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"Mas que nada"

Embora hoje esteja nevoeiro o sol brilha, não por ser sexta-feira, não porque o amor que eu tenho a dar para o mundo tenha aumentado e imagino eu que ele não se guie pela cotação da bolsa, mas porque acordei assim.
Parece uma justificação parva prevendo mais um texto que a desistência à segunda linha seja de 99%, mas é a que tenho e como tantas outras coisas achei importante partilhar.

Agora ando virado para o Jazz, não porque ache que fique bem ou que pareça inteligente da minha parte dizer isto, mas porque alguém, de seu nome Nuno, me fez questão de mostrar que para além da canção do Cacilheiro, ou das composições magnificas do Andre Sardet que com as notas Sol e Dó faz maravilhas na sua viola e não esquecendo também as suas letras que têm muito, daquilo a que eu chamo “persistência literária”, existem outras pessoas que estudaram, efetivamente, musica e por isso sabem que, para além do Sol e do Dó mágnifico do Sardet, numa partitura existe um mundo de sons que nos podem surpreender e para isso só nos basta estar atentos.
Não quero dizer com isto, como é obvio, que o Jazz tenha a exclusividade de fazer boa música, já vi génios no trompete que estariam bem era atrás de um balcão e porque também  sou um fanático dos Ornatos Violeta, The Doors, Muse, Radiohead, Arcade Fire, Feist, Dead can Dance, Bauhaus, The Cult, ou até do mítico Quim Barreiros, mas já me cansa ver a lixeira musical que o retângulo mágico teima em jorrar cá para fora. Não há espaço para os bons e os maus continuam a brilhar. Mas alguém vê aquela porcaria porque eles continuam a insistir...

Tanta conversa para nada porque neste momento o meu iTunes toca Michael Carreira e eu apanhei-me a mim próprio a bater com o pé!


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TEXTOS QUE ME ENTRISTECEM

Prós e Contras

Todos sabemos que temos que andar com as calças folgadinhas caso seja preciso arregaçar à pressa. Ninguém tem dúvidas disso. O último programa “Prós e Contras” gravado em Angola foi um exemplo, diria escandaloso, disso mesmo. Foi degradante para a história da nossa nação as figuras que tivemos que fazer. Pelo menos eu, ainda tenho orgulho de dizer que sou Português e não queria de maneira nenhuma deixar de o ter. O jornalista Rosa Mendes que tentou mostrar a vergonha de uma nação, tornou o caso mais vergonhoso ainda por ESTE motivo! Mas nada como histórias pessoais, também elas vergonhosas, para apaziguar a alma dos inconformados - Já me tinha acontecido, tentar salvar alguém de morrer afogado. A primeira vez e única, até este fim-de-semana que passou, foi no Gerês quando a dois metros da margem do rio o meu amigo de alcunha “Salmão”(de certeza que não foi pelos dotes de nadador que lhe puseram a alcunha, porque estes meninos nadam contra a corrente como ninguém) começa a esbracejar ...

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita ...

Mulheres

Os homens não se medem aos palmos, já as mulheres ninguém tem ideia de como é que se podem medir. Todos sabemos as enormes habilidades que têm para encontrar uma boa discussão num pacote que ficou meio aberto, ou uma gaveta que ficou mal fechada. Temos essa noção e lutamos constantemente por uma perfeição completamente utópica. Pela história da humanidade comprova-se que muitos desistiram a meio. Mas só para ganhar fôlego, voltaram sempre a tentar, são poucos aqueles que não meteram, de novo, a cabeça no cepo. Continuaremos sempre a insistir e há heróis que conseguem uma vida inteirinha partilhada com o furacão feminino. São raros os casos em que assumem uma vida sem justificações - fazer exactamente aquilo que lhes apetece, chamada uma vida livre, uma vida de sonho. A pergunta parece ser simples “porquê?” Será que existe uma resposta coerente? Uma das justificações pode ser o facto de o ser humano ter um instinto masoquista. Mas penso que o caminho não será por aí. Todos sabem...

A senhora que corria!

Corria a Senhora, e diga-se, com uma pressa como nunca a vi, quando uma das botas lhe salta. Voltará atrás? Será a pressa tão importante para mesmo assim continuar sem se preocupar com mais nada? … a senhora voltou mesmo atrás! Sentou-se no banco do jardim mais próximo e, com uma calma inesperada, descalça a outra bota e de dentro da mala puxa de um caixa que continha uvas podres! Indignada joga tudo para o lixo e volta a correr desalmadamente … Não viu que atravessara uma estrada muito movimentada. Foi tolhida por um camião! Pobre coitada. Todos lhe juravam um futuro risonho!