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Finalmente, valeu a pena!

Sim Senhor, correu bem ontem a greve geral. Alerto para o magnifico trabalho do jornalista da RTP, que por culpa própria não me lembro o nome, mas que respondia assim à seguinte pergunta da redacção :


- Como é que foi trabalhar nessas condições de tumulto?

- Olha, não foi fácil, porque às tantas não sabíamos onde nos devíamos posicionar. Atrás da Policia de choque era perigoso, porque os manifestantes estava a arremessar pedras, e posso dizer que uma delas caiu mesmo ao nosso lado, tinha cerca de 10 cm de diâmetro e passámos por momentos de verdadeira aflição e agonia. Perante isto, tentámos estar mais perto dos manifestantes e colocámo-nos por trás destes, mas as investidas da Policia eram repentinas, o que nos dificultou, de sobremaneira, a nossa tarefa. Tendo, inclusive, numa das vezes, eu que puxar o nosso operador de câmara pelos colarinhos porque já estava caído e a levar bastonadas da Policia, que não teve a decência de distinguir quem estava ali a cumprir a sua função. Quem estava ali, como eles, para trabalhar!

Esta discrição de perigo continuou de uma forma dramática, como se o homem estivesse no meio do conflito Israelo-Palestino. Mas não querendo manchar, o que já de si é um borrão completo, avancemos com a perspicácia deste verdadeiro Super-herói das Greves que não fazendo por menos, e no meio deste cenário horrorizante, salta de microfone em riste, para ouvir um cidadão, de seu nome Joaquim Almeida, que tem 76 anos, é reformado e mostra a sabedoria própria de quem cá anda há muitos anos:

- Olhe, eu para mim tenho… como bem, bebo bem. Quem desperdiçou que não tivesse desperdiçado!

Na verdade não era o que o simpático jornalista queria ouvir, e rapidamente passou para o cidadão seguinte. Agora sim, a Dona Maria Arlete desempregada e com 3 filhos para criar, prometia dar o drama que a reportagem precisava:

- O que é que está a espera que eu lhe diga… isto é sempre os mesmos a roubar e o povo é que se lixa! Eu posso-lhe dizer que tenho o meu Pai hospitalizado, que ganha uma reforma miserável, o meu marido pisgou-se para o Estrangeiro e nem um tostão manda para a família… - estava a correr bem demais para eu aguentar, e parece que de prepósito carrego, sem querer, no botão do comando e salta-me para o rectângulo mágico esse grande guru das Greves, líder da CGTP, de seu nome Arménio Carlos, que pelo nome mostra logo que não anda aqui a brincar, e perante esta adesão, com um ar demoníaco, tal vampiro que acabou de sugar uma dezena de vitimas, sintetiza de uma forma clara o que é importante:

- Foi uma greve geral com uma adesão na ordem dos 80 a 90 % o que mostra que o Povo está com a CGTP, e está consequentemente contra a pouca vergonha desta Governação.

Não precisava de ouvir mais nada. Já valeu a pena … finalmente alguém com consciência e lucidez aponta-me o caminho a seguir!

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!

Dedicado...

As amizades conquistam-se. Não se fazem ao sprint nem com esforços desmedidos. E eu tenho algumas amizades para conquistar. Daquelas boas… que enchem a alma, que cobrem os nossos medos como um escudo. Que não se desfazem com uma zanga, que não desaparecem por vergonha de o tempo passar. As amizades perduram, não se perdem com o tempo. As amizades não são uma absorção desmedida, uma perseguição diária, uma intensidade absurda. Amizade é poder dizer um “não” com convicção, um sim por tolice, um talvez se me apetecer. Amizade é fazer mais do que eu faço, e menos quando tiver que ser. Amizade não é o indicador apontado... ou deixar o outro amuado. Amizade não é alegria constante. Não é puro divertimento e euforia. Amizade não é uma festa, não é um encanto. Amizade é uma necessidade… é uma solidão que se apaga. Amizade é conhecimento. Amizade é uma tristeza partilhada, uma lágrima que se abafa … um sorriso nas brumas, um sopro teu! Para ti Tiago Jorge dos Santos Roseiro uma grande e eterna ...