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Intragável

Já toda a gente sabe que o homem é um animal de hábitos, para além das outras coisas animalescas que também conseguimos, como arremessar mísseis, mas não me consigo habituar à sensação de que o Natal está à porta quando a temperatura ambiente ronda os 30º. Neste continente (África) cheio de coisas boas e de gente tão distinta, e note-se que este adjectivo está longe de ser positivo, não fazem a diferença ao, teimosamente, porem gorros e fatos felpudos, assim como o Tuga gosta de por biquíni e dançar o samba no carnaval.
Acho que faz todo o sentido, até porque o Pai Natal, ao que parece, mora no extremo Norte, numa terra de neve eterna. E lá, onde há neve, dizem que faz frio. E se queremos uma imitação condigna, nada melhor do que um casaco de pêlo, bem quentinho, e um gorro a condizer. Já o Carnaval mais conhecido do Mundo, é o do povo Brasileiro, e ao que parece, as temperaturas são um pouco distintas, fazendo, por isso, algum jeito ter pouca roupa.
Confesso-vos, caso ainda não se tenham apercebido, que isto faz-me alguma confusão, porque quando é Natal eu ando de calções e manga curta, porque estou em África, e vejo génios com gorro e casacos de pêlo, e quando é carnaval, se estou em Portugal, normalmente, ando com casaco de penas e vejo gordas, cheias de celulite, com biquínis e chinelo de enfiar no dedo.
Mas nada que uma aspirina não resolva, porque eu sempre ouvi dizer que, estas meninas, fazem passar tudo.

PS: Eu avisei com o título...

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

FAZIA TUDO

Eu espero sempre o pior das pessoas. Nunca fico à espera de qualquer espécie de bondade. Talvez porque seja aquilo que eu vejo em mim: pouca bondade disfarçada com alguma disponibilidade. Na minha cabeça tento camuflar tudo isto. Por isso me emociono e me espanto com pessoas genuinamente boas. Duvido sempre delas até ter absoluta certeza. Para mim, querem sempre algo em troca. Nenhum acto é por acaso. Quando as vejo a perder tempo com os outros, acho estranho. O mundo não é assim. Eu não sou assim. Eu trabalho porque recebo ordenado. Perco tempo em fazer comida porque tenho fome e gosto de comer. Tento fazer exercício porque sei que terei a compensação do esforço. Todos os meus actos têm como base uma recompensa. Conheci cedo a bondade. A dos meus Pais. Mas dos Pais é suposto haver bondade. Uma bondade obrigatória. O tal «coração fora do peito» que as pessoas dizem e que me irrita particularmente esta expressão. Mais tarde, já no secundário, conheci a bondade pura. Foi estranho. Muito ...

Obrigado pelo vosso miminho !

Tinha que partilhar este vídeo - Não para vos mostrar as minhas qualidades fotogénicas, mas porque adorei a surpresa. Obrigado minhas lindas!