É verdade, a minha prima vai casar. A Filipa é uma giraça, desde criança que era assim.
Quando eramos miúdos, ela tinha alguma vergonha em passear comigo. Somos da mesma idade e para quem não soubesse que eramos primos, poderia dar a entender que aquele badocha, com cabelo seboso, era o seu namorado.
Eu agora percebo isso, melhor, confesso que na altura já o percebia, mas para mim era uma oportunidade única de mostrar alguma qualidade feminina ao meu lado.
É certo que hoje tudo é diferente – Sou alto, charmoso, bem parecido, postura correta, cavalheiro, bom falante, simpático e tudo o mais que uma mulher pode sonhar.
Acaba por ser normal, perdoem-me a modéstia, ser abençoado por uma mulher lindíssima ao meu lado, que dá tudo de si para me tornar na utopia que descrevi à bocado.
Bem, mas voltemos à minha prima. A Filipa sempre deu tudo nos estudos, e confesso que para um rapaz como eu, que fez o secundário às três pancadas, era-me difícil perceber, quando ia a casa da minha Tia, ao fim-de-semana, como é que alguém perdia o sol lá fora em troca de uma nota que nunca seria inferior a 18 valores. Um orgulho para os País e uma desilusão para mim quando via 4 “matrafões” tão gordos como eu, a passearem com uma bola de futebol e eu poderia fazer um brilharete com a companhia brilhante da minha prima. Aí prima, prima… chegou a hora de dares o nó, um nó que me fica na garganta por o tempo passar tão rápido e hoje termos que ser "homens". “Responsabilidades nunca fizeram mal a ninguém” dizia o sábio senhor quando tudo para mim era um parque infantil.
Hoje, continuo como um baloiço abandonado sempre à espera do primeiro empurrão!
Quando eramos miúdos, ela tinha alguma vergonha em passear comigo. Somos da mesma idade e para quem não soubesse que eramos primos, poderia dar a entender que aquele badocha, com cabelo seboso, era o seu namorado.
Eu agora percebo isso, melhor, confesso que na altura já o percebia, mas para mim era uma oportunidade única de mostrar alguma qualidade feminina ao meu lado.
É certo que hoje tudo é diferente – Sou alto, charmoso, bem parecido, postura correta, cavalheiro, bom falante, simpático e tudo o mais que uma mulher pode sonhar.
Acaba por ser normal, perdoem-me a modéstia, ser abençoado por uma mulher lindíssima ao meu lado, que dá tudo de si para me tornar na utopia que descrevi à bocado.
Bem, mas voltemos à minha prima. A Filipa sempre deu tudo nos estudos, e confesso que para um rapaz como eu, que fez o secundário às três pancadas, era-me difícil perceber, quando ia a casa da minha Tia, ao fim-de-semana, como é que alguém perdia o sol lá fora em troca de uma nota que nunca seria inferior a 18 valores. Um orgulho para os País e uma desilusão para mim quando via 4 “matrafões” tão gordos como eu, a passearem com uma bola de futebol e eu poderia fazer um brilharete com a companhia brilhante da minha prima. Aí prima, prima… chegou a hora de dares o nó, um nó que me fica na garganta por o tempo passar tão rápido e hoje termos que ser "homens". “Responsabilidades nunca fizeram mal a ninguém” dizia o sábio senhor quando tudo para mim era um parque infantil.
Hoje, continuo como um baloiço abandonado sempre à espera do primeiro empurrão!