Andamos com virtualidade a mais - Confissões numa janela de um ecrã qualquer é ,para mim, como um pau de virar tripas com desejo de cheiro a peixe podre.
Tenho alguma dificuldade em encontrar amigos de café, amigos de esquinas e de ruas ao acaso. Tenho dificuldade em entender desesperos no Facebook, frases lindas num mural qualquer ou indignações de telejornais que jorram estrume a cada segundo.
Tenho dificuldade em perceber o que nos move. Tenho dificuldade em saber o que nos apaixona. Não gosto de livros sem papel, não gosta de música sem saber quem a compôs. Não gosto de cantores afinados que não sabem o que é uma partitura. Detesto artistas da vida, mas adoro interpretações realistas. Não adivinho o que dizem sem o dizerem realmente. Não sei quem são se o não forem. Não vivo com máscara, se me deixarem.
"Já não finjo o que não consigo fingir… a minha alma já está farta."
Não ando descalço porque parece mal. Não como com as mãos porque me apontam. Não arroto, não cuspo, não grito, nem berro.
Nas costas só oiço o murmúrio do meu nome. Dizem e fazem coisas que nunca, sequer, pensei. Trocam tudo em troca de nada. Escavam e esburacam com energias vitais e para um abraço já têm vergonha. Um beijo foi dado. Um mimo foi recebido, mas tudo já foi esquecido por ser tão raro.
Não consigo ser eu, verdadeiramente, se tu não fores quem és. Por isso, se um dia te vires por aí, por favor diz-me quem eu sou.
Tenho alguma dificuldade em encontrar amigos de café, amigos de esquinas e de ruas ao acaso. Tenho dificuldade em entender desesperos no Facebook, frases lindas num mural qualquer ou indignações de telejornais que jorram estrume a cada segundo.
Tenho dificuldade em perceber o que nos move. Tenho dificuldade em saber o que nos apaixona. Não gosto de livros sem papel, não gosta de música sem saber quem a compôs. Não gosto de cantores afinados que não sabem o que é uma partitura. Detesto artistas da vida, mas adoro interpretações realistas. Não adivinho o que dizem sem o dizerem realmente. Não sei quem são se o não forem. Não vivo com máscara, se me deixarem.
"Já não finjo o que não consigo fingir… a minha alma já está farta."
Não ando descalço porque parece mal. Não como com as mãos porque me apontam. Não arroto, não cuspo, não grito, nem berro.
Nas costas só oiço o murmúrio do meu nome. Dizem e fazem coisas que nunca, sequer, pensei. Trocam tudo em troca de nada. Escavam e esburacam com energias vitais e para um abraço já têm vergonha. Um beijo foi dado. Um mimo foi recebido, mas tudo já foi esquecido por ser tão raro.
Não consigo ser eu, verdadeiramente, se tu não fores quem és. Por isso, se um dia te vires por aí, por favor diz-me quem eu sou.