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35

Uma amiga que conheci aqui em Angola e que não posso deixar de partilhar a sua maravilhosa experiência. Tudo se resume a isto, tudo é relativo e temos que caminhar todos para o que realmente é importante.

Aqui fica este maravilhoso texto e inspiração:

"Com a sede de marcar uma viragem nesse número magico, tomei decisões firmes e estritamente sentenciadas pelo coração. Pela primeira vez, a razão era aprisionada e asfixiada sem ter direito a uma segunda oportunidade.


Deixei o meu trabalho, os meus amigos e o meu lar. Deixei Angola, o gerador, as velas, a bomba de agua, a cuca que nunca acabava, o stress, os esquemas, a criatividade na escolha das palavras, as cores, os embondeiros, o semba, o povo alegre, o Pinto, a D. Lena, o Joca e o candongueiro, o Tio Jorge e toda a família da Chicala, os policias de transito que depois de dois dedos de conversa desistiam de multar a "budjurra", as festas de quintal, as aventuras pelas províncias, Caboledo e Carpe Diem, as sessões de voz e guitarra dos mestres Paulo Flores e Tito Paris, momentos únicos de euforia ou de silencio com os meus irmãos Djay e Katya, as escapadelas com o General e a Mana, spa em casa as terças-feiras na companhia da doce Canti, ..., e puros momentos de criança com os meus Grandes amiguinhos Mauro, Santiago e Nahary.

Sem olhar para trás, dediquei a mim própria um ano da minha vida. Um ano inteirinho para mim. Sem responsabilidades, calendários ou agendas. Sem fazer aquilo que a sociedade nos impõe. Chego até a gozar com ela, em certos momentos.
Precisava procurar algo. Nao sabia bem o quê. Mas tinha que fazer milhas, até encontrar. De um simples desejo, o mundo abriu-se aos meus pés.

Depois de passar um mêsda a carregar baterias com a família em Lisboa, pus meia dúzia de t-shirts numa mochila e rumei para Sao Paulo (Brasil), o meu primeiro de muitos poisos nesta jornada. O Veri fez-me uma recepção sem igual e cheguei precisamente no dia da comemoração do novo ano chinês, vindo a saber muito mais tarde que o meu signo chinês também é Dragão. Estava em sintonia e nao sabia.

Passei dois meses no Brasil, fiz amigos para a vida. Seguiram-se Uruguai, Argentina, Chile, Bolívia e Peru. Continuava a minha procura, sempre deixando amigos por onde passasse.

Enquanto fazia a caminhada de três dias da trilha da Fumaça, na Chapada Diamantina (Bahia, Brasil), muito mais do que as paisagens deslumbrantes e acolhedoras, apreciei sem limites, o convívio e o companheirismo vivido entre o pequeno grupo especial e coeso. Flor (que acumulava as "funções" de guia, amigo, cozinheiro, conselheiro, entre muitas outras), Carla (executiva de sucesso, surfista por amor e uma inspiração de pessoa) e Júnior (uma enciclopédia que respira como os humanos, sensível e dono de um invejável humor).

No Rio, fiquei cinco dias na Favela Vidigal, uma experiência super, graças a família do Vidigalbergue. Foi em Vidigal que conheci as minhas manas argentinas (Vicky, Gaby, Flor, Celeste e Trini). A Vicky comanda as tropas, com o seu jeito meigo, transparente e puro.

A mana Marina do Porto lusitano estava a minha espera na cidade do fim do mundo, Ushuaia. Chegamos ao hostel à mesma hora, vindas em taxis diferentes e do mesmo voo. Ficamos cerca de dois meses a viajar juntas, duas engenhocas de canudo na gaveta e a correr mundo. Fizemos uma forte dupla, de grande companheirismo.

Na Bolívia e em parte do Peru, formamos uma família de seis elementos, internacionais. Eu e a Marina, os italianos Carla e Danielle e os alemães Julia e Tino. Naturalmente, permanecemos juntos durante três semanas, aproximadamente, sem incompatibilidades. Apetecia-nos manter em família e isso bastava-nos.

