Eu não dou muito ao meu semelhante e o que recebo é sempre mais do que o dobro do que mereço. Por isso a minha desilusão com o próximo é sempre nula. Só me lamento quando me obrigam a ter trabalho.
Coisas simples apaixonam-me e as raridades ofuscam-me – Detesto ouro, odeio diamantes, e não tenho sonhos de ilhas desertas. Gosto de companhia, gosto de um abraço, de um beijo, de um aperto, de estar perto.
Gosto de um berro efectivo mas não gosto de berrarias.
Detesto discussões parvas e quando discuto entro neste circo.
Hoje sou eu, amanhã sou outro… e depois outro, outro e ainda mais outro. Os heterónimos do Pessoa são de toda a gente. Ninguém é alguém verdadeiramente. Somos mil e uma coisas e não somos coisa alguma. Hoje não sou o que já fui. Num amanhã não serei nada.
Se me disserem que “sou assim ou assado” ou comigo as “coisas são desta maneira” é uma grande mentira. Já reagi de diferentes maneiras a uma sopa quente - O meu cão é que abana sempre o rabo quando me vê chegar.
Se quero chorar, choro. Se parecer mal, admiro quem se esteja a borrifar para isso. Adoro gente que é gente de verdade. Essas são as raridades que me apaixonam. A vida é longa para os sábios e curta para os indignados (sem considerar qualquer catástrofe).
Gosto da igualdade. Não me revejo em discursos de “méritos” porque têm sempre jogos sujos pelo meio. Diria que sou de esquerda. Da verdadeira.
Não gosto do trabalho mas sou obrigado a gostar do dinheiro. Não gosto do podre, do mau cheiro, de baratas, de gafanhotos, de ricos desdentados…
Para o Universo de nada vale o que não gosto. E para mim de nada vale a imensidão do Universo porque estarei sempre preso numa pequena caixa.
Coisas simples apaixonam-me e as raridades ofuscam-me – Detesto ouro, odeio diamantes, e não tenho sonhos de ilhas desertas. Gosto de companhia, gosto de um abraço, de um beijo, de um aperto, de estar perto.
Gosto de um berro efectivo mas não gosto de berrarias.
Detesto discussões parvas e quando discuto entro neste circo.
Hoje sou eu, amanhã sou outro… e depois outro, outro e ainda mais outro. Os heterónimos do Pessoa são de toda a gente. Ninguém é alguém verdadeiramente. Somos mil e uma coisas e não somos coisa alguma. Hoje não sou o que já fui. Num amanhã não serei nada.
Se me disserem que “sou assim ou assado” ou comigo as “coisas são desta maneira” é uma grande mentira. Já reagi de diferentes maneiras a uma sopa quente - O meu cão é que abana sempre o rabo quando me vê chegar.
Se quero chorar, choro. Se parecer mal, admiro quem se esteja a borrifar para isso. Adoro gente que é gente de verdade. Essas são as raridades que me apaixonam. A vida é longa para os sábios e curta para os indignados (sem considerar qualquer catástrofe).
Gosto da igualdade. Não me revejo em discursos de “méritos” porque têm sempre jogos sujos pelo meio. Diria que sou de esquerda. Da verdadeira.
Não gosto do trabalho mas sou obrigado a gostar do dinheiro. Não gosto do podre, do mau cheiro, de baratas, de gafanhotos, de ricos desdentados…
Para o Universo de nada vale o que não gosto. E para mim de nada vale a imensidão do Universo porque estarei sempre preso numa pequena caixa.
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