Muitas vezes surge a pergunta - que animal gostaria de ser?
E há uma enorme diferença entre o animal que eu gostaria de ser e o que mais me fascina. Sem dúvida que o que mais admiro é a girafa. Nisso não tenho duvidas: independente, esbelto, imponente, a roçar o perfeito e com uma enorme auto-estima. Sendo eles vegetarianos, tem na sua cadeia alimentar, o privilégio de saborear as folhas que mais ninguém ousa sequer sonhar em tê-las.
Quanto ao animal que eu gostaria de ser, sempre tive alguma dificuldade nesta escolha. Porque não é que eu seja espectacular, porque não o sou, mas até gosto de comer à mesa. E normalmente a comida cozinhada sabe-me melhor. E portanto estar a dizer que gostava de ser um golfinho, que, normalmente, é a resposta mais comum, não seria propriamente verdade. Mas, e todos me dizem o mesmo quando faço este brilhante raciocínio, se tivesse que escolher um animal, qual é que escolheria? Sem dúvida, a ovelha. Isto porquê? Porque a solidão sempre me assustou, em paralelo com o trabalho. E de todos os animais que já tive o privilégio de me cruzar, para além da Fátima Felgueiras, parece-me que a ovelha tem a vida muito facilitada: Não precisa de caçar para sobreviver, vai dar os seu passeios com as amigas, mija leite, aparam-lhe a gadelha e se tiver sorte e se for inteligente até pode ter colinho à noite.
Este assunto, como todos os outros, vem, para além da fraca cultura geral, porque ontem foi o dia dos animais. E é bonito existir um dia para eles.
O dia do Homem também não ficaria mal se existisse. É só uma ideia.
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