A vaca dá leite e passados tantos anos parece que descobriram que não é bom para nós. Diria que é normal porque a mulher também dá leite e, como neste caso, o leite é exclusivo para os seus descendentes. Não me parecia lógico andar a explorar o leite da mulher e comercializar pacotes de litro com um rótulo de uma mulher num campo verdejante. Por isso há que respeitar também as vacas e os próprios bezerros que, tal como nós filhos de mães portadoras de leite, têm todo o direito a serem alimentados em exclusivo pelas suas progenitoras.
O mercado rapidamente adaptou-se a estas novas exigências e hoje em dia há uma panóplia de leites: Coco, soja, amêndoas e por aí fora. Os benefícios para a saúde destes leites estão a ser explorados por estudos, provavelmente, pagos pelas próprias marcas e produtoras destes leites. O que é importante em qualquer estudo, assim como em qualquer notícia, é contar uma história que pareça credível e que vá ao encontro do benefício próprio. O fazer bem à saúde é relativo e para quem tem pena das vacas por serem exploradas tem aqui uma oportunidade de oiro - Aí sim podemos fazer a diferença. Eu por exemplo não bebo leite de vaca há muitos anos. Não pelas vacas, que merecem todo o meu respeito, mas porque sou altamente alérgico à lactose. Em relação aos outros leites o meu primo levantou uma questão pertinente. Para ele é difícil perceber como extraem o leite de elementos que não são possuidores de tetas. Convido-vos leitores a imaginarem, por exemplo, uma amêndoa a ser ordenhada e farão a mesma cara que eu fiz com esta excelente observação. Concluindo, até porque este texto merece, cabe a cada um de nós pensar um pouco sobre o leite que damos a beber aos nossos filhos. Não é só proibir os doces e os fritos mas sermos nós próprios críticos ao ponto de nos questionarmos de qual o leite que devemos consumir. As vacas já merecem descanso e os seus filhos agradecem.