Acho que já partilhei, mesmo que por entrelinhas, que vou passar pela experiência de ser Pai. Escusam de me dar os parabéns pelo menos até à data em que a minha filha conseguir ter casa própria e ajudar os Pais mensalmente.
Confesso que tenho passado pelas experiências dos outros serem Pais e, para além de estar decepcionado, estou com um péssimo pressentimento: Vejo maus filhos e péssimos Pais.
Na maioria das vezes o problema é uma espécie de Facebook: Queremos todos mostrar que somos felizes e por obra e graça do Nosso Senhor conseguimos ter filhos perfeitos.
A perfeição na minha vida nunca existiu, não existe e temo que não irá existir. Mas isto sou eu que, por culpa própria admito, - a outra culpa que não é própria normalmente não é minha - não leio os livros do Gustavo Santos e se calhar não acredito nas coisas com a força necessária.
Sempre fui atabalhoado em quase tudo o que faço e onde não o fui, foi pelo simples facto de não o ter feito. Imagino por isso que vou estar longe de ser um Pai perfeito e também imagino que a minha filha, essencialmente por se dar com vocês, também não conseguirá atingir essa tal plenitude.
O momento é o ideal porque não estou minimamente preparado. Confesso que nunca estive plenamente preparado para coisas que nunca me aconteceram. O melhor exemplo que me vem à cabeça foi quando decidi ter um cão ou quando fui para Angola: Nas duas ocasiões nunca imaginei que uma simples frase pudesse ter interpretações tão diversas!
Mas a vida é engraçada assim, não é?
Ainda por cima hoje em dia que tudo muda num ápice… e isso eu sei: Tudo vai mudar!