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AMAR EM PARTILHA. AMAR EM MATILHA

De todos os testemunhos o mais emocionante foi o do Vasco com onze anos de idade que quando soube da bonita declaração da mãe, reagiu em lágrimas e em plenos pulmões  


A Natalie, minha companheira desta vida, no outro dia mostrava-se preocupada e com uma dúvida pertinente: Tenho receio que o nosso amor não esteja de acordo com os padrões modernos.
A partilha de amor numa rede social poderá ser importante ao ponto de por em causa, caso não o façamos? Uma dúvida que não devemos ignorar e muito menos condenar quem o faz. Partindo do princípio básico - quem somos nós para julgar o amor alheio? A minha opinião pessoal, não a outra, é de que todo o amor é de difícil expressão. E só por isso não estou de acordo com qualquer partilha. Como dizia o Grande Pessoa “ (…) Quem fala parece que mente; Quem cala parece esquecer(…)”. Neste sentido prefiro não arriscar uma partilha de um amor tão itenso. As frases de amor ao próximo são de difícil escrita e ainda de mais complexa compreensão. Por exemplo, e utilizando factos concretos, o que significa (e para quem é que significa) dizermos : “ três anos de ti. três anos de puro amor. Amo-te meu pequeno reguila.”
Em princípio uma criança com três anos ainda não sabe ler. Mesmo que soubesse, vamos acreditar que não esteja ainda inscrito numa rede social. Se mesmo assim, e por força de me quererem estragar este exemplo, a criança saiba ler e tenha acesso a uma rede social, o que ela achará de um Pai que declara o seu amor por elas numa rede social? Fomos para a rua e fizemos um trabalho de investigação. Não basta ser superficial. Aqui tratamos dos assuntos como devem ser tratados – de uma maneira frontal.
Fomos ouvir o que estes filhos têm a dizer:
Cláudia de oito meses que viu a sua fotografia acompanhada de um bonito texto de amor, diz-nos – Guuuu, ahhhh, bababa Gruuu.
Já o Marco de dois anos – Pópó não tem rodas!
Beatriz de 5 anos vai mais além e sublinha – O Carrossel avariou e o Pai não sabe arranjar!
Já o Pantufa ficou sem palavras e até se mijou com a declaração do seu dono.
Mas de todos os testemunhos o mais emocionante foi o do Vasco com onze anos de idade que quando soube da bonita declaração da mãe, reagiu em lágrimas e em plenos pulmões - Eu quero uma Playstation!
Perante isto podemos concluir que todo o amor é bem-vindo e deve ser partilhado e compartilhado com quem bem entendermos. Mais faltaria termos reservas de dizer ao mundo quem amamos e quanto os amamos. Eu próprio sou capaz de amar. E digo desde já, e sem qualquer receio, que vos amo. Não me interpretem mal e não me peçam nenhuma Playstation.

TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

É desta!

É verdade, chegou ao fim e será para todos nós um grande alívio. Este Blogue começou em Angola, pelo facto de estar longe da minha terra e pela necessidade de exprimir o que me ia na alma. Já se passaram 4 anos, nunca eu pensei que estaria cá tanto tempo, e para mim, não faz mais sentido continuar. Tudo o que começa a ser forçado é o primeiro indício de que tem que acabar. E acaba. Só me resta agradecer a todos os que gostaram de aqui estar, e agredeço também aos que não gostaram - Como na morte, a despedida deve ser sempre camuflada pelo sentimento nobre. Obrigado a todos e encontramo-nos por aí!

Sexta-feira 13

É engraçado constatar que a maioria das pessoas não é supersticiosa: “Eu não acredito nada nessas coisas” Hoje é sexta-feira 13 e foram poucas as pessoas, emigradas em Angola, que arriscaram marcar a viagem para ir de férias neste dia. Por curiosidade, ontem fiz Check in de um colega corajoso que ia viajar precisamente hoje. Todas as filas já estavam praticamente ocupadas, menos a fila 13 ! Realmente era demasiado macabro ir numa sexta-feira 13 e ainda por cima ter a coragem de marcar a viagem na fila 13. Nem uma unica pessoa tinha marcado lugar nesta fila. Como se desse azar. Tem toda a lógica. Todas as outras filas vão viajar tranquilamente, mas a 13 não vai ter descanso. Eu sinceramente também não acredito nessas coisas. Ser ou não ser sexta-feira 13 é-me completamente indiferente. Dá-me é azar, mas de resto…

OLÉ