Avançar para o conteúdo principal

IGUALMENTE UMA BESTA

Desde pequenino sempre soube o que queria mas infelizmente a vida pôs-se no caminho.


Desde pequenino sempre soube o que queria mas infelizmente a vida pôs-se no caminho. Já quis ser tudo e mais alguma coisa e quando finalmente cheguei à conclusão que não queria ser nada, a vida obrigou-me a ser qualquer coisa. O simples facto de existir, embora seja estranho, faz com que tenhamos que assumir variadíssimos papéis. Depois há aqueles que dizem que os outros, ou determinadas pessoas, não os deixam ser quem eles verdadeiramente são. E aqui surge a inevitável pergunta: Quando somos verdadeiramente nós?
Eu se estiver com a minha mãe não me comporto da mesma maneira do que quando estou com um amigo. Se estiver com um cliente não tenho o mesmo à vontade do que quando estou com o Manuel a beber um café. Com isto não quer dizer que eu esteja a ser falso (penso eu), simplesmente estou a adaptar o meu comportamento de acordo com quem estou. Eu aceito que outras pessoas não o façam - que são sempre “puros” e o que lhes chega ao cérebro é o que sai pela boca. Venha quem vier estas pessoas estão sempre no mesmo registro. De facto, de início dá a sensação que estamos perante pessoas notáveis. Passado um tempo, não muito, o tal “notável” começa a esmorecer um bocadinho. Mas como dizem que cada tacho tem a sua tampa, embora, com pena minha, existam tampas que não vedam bem o vapor que se acumula, acredito que o equilíbrio se faça de pessoas magnificas como nós e depois aqueles que SÃO na sua essência umas bestas. Para que eles não se sintam ofendidos sugeria que na presença destes perigosos e “puros” animais fossemos um pouco o que eles gostam e estão habituados: Seres que mantêm o mesmo comportamento seja, perante um cão ou uma pessoa – busca Pantufas, busca. Isso mesmo, lindo menino, agora saia de cima do sofá.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

Sexta-feira 13

É engraçado constatar que a maioria das pessoas não é supersticiosa: “Eu não acredito nada nessas coisas” Hoje é sexta-feira 13 e foram poucas as pessoas, emigradas em Angola, que arriscaram marcar a viagem para ir de férias neste dia. Por curiosidade, ontem fiz Check in de um colega corajoso que ia viajar precisamente hoje. Todas as filas já estavam praticamente ocupadas, menos a fila 13 ! Realmente era demasiado macabro ir numa sexta-feira 13 e ainda por cima ter a coragem de marcar a viagem na fila 13. Nem uma unica pessoa tinha marcado lugar nesta fila. Como se desse azar. Tem toda a lógica. Todas as outras filas vão viajar tranquilamente, mas a 13 não vai ter descanso. Eu sinceramente também não acredito nessas coisas. Ser ou não ser sexta-feira 13 é-me completamente indiferente. Dá-me é azar, mas de resto…

OLÉ