O passado muda visto com o olhar do presente - A casa dos meus pais já não tem a mesma vista. Já não vejo o parque infantil que agora é parque mas de estacionamento. Os amigos de infância já não brincam naquelas ruas de terra batida onde duas pedras faziam uma baliza e o árbitro eram 10 crianças a discutir. Não vejo a minha vizinha da frente que tinha registros de precisamente tudo o que se passava – Foi aquele ali o filho da Laurinda. Até o Tio Manel que brincava, à rabia, cada vez que estava bêbado, desapareceu. Tudo muda, até o Sol me parece mais pálido.
Onde andam as coisas que me pareciam banais?
Porra, nasci com a infância a meus pés e agora nem com as mãos a encontro.
Os olhos do presente não veem o mesmo. Os meus queridos Pais ainda ali estão, com saudades de gritarem o meu nome da janela. Até eles têm saudades da minha infância.
Onde andam os anos que pareciam não passar ?
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