Avançar para o conteúdo principal

La respuesta es ...




A evolução dos tempos tem coisas magnificas e uma delas, sem duvida, é os emigrantes terem o privilégio, nestes tempos modernos, de poderem assistir aos nossos canais internacionais. Ontem foi um grande exemplo disso, quando na TVI internacional me aparece a Fátima Lopes a dançar uma musica da Rosinha intitulada de “eu levo no pacote”. Com trocadilhos a fazerem lembrar o Quim Barreiros mas, atrevo-me a dizer, com uma genialidade muito superior.

De seguida passo para a RTP internacional na esperança que a qualidade baixe um pouco, porque ninguém aguenta a perfeição durante muito tempo, e tenho o Baião a morder um osso e a mijar para uma cadeira imitando um cão. A galhofa era total, o público ria agarrado à barriga … mas o espetáculo estava longe do seu auge e de seguida, em palco, surge esse grande Guru da música pimba, Toy, a desbravar poesia como quem rega um canteiro.
Respirei fundo agarrado ao coração, não fosse ele não aguentar mais, e ganhei coragem para seguir em frente. 

Restava-me a Sic internacional, com o peso nas costas de ter sido considerada a televisão que veio mudar o nosso País. Nada mais dramático do que a máquina da verdade, controlada por um espanhol, a perguntar a uma senhora das beiras, com bigode pois claro, se ela naquela dia de Sábado à noite tinha ou não traído o seu marido. A Maria Antónia responde que não. A máquina interioriza a resposta e as agulhas atacam o papel rabiscando uma espécie de gráfico que nos irá mostrar se esta senhora com 54 anos nos está a dizer a verdade ou não. A tensão é enorme… o público sequioso e com a esperança que a Maria Antónia tenha postos os pés. A pobre coitada quase se mija pelas pernas anunciando a sua culpa ou temendo que a justiça desta maquineta deite por terra 30 anos da sua vida a levar porrada do marido.
A máquina faz uma pausa… sai um papel que só o comandante Espanhol daquele miraculoso aparelho pode decifrar. Rufam os tambores, Maria Antónia está lavada em lágrimas… e …

la respuesta es verdadera   


Comentários

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

FAZIA TUDO

Eu espero sempre o pior das pessoas. Nunca fico à espera de qualquer espécie de bondade. Talvez porque seja aquilo que eu vejo em mim: pouca bondade disfarçada com alguma disponibilidade. Na minha cabeça tento camuflar tudo isto. Por isso me emociono e me espanto com pessoas genuinamente boas. Duvido sempre delas até ter absoluta certeza. Para mim, querem sempre algo em troca. Nenhum acto é por acaso. Quando as vejo a perder tempo com os outros, acho estranho. O mundo não é assim. Eu não sou assim. Eu trabalho porque recebo ordenado. Perco tempo em fazer comida porque tenho fome e gosto de comer. Tento fazer exercício porque sei que terei a compensação do esforço. Todos os meus actos têm como base uma recompensa. Conheci cedo a bondade. A dos meus Pais. Mas dos Pais é suposto haver bondade. Uma bondade obrigatória. O tal «coração fora do peito» que as pessoas dizem e que me irrita particularmente esta expressão. Mais tarde, já no secundário, conheci a bondade pura. Foi estranho. Muito ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!