Ando a pensar em deixar de fumar. Até já espalhei a notícia dos meus pré-intentos. Todos ficaram muito entusiasmados com uma simples ideia. A ideia nasceu como qualquer outra e tem a probabilidade de se concretizar como nenhuma. Dizem que é uma questão de convicção e até chegam a dizer que a personalidade das pessoas conta para se conseguir tamanho intento. Falam em força de vontade, mentalização, luta interior… até chegam a dizer que é aí que se vêem os homens.
À partida exclui que uma mulher consiga deixar de fumar, a menos que seja homem. E se uma mulher conseguir efectivamente deixar de fumar, e atenção que eu acredito que isso já tenha acontecido (até porque elas são capazes de tudo), mostra que, eventualmente, é preciso ser fumador para se deixar de fumar, independentemente do género.
Há coisas piores de se deixar e eu afirmo aqui que já deixei coisas bem mais difíceis. Não vos vou contar pormenores até porque é um assunto muito pessoal e implicaria expor terceiros que, diga-se em abono da verdade, têm toda a culpa de eu os ter deixado. Por isso, se me perguntassem, sou bem homenzinho para deixar de fumar e não há vicio que me ganhe, a menos que eu queira. Há lutas que não são para ser vencidas e os mais novos deviam por os olhos neste exemplo que vos escreve: Fumar mata assim como atravessar a estrada. Mas não quero dizer com isto que eu deixe de fumar, mas fica a promessa que tentarei, ainda este ano, deixar de atravessar estradas.