No Salar de Uyuni, na Bolívia, no meio do deserto de sal, eu e a Marina tivemos mais umas das muitas experiências únicas. O director de cinema brasileiro, Eric, que estava a desenvolver um projecto muito interessante e cativador, convidou-nos a participar num filme-documentário sobre Amizade e Viagem. Sem pensar duas vezes e, movidas pela emocionante razão de fundo da película, aceitamos e, minutos mais tarde é que demos conta que ao nosso redor havia uma equipa técnica, com os equipamentos como manda o figurino e, nós, praticamente de pijama, prontas para ir dormir, estávamos a dar o nosso "melhor" para as câmaras.

Canada foi uma revelação. Nao imaginava que teria uma experiência tão enriquecedora.

No México entrei pela porta principal, onde estava o meu mano Pedro. Conheci tambem o Sérgio e Família, uma vez mais, provando que os mexicanos são seres especiais. Aqui em Queretaro, tive a honra de me estrear no programa da radio Muxima, de autoria do Pedro, como entrevistada.

A Guatemala, a par com a Bolívia, foi um dos países mais especiais nesta jornada. Nao só pelas paisagens de cortar o fôlego, como tambem pelas amizades que fiz.

Antes de entrar de corpo e alma no sudoeste asiático, fiz Nova York, Hawai e Tokyo com a Vera.

Depois da Malásia, dei lugar a Bali. Vim por uma semana. Já estou no final da segunda e ainda nao sei quando deixarei este paraíso energético.

A principal razão é que Encontrei o que procurava! Depois destas tantas milhas percorridas e que muito me ajudaram a encontrar agora, a agulha no palheiro. ENCONTREI!

Devo muito ao Roberto, à Dayu e ao Evert. E a toda a família do Pantai Mas.

Os 35 ficarão especialmente guardados na minha memória.

Encontrei-me, pouco antes de fazer 36. E agora tenho um grande desafio: trabalhar como hobby, viver por amor.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

CURTA METRAGEM - TRAILER

Aqui fica o Trailer da próxima Curta-metragem. A estreia está para breve e somente condicionada por verbas em falta de patrocinadores. Esperemos que honrem os seus compromissos e que possamos finalizar esta Curta Metragem. Espero que gostem. http://seguesoma.blogspot.com/

Não tem outro nome, é: FUTEBOL!

Sei que é um tema que não interessa a muita gente, mas tenho que confessar: Sou um amante do futebol. E ser um amante do futebol não é só ver 22 malucos atrás de uma bola. Há muitas coisas, para além desta adjectivação, que me fascinam neste grande modalidade. Como por exemplo: - As altas pressões que aqueles atletas, com pouca experiência de vida, são sujeitos. Com estádios cheios e almas carentes de descarregar as suas energias negativas; - O estudo exaustivo e obrigatório da equipa adversária e a consequente estratégia de “batalha” que implementam para ganhar a “guerra”; - A capacidade de liderança dos treinadores que são obrigados a se desmultiplicarem, cada vez mais, para serem competentes: Líderes, amigos, conselheiros, gestores de uma imensidão de recursos humanos, estrategas, comunicadores, etc etc - A dança maravilhosa e hipnotizadora de cada equipa, para quem tem o privilégio de ver um jogo no estádio; - A euforia do golo; - A paixão, inquestionável, de um adepto; - As confer

VAMOS ABATER PESSOAS?

Q uase 12 mil cães e gatos foram abatidos durante o ano de 2017. Acho interessante esta medida de forma a controlar estes animais vadios ou, e sendo mais justo para com eles, que foram abandonados. Tenho pena que esta medida não possa transitar para outros patamares. Todos sabemos que existem umas quantas pessoas que mereciam falecer, e esperar que lhes aconteça algum acidente ou que apanhem uma doença fulminante não é de todo motivador para todos nós. Por isso termos a hipótese de por fim à vida a quem nos incomoda parece-me genial. Poderíamos começar pelas, e dando a primazia a quem foi o rastilho e principiou este projecto, criaturas que se fartaram de ter os seus animais de estimação e resolveram esta equação de uma forma muito simples: pô-los fora de casa para que aprendessem como a vida é complicada quando temos alguém com consciência e que tem a bondade de nos ensinar que afinal a vida não é só comer, dormir e passear. Estes seriam, e com todo o mérito, os primeiros da lista.