A vida aqui começa cedíssimo, tão cedo que não existe gente acordada a essa hora. Têm os olhos abertos, conduzem e chegam a respirar de boca fechada mas ainda estão a dormir. Houve um rapaz que até abriu a boca para falar, isto às 6 da manhã… pensei que estivesse a sonhar, mas como falou de trabalho, duvidei à partida que eu permitisse tal levidade.
Para mim, e imagino para qualquer individuo que seja humano, porque existem outros que não o são, o diálogo só começaria quando o cérebro o fizesse por gosto. Poderia demorar uma eternidade, tudo dependeria da companhia.
À partida não me faria qualquer tipo de pergunta, a boa companhia, e muito menos, como entrada, se atreveria a perguntar se estava “tudo bem”. Contaria uma história, agradável claro, não quero saber o que viu ontem na televisão. Com uma precisão nos detalhes que não me faria entrar num sono ainda mais profundo, e com uma mudança no tom de voz a cada aventura que se apresentava.
Tudo seria simples até o primeiro verdadeiro sorriso nascer…
Mais uma curta metragem que tem tudo para não ser vista. http://seguesoma.blogspot.com/
Comentários
Enviar um comentário