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GORDOS EM GERAL E FILHOS EM PARTICULAR


Por isso hoje o tema é dos mais sensíveis e importantes que foram aqui discutidos. Falo, claro está, dos Pais de crianças gordas.



Pessoas que se vêem aflitas para pagar as suas contas ao final do mês rejubilam com os ganhos do seu clube com vendas astronómicas de milhões. “ O meu clube vende mais que o teu!” - Acho isto de uma magnitude invejável. Quem não fica maluco com uma venda de um jogador acima dos 30 milhões? Eu pelo menos fico passado da cabeça. Ontem, por exemplo, foi um desses dias: O frigorífico avariou-se e não fosse o facto de o meu clube ter vendido bem, não sei onde é que iria arranjar o dinheiro. Isto é só um "à parte" porque, como o leitor bem sabe, os meus textos abordam assuntos essenciais e nunca se perdem com superficialidades.
Por isso hoje o tema é dos mais sensíveis e importantes que foram aqui discutidos. Falo, claro está, dos Pais de crianças gordas. Não dos Pais que são gordos, que isso pouco me importa, mas sim das suas belas e gordas crias. Um Pai que tem um filho gordo, permitam-me dizer - e não há uma maneira delicada para o fazer - é uma besta. Um puto, acredito eu, é capaz de por para o bucho uns belos pacotes de batatas fritas, uns bons hambúrgueres e para rematar um delicioso bolo de chocolate. Quem não era?
Atenção que eu adoro gordos, até que porque, normalmente, são sempre simpáticos. A minha teoria é que a simpatia dos gordos é quase obrigatória. Uma pessoa magra, elegante e bem-parecida pode muito bem não precisar da simpatia para atrair o seu semelhante. Já um gordo se não for simpático arrisca-se a que nem as moscas o aturem. Mas estamos a desviar-nos do assunto que nos levou a estar aqui todos reunidos – filhos gordos. Ora este assunto surgiu porque fui jantar a casa de uma pessoa amiga e ela é possuidora de dois belos leitõezinhos. Os dois luzidios leitões, antes do jantar, andavam a competir para ver quem comia mais porcaria. Abriram as gavetas e todas as portas  da despensa e enfardaram como se quisessem estar prontos para a matança. Claro está que quando principiamos o jantar, com uma bela sopa de legumes, as criancinhas fizeram um ar de quem está a olhar para um desorganizado aglomerado de verduras que foram cozidas em água a ferver. Não é apetecível. O espanto dos Pais, por as crianças não comerem a sopa, é que me deixou com pouca esperança na humanidade. Mas será que não se apercebem do óbvio? Não pude deixar de comentar e dar a minha opinião, visto que são meus amigos, e disse-lhes que aquelas criaturazinhas andaram durante uma hora a comer bolos e chocolates e que a seguir imporem-lhes uma sopa era, no mínimo, ridículo. Como sempre os meus comentários soam mal e as pessoas levam tudo muito a peito. Tenho esse defeito e é por isso que são raras as vezes dou a minha opinião. Mas neste caso, pensava eu, estava a falar com dois amigos e achei que o podia fazer abertamente. O jantar acabou com duas birras de fazer estremecer o prédio e parece-me que ficou a sensação que a culpa tinha sido minha. Acabo como comecei este raciocínio: Adoro gordos, mas são os filhos gordos que me causam sempre maior confusão.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Mulheres

Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

A senhora que corria!

Corria a Senhora, e diga-se, com uma pressa como nunca a vi, quando uma das botas lhe salta. Voltará atrás? Será a pressa tão importante para mesmo assim continuar sem se preocupar com mais nada? … a senhora voltou mesmo atrás! Sentou-se no banco do jardim mais próximo e, com uma calma inesperada, descalça a outra bota e de dentro da mala puxa de um caixa que continha uvas podres! Indignada joga tudo para o lixo e volta a correr desalmadamente … Não viu que atravessara uma estrada muito movimentada. Foi tolhida por um camião! Pobre coitada. Todos lhe juravam um futuro risonho!