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As mais duras das prisões, são as que nós próprios criamos.


Não suporto não estar feliz e nada fazer para mudar.
Acontece com todos.
Nós os Portugueses somos assim: “Uns queixinhas inconformados.”
Fazemos revoluções de caneca na mão, numa esquina qualquer do Bairro Alto.
Fazemos mundos e fundos sentados num restaurante, enquanto saboreamos um bife.
Amamos o próximo, quando ele está longe. Quando estiver por perto, logo se vê o que é que a paciência nos permite.
Fartamo-nos de estar onde estamos, mas mesmo assim continuamos ali, parados, anestesiados, como que presos numa teia.
Fartos de fazer o que não gostamos, mas insistimos. Talvez à vigésima quinta tudo se transforme.

Fartamo-nos de ser quem não somos.
Fantoches esfarrapados por tanta mentira.
E se eu mudar?
Agora talvez não, que me doem as costas e ainda por cima o frio aperta!
Amanhã ou um dia destes. Aí sim, mudamos o mundo e movemos montanhas.
Talvez alguém se dê ao trabalho de me pôr uma vida nova à frente. Isso é que era! Dava um jeitão! Era capaz de enfrentar um leão!
Se calhar por enquanto vou-me só queixando.
Vou concentrar-me em falar mal … mais uma vez daquele que não está, e nem sei bem se falo a verdade. Quando ele estiver, dou-lhe um abraço. Daqueles apertados, que estrangula a alma e envenena o peito.
Aturamos pessoas que a PUTA da burrice há muito lhes levou o cérebro.
Deixamos que nos invadam o espaço e nos suguem a paciência. Mesmo aquela que nos diz – caga nisso, não vale a pena!

A vida é curta.
Demasiado curta para lhe dar tempo.
Demasiado curta para poder comprar uma luxuosa moradia, e não ter vida suficiente para a poder aproveitar.
Demasiado curta para não saborear o que não conquistei… A LIBERDADE!!
Para mim chega.

Quero a essência do ser humano.
Aquela essência que nos fascina, que nos atropela e que de seguida nos acolhe.
Aquela que sorri. Aquela que brinca.
Aquela que fala do que sabe e não esconde a “ignorância”.
Aquela que te recebe com um sorriso e te puxa.
Aquela que no caos se revela astuta.
Aquela que grita. Aquela que explode.
Aquela que aparece quando a vida se complica.
Não quero estar rodeado de Pessoas.
Quero ter quem me mereça.
Onde anda essa gente?
Não me digam que está longe, que eu já vos disse que me doem as costas!

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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

Sexta-feira 13

É engraçado constatar que a maioria das pessoas não é supersticiosa: “Eu não acredito nada nessas coisas” Hoje é sexta-feira 13 e foram poucas as pessoas, emigradas em Angola, que arriscaram marcar a viagem para ir de férias neste dia. Por curiosidade, ontem fiz Check in de um colega corajoso que ia viajar precisamente hoje. Todas as filas já estavam praticamente ocupadas, menos a fila 13 ! Realmente era demasiado macabro ir numa sexta-feira 13 e ainda por cima ter a coragem de marcar a viagem na fila 13. Nem uma unica pessoa tinha marcado lugar nesta fila. Como se desse azar. Tem toda a lógica. Todas as outras filas vão viajar tranquilamente, mas a 13 não vai ter descanso. Eu sinceramente também não acredito nessas coisas. Ser ou não ser sexta-feira 13 é-me completamente indiferente. Dá-me é azar, mas de resto…

OLÉ