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Como sempre tem pautado este Blogue, mais uma vez os assuntos verdadeiramente importantes são o sangue que corre nas veias, as células que se sentem a cada pulsar, o interior que teima em se sobrepor a toda a razão.
Não vos venho falar das Presidenciais que estão à porta, porque isso seria cingirmo-nos a um debate que se tem guiado pelo passado de cada candidato. E o passado pouco valor tem para o que realmente é importante, claro está falo-vos do AGORA, que tem esse bonito nome de PRESENTE e que a cada segundo é teimosamente esquecido por todos nós.
Mas isto são “teorias” de um aprendiz de feiticeiro.

Venho falar-vos da catástrofe que anda a assolar os meus pensamentos. Segundo o The New Yorker as bananas podem passar a ser um produto de luxo. As ditas andam a ser atacadas por um fungo que ameaça a produção mundial desta fruta. Com tanta Banana e ainda mais “Bananas” que andam por aí temo que o Correio da Manhã, um jornal que tanto prezo quando o vejo nas bancas, e só aí o teimo ver, possa vir a ter um revés nas suas vendas que escandalosamente continuam a ser elevadas. A Sogra que violou o periquito; A Avó que espanca o Avô com uma varinha mágica e os malditos semáforos que caem em cima de passeios e teimam em lá ficar, são assuntos tão interessantes como, vá lá, parvos e estúpidos. E também ridículos. E já agora, não se sintam afectados caso o leiam, inspiradores para qualquer pessoa.

Continuando com um elevado índice de cultura e inteligência por parte da minha pessoa, o que também me preocupa, mas pela positiva, são as frases lindíssimas e profundas que “navegam” pelas páginas sociais da internet. Gosto sempre de ler frases do Bob Marley de pura amizade e sabedoria.
Outra frase que gostei e que me identifiquei logo que a li, foi esta “ Os homens se assemelham aos vinhos: a idade estraga os maus e melhora os bons.”
Concordo plenamente, eu próprio tenho crescido com a idade e com 31 anos, quando pensava que nada havia mais para crescer, se não em largura, aumentei de altura em 2 cm quando fui tratar do meu cartão de cidadão e passei, em termos de pé propriamente dito, de um magnífico 39 para um glorioso 41, mas isto, como é óbvio, não me apercebi na loja do cidadão mas sim numa sapataria.
Para que este texto tenha cabeça tronco e membros, falta-me uma conclusão que se torna dificílima com tanta coisa boa que já foi escrita. Por isso e se assim o entenderem deixo ao vosso critério um final que só agora poderá ser feliz.


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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Mulheres

Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

A senhora que corria!

Corria a Senhora, e diga-se, com uma pressa como nunca a vi, quando uma das botas lhe salta. Voltará atrás? Será a pressa tão importante para mesmo assim continuar sem se preocupar com mais nada? … a senhora voltou mesmo atrás! Sentou-se no banco do jardim mais próximo e, com uma calma inesperada, descalça a outra bota e de dentro da mala puxa de um caixa que continha uvas podres! Indignada joga tudo para o lixo e volta a correr desalmadamente … Não viu que atravessara uma estrada muito movimentada. Foi tolhida por um camião! Pobre coitada. Todos lhe juravam um futuro risonho!