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Confissões de um pneu abandonado


Faço dois anos que emigrei para Angola no próximo dia 20 de Outubro.
Dois anos de pura adrenalina, de muitas lutas, e de crescimento abismal a nível pessoal e colectivo.
No fundo uma experiência a repetir num País Árabe qualquer.
A progressão a nível profissional e pessoal tem sido incrível. O estatuto que consegui atingir nesta terra se não é impressionante, é pá, então não sei o que possa ser.
Sou respeitado por todos os colegas de uma forma que até a mim me assusta: Consideram-me como um Comandante sem farda onde as mais altas divisas me estão cravadas na alma.
Se mesmo assim, não conseguirem atingir a amplitude de tal reconhecimento, imaginem uma galinha, que num salto mais efusivo voa como um falcão cego atrás da sua presa.
Sou forte e destemido, frágil e comedido numa mescla de heterónimos onde por nada mais sou, do que um pneu abandonado no meio da estrada.

Ajoelando-me e confessando-me aos vossos pés, sou um Álvaro de Campos:
“Por isso eu tomo ópio. É um remédio
Sou um convalescente do momento.
Moro no rés-do-chão do pensamento,
E ver passar a vida faz-me tédio”

Posto isto, quanto tempo mais terei que ficar por aqui ?

Comentários

  1. Não sei o que te diga...
    mas cada vez está mais decadente...
    epá, mas se te faz feliz, continua amigo...

    Abraço

    Marcos

    ResponderEliminar
  2. Auuuuuuuuuuuuuuuuu
    é o que eu tenho a dizer ;)
    fenomenal

    Mané

    ResponderEliminar
  3. Rir é o melhor remedio, obrigado puto por momentos de pura descontração!

    ResponderEliminar

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