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LADO B

Na minha visita a Portugal, a qual foi curta e aproveito desde já para pedir imensas desculpas a quem não visitei, e ao qual 2 ou 3 pessoas chegaram mesmo a ficar chateadas por não terem o aborrecimento da minha presença, o que me deixa deveras lisonjeado, constatei que a RTP tinha dois novos programas de Humor:

- Herman 2010 com o melhor humorista Português, de todos os tempos. De seu nome, por incrível que possa parecer, Herman José. Ninguém diria.


- Lado B com esse grande guru do humor, Bruno Nogueira.


Na verdade, gostos não se discutem e eu até gosto do Amarelo. Mas chateia-me ou aborrece-me, e quando são as duas ao mesmo tempo, chega-me mesmo a irritar, compararem o Bruno Nogueira com os Gato Fedorento ou com o Ricardo Araujo Pereira.
Em Portugal, dá a sensação que não podemos ter duas coisas BOAS, ou uma muito boa e a outra realmente boa. Parece que tem que ser uma de cada vez.
É que chateia existirem dois programas com alguma lufada de ar fresco e inteligência nos nossos canais.
Se forem programas maus e de fraca qualidade, aí não há problema, podemos aguentar com as 399 novelas da TVI ao mesmo tempo que a malta até gosta. Aí sim é a PUTA da loucura.
A falar em Puta, podíamos sempre fazer renascer o Fernando Rocha.
Mas tem que ser de novo até à exaustão.
Sem parar.
Até dilacerarem por completo a paciência de qualquer Português.
Até a minha vizinha de 75 anos, me pergunta por aquelas frases cheias de simbolismo “PUTA QUE OS PARIU, É PÓ BUJON, FODASSE …TOMA LÁ MORANGOS” que passavam 24 horas por dia, 7 dias por semana e que chegou mesmo a chegar aos 8 dias por semana.
Uma ideia, era a RTP internacional, acompanhar esta boa vontade da sua mãe, RTP.
O que me dizem ?
Vale?
Vamos ser bonzinhos para a malta que está a curtir no estrangeiro!
É que cansa um bocadinho, a Aldeia da Roupa Branca e os Mini Malucos do Riso.
Mas se tiver que ser, sou homenzinho para fumar uma Broca e passar o dia seguidinho a “mamar” episódios da Rua Sésamo, Avô Cantigas, José Hermano Saraiva e tudo o que de há de bom na nossa cultura Portuguesa.

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Mulheres

Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

A senhora que corria!

Corria a Senhora, e diga-se, com uma pressa como nunca a vi, quando uma das botas lhe salta. Voltará atrás? Será a pressa tão importante para mesmo assim continuar sem se preocupar com mais nada? … a senhora voltou mesmo atrás! Sentou-se no banco do jardim mais próximo e, com uma calma inesperada, descalça a outra bota e de dentro da mala puxa de um caixa que continha uvas podres! Indignada joga tudo para o lixo e volta a correr desalmadamente … Não viu que atravessara uma estrada muito movimentada. Foi tolhida por um camião! Pobre coitada. Todos lhe juravam um futuro risonho!