Não se consegue convencer um rato de que um gato dá boa sorte. Ou seja, a experiência não se consegue transferir. Diria que é um farol virado para dentro. Quantas vezes não disseram aos vossos filhos para não porem os dedos nas tomadas. Eles só desistirão da ideia a partir do momento em que apanharem um valente choque. Claro que estas brilhantes conclusões não são minhas, simplesmente tenho o desplante de as estar a citar sem aspas. Mas achei que fosse a melhor maneira de iniciar o que vos quero falar a seguir: O caracter.
Lidei sempre mal com cedências temporárias de caracter. Temos que nos assumir mesmo que isso dê aso ao contraditório. Não digo com isto que não devemos mentir. Quantas mentiras se tornaram a nossa tábua de salvação? Dou-vos o meu exemplo. Nasci a ouvir uma mentira na qual ainda hoje acredito. A minha Mãe, na primeira vez que me pegou nos seus braços disse “tão perfeitinho!”
Tudo se apresenta de uma forma verdadeira. A partir desse momento deixa de o ser. A nossa interpretação arruína qualquer verdade.
O meu melhor amigo, por exemplo, não existe. Porque não consigo eleger o melhor de tantos tão fraquinhos. Mas a culpa não é deles, atenção! A minha disponibilidade para ajudar as pessoas é que não permite que eu tenha verdadeiras amizades. Claro que depois, em momento complicados da vida, me queixo de ninguém estar lá para mim. Diria que é a natureza da vida, tal e qual uma moeda que tem duas faces: A cara e a coroa!
Portanto chego à parte final das escolhas. Escolhemos quem somos. Escolhemos com quem andamos e mais importante ainda, escolhemos o que queremos!
Por isso eu escolho que acabo este texto da maneira que eu entender. Não porque sou obrigado a acabá-lo da melhor maneira, ou porque ficaria bem acabá-lo com um agradecimento a quem assiduamente aqui costuma descarregar o seu tempo. Acabo como tenho que acabar. Acabo assim.
Mais uma curta metragem que tem tudo para não ser vista. http://seguesoma.blogspot.com/
;)
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