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A mostrar mensagens de 2019

SER DIFERENTE CUSTA E NÃO É POR TER A MANIA

Saber não fazer nada é cada vez mais uma arte - já falei sobre isto – e nos dias que correm, porque o tempo não pára, faz-me cada vez mais sentido. Numa sociedade que nos suga e nos impinge objectivos, os meus, os objectivos, são cada vez menos. Não tenho grandes metas, mas tenho uma grande meta: Ter a possibilidade de não ter nada para fazer. E isto, meus amigos, não se alcança do pé para a mão. Poder não fazer nada é cada vez mais uma bênção que poucos podem alcançar. A rapidez dos dias de hoje sega-nos. Será propositado? Talvez, mas o facto de não nos darem tempo para fixarmo-nos num ponto, para podermos observar com calma, torna tudo numa montanha linda e apejada de lixo. Por isso, como poderemos acalmar e abrandar a azafama da nossa vida, do nosso ninho familiar? Lá fora podem andar todos a mil à hora, numa tormenta de carneiros. Será que conseguimos escapar deste trilho? Sim, podemos. Como? Comprando o tempo. Só com dinheiro do nosso lado poderemos dizer que “não” a muita

E NÃO QUIS

Sou um homem que nunca foi à tropa. E todos sabemos que quem nunca passou por uma experiência, não tirou o proveito de aprender com ela. Como os sábios já várias vezes declararam, e alguns até declamaram, que «só quem está lá dentro é que sabe». Por experiência eu confirmo isso mesmo, já muitas vezes estive do lado de fora (muitas por opção) e realmente fica difícil de saber o que se passa do outro lado. Também é verdade que podemos ter algum conhecimento de experiências que nunca tivemos, mas não vamos por esse trilho, porque se poderá tornar confuso até para a sobejamente conhecida sabedoria, e inteligência, dos nossos queridos leitores. A conversa da Tropa vem a propósito do que um veterano de guerra (todos os que fizeram pelo menos a recruta se auto intitulam assim) me disse há meia dúzia de dias quando eu tive a infeliz ideia de aceitar um almoço há muito tempo prometido:  - Olha lá! – Começou o tipo com os seus 45 anos e com uma barriga de fazer inveja a uma grávida prestes a d

PROFESSORES

É preciso, nos tempos que correm, ter muito cuidado com a partilha de opiniões. Podemos sempre ofender alguém. As pessoas têm uma aproximação afectuosa com a ofensa. Gostam de se sentir ofendidas e para ajudá-las, hoje vou arriscar falar sobre Professores. Começo, como ponto prévio e para que não restem dúvidas, por dizer que não gosto de Professores.  Polémico? Talvez não. Tendo em conta que está na moda não gostar deles. E temos todos razão e deveríamos de uma vez por todas explicar, aqueles que não gostam de Professores, do porquê de não confiar-mos nesta Classe. Como é possível simpatizar com alguém que andou anos a fio a estudar para ensinar, desde tenra idade, pessoas? Como poderemos confiar em gente desta? Eu se vejo mais do que duas crianças juntas fujo, corro, apresso-me para o lado completamente oposto. Imaginem uma sala cheia desta gente! Depois os Professores, para além de terem o dever de os ensinar, parece-me óbvio que, primeiramente, os têm de educar. E aqui muito

A IMPORTÂNCIA DE CONTAR UMA HISTÓRIA BEM CURTINHA

Às vezes é preciso algum esforço para se ver o óbvio. As histórias que todos nós contamos num grupo de amigos, nas empresas onde trabalhamos, ou numa esquina com um desconhecido, têm de ser, cada vez mais, sucintas e objectivas. Ninguém tem tempo, ou paciência, para grandes floreados ou retóricas de promissores oradores. Se queremos contar que fomos ao pão e que pelo caminho encontramos o Manuel, que nos disse que era muito provável que ele ia ficar desempregado devido à empresa, onde trabalha há 20 anos, estar sem os habituais clientes que optam hoje em dia por comprar os produtos via internet . O melhor, sugiro eu, é que primeiramente perguntemos, a quem vamos contar a história, se conhece o Manuel. Se não conhecer nem vale a pena avançar com a história. Caso o nosso passivo, mas impaciente, ouvinte conheça, então poderemos avançar mais um passo. Mas tem de ser rápido porque não o podemos, nem o queremos, perder com coisas superficiais. O melhor é nem dizer que íamos ao pão quando

O MUNDO É DOS HOMENS MACHOS

Sempre admirei pessoas que eliminam os seus obstáculos, ou quem os perturba, de uma maneira muito eficiente e eficaz. Ser incisivo, directo, e eliminar as dificuldades de uma só vez não está ao alcance de todos. Parece que foi o que aconteceu em nove casos este ano em Portugal. Nove mulheres mortas por incomodarem os maridos. Genial. Voltamos finalmente aos bons tempos. Chateiam muito e vão desta para melhor. Um deles até recorreu a uma moca com pregos. Reparem que não precisou de grandes recursos: um simples pau de madeira com uns pregos espetados e resolveu o assunto. É isto que eu costumo dizer a quem trabalha comigo: sejam objectivos e verão que não precisam de grandes recursos. Ao que parece a Sociedade ficou chocada. Não estão habituados a medidas radicais. Se existe alguma coisa que os incomoda nunca tiveram a coragem de elimina-la de vez. Poderemos com certeza criticar mas os tempos estão a mudar, e a prova disso é que em 2019 a Homossexualidade deixou de ser crime em Angola.

ESTA DEVERIA SER A HiSTÓRIA QUE VOS CONTARAM

Não é a primeira vez que me contam uma história onde a pessoa que a está a contar sai sempre por cima e faz questão que seja de uma maneira gloriosa. Seja com um Chefe, com uma Senhora da Função Pública ou com a própria mulher. «Nunca ninguém lhe tinha dito, porque tinham medo, mas eu disse na cara do meu Chefe que não aceitava que falasse assim comigo» Já não me lembro é se quando saiu da sala do Chefe bateu a porta com estrondo. Normalmente fica sempre bem um final épico onde fechamos “a cortina” em beleza. Percebo a necessidade de contarmos as nossas próprias histórias mas eu prefiro sempre aquelas onde as coisas correm mal para o nosso lado. Mesmo há pouco tempo, e isto é uma história verídica, mandei um email ao meu Chefe a queixar-me da forma com que ele falou de mim a terceiros. Ele imediatamente me ligou e marcou uma reunião para a primeira hora no dia seguinte. A reunião durou 1 minuto onde ele me apontou o dedo e disse «Tu nunca mais me mandas nenhum email daquele género.