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Façam as malas !

 

Grande reportagem ontem na TVI - Quem diria que este canal ainda iria dar grandes reportagens.
Chamada de “Geração adiada” foi na verdade uma reportagem efectiva. Os protagonistas eram jovens entre os 24 e 35 anos que foram sustentados pelos Pais, para que pudessem estudar e serem hoje em dia a geração mais habilitada de sempre - Canudos no sótão, empoeirados, e a profissão passava por de tudo um pouco, menos por aquilo a que estavam realmente habilitados.
Vimos alguns casos de emigração que, diga-se de passagem, são aqueles que mais me comovem, pelo simples facto de tudo o que existe, deixa-o de o ser. Podem considerar uma sorte imensa de crescimento, uma oportunidade, uma aventura, mas tudo não passa de um empurrão bem grande de Políticos incompetentes, ladrões sem precedentes e uns quantos abutres que ainda fustigam qualquer esperança de crescimento.
A emigração, na sua maioria, não é um desejo mas sim uma obrigação. E tudo fica para trás – Amigos, Família a nossa liberdade. Não são fotos no Facebook com os pés na água, uma cerveja na mão e um sorriso que alimenta a inveja de qualquer um, que vão dizer que os emigrantes estão bem melhor do que quem não tem emprego ou que ganha pouco… terão certamente mais dinheiro e isso, por si só, já merece uma oração de agradecimento.

Claro está que a Geração que teima em nos segurar do precipício e que merece todo o nosso respeito é a geração dos nossos Pais. Têm lutado uma vida inteira e ainda assim precisam de dar ânimo a uma geração que tem tudo e mesmo assim se vê sem nada!

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

FAZIA TUDO

Eu espero sempre o pior das pessoas. Nunca fico à espera de qualquer espécie de bondade. Talvez porque seja aquilo que eu vejo em mim: pouca bondade disfarçada com alguma disponibilidade. Na minha cabeça tento camuflar tudo isto. Por isso me emociono e me espanto com pessoas genuinamente boas. Duvido sempre delas até ter absoluta certeza. Para mim, querem sempre algo em troca. Nenhum acto é por acaso. Quando as vejo a perder tempo com os outros, acho estranho. O mundo não é assim. Eu não sou assim. Eu trabalho porque recebo ordenado. Perco tempo em fazer comida porque tenho fome e gosto de comer. Tento fazer exercício porque sei que terei a compensação do esforço. Todos os meus actos têm como base uma recompensa. Conheci cedo a bondade. A dos meus Pais. Mas dos Pais é suposto haver bondade. Uma bondade obrigatória. O tal «coração fora do peito» que as pessoas dizem e que me irrita particularmente esta expressão. Mais tarde, já no secundário, conheci a bondade pura. Foi estranho. Muito ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!