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Divórcio


É um facto consumado que a mulher gosta de reclamar.
Gosta de arranjar problemas.
Quer a perfeição, mesmo não sabendo até que ponto essa perfeição não passa de uma vontade descabida em arranjar qualquer tipo de pretexto para poder apontar o dedo.
O homem é um desarrumado, é um “deixa andar”.
Amanhã logo se vê e se não tiver tempo fica para a semana.
Viver na “lixeira” pode ser, desde que esteja no plano inclinado. Aquele plano em que a cabeça baba a almofada.
O dividir tarefas é um facto que a maioria dos homens custa a aceitar. Mas não há volta a dar: A mulher não tem a alcunha de “mãe” por muito que nos pareça estranho.
Todas as tarefas domésticas não podem, por isso, ficar para a mulher.
E se ficarem, convém que essa mulher seja a empregada, porque se não o vosso relacionamento tem um prazo de validade. Digamos que: se o “empacotamento” for hoje, depois de amanhã já está estragado.
Ainda existem os Machos: esses heróis de colans que fogem da vida numa toca/tasca de uma esquina qualquer.
As Submissas estão cada vez mais em extinção: esse “animal” meigo, obediente e que têm a característica fantástica de mesmo estando presa por arames nos mostra sempre um sorriso.
Divórcio passou a ser, normalmente, a evolução ou estagnação de uma destas mentalidades.
Já nenhuma mulher se sacrifica em prol de uma pseudo-família.
Já não existe o medo do que os vizinhos possam pensar.
Já não admitem levar porrada por o jantar não estar na mesa ou por o Benfica perder.
Os tempos são outros.
A vida passou a ser de todos.
Mas até que ponto não se tornarão insuportáveis?
Até que ponto perceberão que o homem que têm na vossa vida, mesmo que seja meigo, amigo, companheiro, continuará sempre a gostar do plano inclinado?
Certamente, no mesmo ponto em que temos que perceber aquilo que vos vai na cabeça. Perceber aquilo que nem vós próprias percebem.
Que enigma tão estimulante.

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

Sexta-feira 13

É engraçado constatar que a maioria das pessoas não é supersticiosa: “Eu não acredito nada nessas coisas” Hoje é sexta-feira 13 e foram poucas as pessoas, emigradas em Angola, que arriscaram marcar a viagem para ir de férias neste dia. Por curiosidade, ontem fiz Check in de um colega corajoso que ia viajar precisamente hoje. Todas as filas já estavam praticamente ocupadas, menos a fila 13 ! Realmente era demasiado macabro ir numa sexta-feira 13 e ainda por cima ter a coragem de marcar a viagem na fila 13. Nem uma unica pessoa tinha marcado lugar nesta fila. Como se desse azar. Tem toda a lógica. Todas as outras filas vão viajar tranquilamente, mas a 13 não vai ter descanso. Eu sinceramente também não acredito nessas coisas. Ser ou não ser sexta-feira 13 é-me completamente indiferente. Dá-me é azar, mas de resto…

OLÉ