Por onde começar?
Estou em condições de afirmar que tenho dois irmãos, o Filipe e o Carlos. Também sou filho de Pais que nunca se divorciaram e são eles o João e a Márcia. A minha companheira tem o bonito nome de Natalie. Ora bem, este é o núcleo duro da minha família. Se há algo que me falta são os primeiros a levar comigo. Cada um deles, à sua maneira, já tiveram a experiência de se sentirem como um rato enjaulado a ouvir Sepultura. É esta a sensação das pessoas de quem procuro quando estou realmente aflito. No fundo isto é começo de uma verdadeira apresentação que acho que é mais que justa, para não dizer merecida.
Sou o filho mais novo. O que implica coisas boas e más: As más é que era um facto consumado que eu só mandava em casa quando não tivesse lá ninguém. Tudo o que eu queria ou me apetecia resumia-se a uma espécie de ponto negro por detrás da orelha. Ou seja, realmente estava lá mas era como se não estivesse. As coisas boas são, principalmente, as barreiras quebradas pelos outros dois Touros. Neste caso os meus irmãos. Que com tanta marrada lá conseguiram a liberdade necessária para se poder ser jovem. Um perigo é certo, mas a corda bamba será sempre a nossa vida. Não precisei de grandes truques para conseguir o que eu queria. Digamos que cedo aprendi com os erros dos outros. É engraçado que ainda hoje encalho com erros que cometo desde a minha infância, mas se eles aparecem é porque a lição ainda não está ultrapassada. Bom, mas como acontece com todos, os anos vão passando. A escola foi feita às três pancadas e pelo meio foram quatro anos a trabalhar num bar - Havia dias que dava a sensação que a professora me pedia um café pingado e o cliente exigia que eu fosse ao quadro.
Tudo passou, como passa quando andamos ao sabor do vento. Acabei o secundário, a ferros, e o meu irmão mais velho teve a sensação que a loja de ferragens que cheguei a pedir emprego, não seria a minha vocação. Disse para eu ir tirar um curso. Ora bem, sendo jovem e tendo passado pela azáfama que é o secundário, se não fosse a Natalie, que me acompanha desde os 18 anos, provavelmente hoje uma chave inglesa, ou mesmo uma maçaneta, seriam uma espécie de confidentes de luxo duma vida que hoje podia ser perfeita. Não vos perdoo. Mas, segui o caminho indicado e lá fiz o curso com distinção. Aqui, nesta missão, parece que levei a sério o que tinha pela frente. Se era para debulhar era para debulhar. Entrei no ramo da Construção civil com 20 ou 21 anos. Que lindo mundo que é este. Respira-se arte e paixão todos os dias. Como a evolução é característica que mais admiro a dois terços do percurso candidatei-me para vir para África. E vim. Até agora, passados 4 anos e meio, posso dizer que está a ser espectacular. Mas está mesmo. Até porque apanhar beatas do chão era o que me esperava se continuasse no lindo barco que é o nosso País. Como a escalada vertiginosa não podia parar e, com 33 anos, achei que deveria ter mais responsabilidade. Sempre vejo os exemplos dos meus amigos que deixam de ser invejosos e sem receios entregam os seus corações a outro ser pequenino. Olhem o meu amigo Luis, por exemplo, que há bem pouco tempo foi Pai de gémeas. De arrepiar. Só imagino um alguidar gigante a transbordar de amor. Foi o que fiz. Segui esta inspiração e comprei um cão - O tal que lhes falei num texto anterior. Mas se soubesse o que sei hoje tinha comprado um gato. Dão menos trabalho e chateiam pela metade. Mas agora já está e eu não sou homem de abandonar ninguém até aos 18 anos. Como um ano equivale a sete… tenho que esperar mais um ano e meio para ele se tornar independente. A partir daí tigela à porta e que siga o seu caminho. Sou um purista.
Pelo meio, e para não cansar, ocultei alguns feitos históricos e de que muito me orgulho, como rasgar os testículos a andar de mota, ou até mesmo ser recordado por ter sido o único no meu bairro que mijou na cama até aos 16 anos. Coisas que só com perseverança se consegue.
Para quê uma enxurrada de fezes a pessoas que eu deveria ter consideração e que até aguentam vir aqui com algum prazer?
Não sei… sou assim!
