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Porcaria dos alimentos e das poeiras

Papás não fiquem assustados com o que vou dizer. Já foi há muito tempo e não vos contei para não ficarem preocupados.
Já fiquei internado aqui em Angola.
Motivo : não se sabe !
Análises : com anomalias, segundo eles, inespecíficas!
Tudo começou com uma dores de cabeça, que cada vez eram mais fortes e frequentes.
Como já vos expliquei em textos anteriores, eu sou Hipocondríaco e qualquer borbulha que fique mais vermelha corro logo para o hospital. Não vá eu ter ali uma doença incurável.
Desta vez não foi diferente e lá fui eu para a clínica Sagrada Esperança.
Fui a uma médica de clínica geral. Analisou-me a pulsação, a tensão e auscultou-me. Tudo normal, sem razão para desconfiar.





À primeira vista, tudo estava bem. Mas como acontece com qualquer médico profissional, era preciso aprofundar o caso.
Fui reencaminhado a um Neurologista.
Tudo parecia correr dentro da normalidade:
Deu-me com um martelinho nos joelhos para ver os reflexos; fechei os olhos e com o dedo indicador toquei no nariz; levantei os braços à altura dos ombros.
Excelente, estou mesmo a lidar com profissionais.
Quando o médico me pergunta :
- O senhor esteve exposto a grandes quantidades de Químicos ou poeiras não identificadas ?
A pergunta, por si só, já nos merece horas de reflexão: Poeiras não identificadas !
Se eu fosse o Maradona ou a Sofia Aparício, sim senhor, era possível ter posto uma pastilha ou dado um “time” com químicos ou poeiras malucas que eles inventam para aí.
Mas não, eu sou o Marcinho, e aqui o menino não se mete nessas coisas porque já têm o exemplo dos outros.

- Não Sr.º Doutor, que eu saiba não.
- Então vamos ter que o internar.
- Olhe, parece-me ser uma excelente opção!

E lá fui eu, todo contente, buscar o pijama e a pasta de dentes a casa.

Quando vi os meus colegas de quarto, fiquei muito mais descansado.
Com bom aspecto e pareciam de boa saúde.

Passado dois dias de exames e mais exames, o médico Karato diz-me :
- Pode ir para casa.
- Posso, e então o que é que eu tinha ?
Provavelmente não tem nada, pode ter sido algum alimento que comeu ou um vírus que apanhou do ar.
PÁRA TUDO !
“Um alimento que comeu ou um vírus que apanhou do ar “

As horas a seguir foram de pura adrenalina cientifica. Ficámos ali horas e horas a debater o problema dos alimentos e esses vírus malandros que andam no ar.


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