. Já se estava a tornar dificílimo comprar drogas a cada virar da esquina. Tornava-se maçador. A malta ter que andar 200 ou 300 metros para ir comprar noutra esquina qualquer. Ainda por cima em dias de chuva.
Eu aguentava mais, o problema é que já estava quase a chumbar por faltas, e depois o meu Pai já não recebia o Abono de Família. Acabou por impedir o que poderia ser, com certeza, o Recorde do Guiness!
Agora que já tive mais uma das minhas diarreias, vou andando.
Ao que parece o jantar está pronto!
No meu caso, que não tive capacidade para estudar mais, uma nova obra!
Como é que se deve receber uma pessoa nova no trabalho ?
- é pá eu hoje não vou almoçar aqui, vê lá aí onde é que podes almoçar !
Ora muito bem, “vejo aí” onde posso almoçar !
Parece simples, sem grandes complicações !
Qual é o problema ?
Estou em Angola, não tenho carro e não convém propriamente andar nas ruas à procura de sítio para comer. Não convém porque eu sou um gajo nervoso, e a população inteira de Angola está sujeita a levar uma carga de porrada, caso eu me passe dos carretes… só por isso, é em defesa desta gente o motivo da minha preocupação!
Pensei em comer com o dito “pessoal” das obras!
Fui ter com eles e tive a sorte de naquele dia ser Self Service.
Parece mentira o que vou dizer, mas acreditem que não é!
Havia duas opções, que até podiam ser válidas as duas… que sorte!
A primeira:
Arroz servido num balde, literalmente, com uma caneca dentro para as pessoas se poderem servir!
A segunda:
Feijão servido num balde, aqui já não é tão literalmente como aconteceu na primeira opção. Não era bem um balde, parecia mais um alguidar. Tinha um formato meio estranho. As pessoas para se servirem tinham que utilizar a caneca do arroz, o que criou ali algum embaraço para quem só queria arroz. Percebe-se perfeitamente, porque depois a caneca ficava com o molho do feijão e para quem não gosta é chato!
Talheres também não existiam. Ao que parece, os talheres criavam confusão. Já os tinham roubado “N” vezes e então optaram pela magnifica ideia de os retirarem de “cena”.
Opção, quanto a mim, fantástica!
Aliás, se a comida também fosse motivo de chatices, era retirá-la também!
Como é que se educa um Cavalo Selvagem ?
Com porrada, como é lógico! Se ele não faz o que lhe dizem, tem mais é que comê-las!
Bom, acabei por não almoçar. Na realidade, também não tinha muita fome, porque tomei o pequeno-almoço às 5:30 da manhã e a malta almoça um bocado cedo de mais, por volta da 13:30. Fazendo as contas, só estava há 8 horas sem comer.
Eu nessas coisas não facilito. Aguento bem uns 7 ou 8 diazinhos sem pôr nada no bucho.
O meu recorde é de 9 dias e 3 horas. É verdade. Uma vez fiz greve de fome em frente à Junta de Freguesia da Brandoa, porque achava que as drogas deviam ser legalizadas. Já se estava a tornar dificílimo comprar drogas a cada virar da esquina. Tornava-se maçador. A malta ter que andar 200 ou 300 metros para ir comprar noutra esquina qualquer. Ainda por cima em dias de chuva.
Eu aguentava mais, o problema é que já estava quase a chumbar por faltas, e depois o meu Pai já não recebia o Abono de Família. Acabou por impedir o que poderia ser, com certeza, o Recorde do Guiness!
Agora que já tive mais uma das minhas diarreias, vou andando.
Ao que parece o jantar está pronto!
O teu chefe continua um Bacano, em todas as obras a que fui, nunca me presentearam com uma panela desse tamanho...
ResponderEliminarAinda te queixas??? :)