Estou em condições de afirmar que tenho dois irmãos, o Filipe e o Carlos. Também sou filho de Pais que nunca se divorciaram e são eles o João e a Márcia. A minha companheira tem o bonito nome de Natalie. Ora bem, este é o núcleo duro da minha família. Se há algo que me falta são os primeiros a levar comigo. Cada um deles, à sua maneira, já tiveram a experiência de se sentirem como um rato enjaulado a ouvir Sepultura. É esta a sensação das pessoas de quem procuro quando estou realmente aflito. No fundo isto é começo de uma verdadeira apresentação que acho que é mais que justa, para não dizer merecida.
Sou o filho mais novo. O que implica coisas boas e más: As más é que era um facto consumado que eu só mandava em casa quando não tivesse lá ninguém. Tudo o que eu queria ou me apetecia resumia-se a uma espécie de ponto negro por detrás da orelha. Ou seja, realmente estava lá mas era como se não estivesse. As coisas boas são, principalmente, as barreiras quebradas pelos outros dois Touros. Neste caso os meus irmãos. Que com tanta marrada lá conseguiram a liberdade necessária para se poder ser jovem. Um perigo é certo, mas a corda bamba será sempre a nossa vida. Não precisei de grandes truques para conseguir o que eu queria. Digamos que cedo aprendi com os erros dos outros. É engraçado que ainda hoje encalho com erros que cometo desde a minha infância, mas se eles aparecem é porque a lição ainda não está ultrapassada. Bom, mas como acontece com todos, os anos vão passando. A escola foi feita às três pancadas e pelo meio foram quatro anos a trabalhar num bar - Havia dias que dava a sensação que a professora me pedia um café pingado e o cliente exigia que eu fosse ao quadro.
Tudo passou, como passa quando andamos ao sabor do vento. Acabei o secundário, a ferros, e o meu irmão mais velho teve a sensação que a loja de ferragens que cheguei a pedir emprego, não seria a minha vocação. Disse para eu ir tirar um curso. Ora bem, sendo jovem e tendo passado pela azáfama que é o secundário, se não fosse a Natalie, que me acompanha desde os 18 anos, provavelmente hoje uma chave inglesa, ou mesmo uma maçaneta, seriam uma espécie de confidentes de luxo duma vida que hoje podia ser perfeita. Não vos perdoo. Mas, segui o caminho indicado e lá fiz o curso com distinção. Aqui, nesta missão, parece que levei a sério o que tinha pela frente. Se era para debulhar era para debulhar. Entrei no ramo da Construção civil com 20 ou 21 anos. Que lindo mundo que é este. Respira-se arte e paixão todos os dias. Como a evolução é característica que mais admiro a dois terços do percurso candidatei-me para vir para África. E vim. Até agora, passados 4 anos e meio, posso dizer que está a ser espectacular. Mas está mesmo. Até porque apanhar beatas do chão era o que me esperava se continuasse no lindo barco que é o nosso País. Como a escalada vertiginosa não podia parar e, com 33 anos, achei que deveria ter mais responsabilidade. Sempre vejo os exemplos dos meus amigos que deixam de ser invejosos e sem receios entregam os seus corações a outro ser pequenino. Olhem o meu amigo Luis, por exemplo, que há bem pouco tempo foi Pai de gémeas. De arrepiar. Só imagino um alguidar gigante a transbordar de amor. Foi o que fiz. Segui esta inspiração e comprei um cão - O tal que lhes falei num texto anterior. Mas se soubesse o que sei hoje tinha comprado um gato. Dão menos trabalho e chateiam pela metade. Mas agora já está e eu não sou homem de abandonar ninguém até aos 18 anos. Como um ano equivale a sete… tenho que esperar mais um ano e meio para ele se tornar independente. A partir daí tigela à porta e que siga o seu caminho. Sou um purista.
Pelo meio, e para não cansar, ocultei alguns feitos históricos e de que muito me orgulho, como rasgar os testículos a andar de mota, ou até mesmo ser recordado por ter sido o único no meu bairro que mijou na cama até aos 16 anos. Coisas que só com perseverança se consegue.
Para quê uma enxurrada de fezes a pessoas que eu deveria ter consideração e que até aguentam vir aqui com algum prazer?
Não sei… sou assim!
Comentários
Enviar um comentário